sexta-feira, 31 de outubro de 2014

4o R: RENOVAR - CADA ANO

Os posts sobre os 4R foram baseados na palestra dada pela Ir. M. Tersila Patres, chamada Os 4 R do matrimônio, no  Projeto A Família, a mais bela Comunidade de Amor, Jundiaí/SP abril/2011 e no livreto Os ‘4R’ – material da Liga de Famílias de Schoenstatt. Uma oferta às famílias, para percorrerem seu caminho de aliança. (Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt, www.maeperegrina.org.br)

A última placa que orienta o caminho do amor que nunca envelhece é a renovação do vínculo matrimonial. Renovar significa tornar novo, dar nova aparência, revigorar, reafirmar, por novamente em vigor.
No relacionamento muitas vezes sentem o cansaço da caminhada, dias, semanas e até meses muito difíceis. Então, é preciso parar, procurar um oásis para refazer as forças, brincar, se divertir e até mesmo, quando possível, conhecer novos lugares. É o tempo de renovar, de sair de férias.
As férias são um momento privilegiado para partilhar em família, se aprofundar no conhecimento mútuo principalmente dos filhos, passar o dia todo juntos por um certo período, saindo da rotina. As férias são tão importantes para o bem estar do ser humano que inclusive são previstas nas leis trabalhistas. Todo empregado, após um ano de trabalho, possui direito as férias, sem as quais sua saúde física e mental pode ficar comprometida.
“Se o casal não tira umas curtas férias de verão para dar uma olhada ao seu redor, logo vai perceber que a vida está começando a tomar decisões em seu lugar. É o que um casal chama de ‘ser levado pela correnteza’.(...) Um tempo para ‘não-atividade’ fica encravado no meio das atividades. Às vezes, contudo, as férias planejadas nada mais são do que uma oportunidade para restabelecer a boa comunicação entre o casal.”[1]
É preciso aproveitar estes momentos de férias para se aproximar do cônjuge, dos filhos, pois durante o ano muitas vezes o excesso de trabalho prejudicou a intimidade e o relacionamento familiar.
Para as crianças, esta convivência mais intensa com os pais podem ser momentos agradáveis guardados para o resto de suas vidas. Não precisa ser nenhum passeio extravagante ou atividade muito cara, basta usar a imaginação e criar atividades divertidas com as crianças, como andar de bicicleta, explorar o jardim, ir ao clube, fazer brinquedos com lixo reciclável, tudo isso podem ser ótimos programas para os filhos.
As férias devem ser também um tempo para Deus. Podem aproveitar este tempo de descanso para talvez fazer algum retiro espiritual, um encontro para casais e perguntar para Deus, através da oração, se estão cumprindo a Sua vontade, se sua família está no caminho traçado por Ele para a sua felicidade.
Podem também frequentar mais vezes a Santa Missa durante a semana, realizar mais leituras da Bíblia, ajudar em alguma atividade da Paróquia, enfim, procurar também neste momento de pausa da rotina estar mais perto de Deus.
Renovar o relacionamento é também um processo que se inicia a partir do interior e é preciso se disponibilizar para fazer ali, também pequenos reparos, resolver pequenas questões que podem causar grandes danos aos relacionamentos, aproveitando as férias da rotina. É ainda um processo que fará nascer novos projetos aperfeiçoados, onde a esperança, a alegria e o amor são as palavras chaves.




[1] “Casamento uma aliança em quatro estações”, Holt, Mary Van Ballen, pg. 66, editora Santuário, Aparecida/SP
CRÉDITOS DAS FOTOS: PHOTOPIN.COM

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

3o R: REVISAR - CADA MÊS

Os posts sobre os 4R foram baseados na palestra dada pela Ir. M. Tersila Patres, chamada Os 4 R do matrimônio, no  Projeto A Família, a mais bela Comunidade de Amor, Jundiaí/SP abril/2011 e no livreto Os ‘4R’ – material da Liga de Famílias de Schoenstatt. Uma oferta às famílias, para percorrerem seu caminho de aliança. (Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt, www.maeperegrina.org.br)


Revisar é olhar novamente, verificar as condições, se tudo está em ordem, se falta alguma coisa, enfim é analisar minuciosamente a situação. A revisão do relacionamento é a terceira placa que os orienta no caminho do amor que nunca envelhece e dá a tranquilidade de ter a certeza que estão no caminho certo.
Esta revisão precisa ser periódica, de preferência mensal. Nela irão analisar como está sua vida de oração, se estão fazendo algo concreto para reencantar o amor, verificar se estão seguindo os planos feitos no início do matrimônio, se precisa de algum ajuste, de alguma mudança.
É tempo também de saborear os frutos de todos os esforços, de todas as lágrimas, de todos os medos que passaram durante o mês. Devem se perguntar também o que cada um pode contribuir para a felicidade da família.
Na revisão encontramos tesouros, pérolas, que às vezes ficam escondidas e precisam ser reconhecidas para redescobrir o valor do outro.  Na correria diária, deixam passar muitas coisas que precisam ser elaboradas e digeridas para o amadurecimento e crescimento do amor.
Portanto, uma vez por mês devem reservar um tempo, talvez uma manhã ou uma tarde, para rever juntos os acontecimentos que marcaram as suas vidas e a vida de seus filhos. É de suma importância contemplar cada acontecimento para não se deparar, um dia, com situações mal resolvidas que possam bloquear a passagem da alegria na sua vida e na vida de sua família.

Isto deve ser feito sempre a luz da fé prática na Divina Providência, perguntando sempre o que Deus está querendo lhes dizer, lhes mostrar com estes acontecimentos. E como devem responder a este chamado de Deus, o que Ele espera de cada um, da sua família. Sempre deixar nas mãos de Deus as grandes e pequenas decisões do dia a dia, na certeza de que Ele é Pai, é bom e bom é tudo o que Ele faz. 
CRÉDITOS DAS FOTOS: PHOTOPIN.COM

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

2o R: REENCANTAR - CADA SEMANA

Os posts sobre os 4R foram baseados na palestra dada pela Ir. M. Tersila Patres, chamada Os 4 R do matrimônio, no  Projeto A Família, a mais bela Comunidade de Amor, Jundiaí/SP abril/2011 e no livreto Os ‘4R’ – material da Liga de Famílias de Schoenstatt. Uma oferta às famílias, para percorrerem seu caminho de aliança. (Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt, www.maeperegrina.org.br)

Encantar significa maravilhar, agradar extremamente, cativar, provocar irresistível admiração, causar satisfação. Mais uma placa que indica que estão no caminho de manter o amor que  nunca envelhece é o reencantamento constante da vida matrimonial.
Quando se apaixona, a pessoa fica encantada pelo seu cônjuge, foi cativada por ele e também o cativou, criaram um vínculo de amor, que após o sacramento do matrimônio é santificado e abençoado por Deus. Em virtude deste encantamento é que decidiram se casar com esta determinada pessoa e não outro; ela se tornou a única, a escolhida, aquela que será sua companheira por toda a vida rumo ao Céu.
“Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa”, já dizia Saint Exupéry. É preciso reavivar a consciência de que são responsáveis por manter este primeiro encantamento, a chama do primeiro amor acesa.
A rotina muitas vezes ofusca este encantamento e o que se presencia, infelizmente, é que por falta de zelo dos cônjuges, o encantamento vai embora e o lar é destruído. Deixam que as pequenas decepções com o outro acabem tomando grandes proporções e passam a enxergar apenas o lado negativo, se esquecendo de tudo de bom que viu nesta pessoa quando se apaixonou.
O que acontece é que se acomodaram. Pararam de se preocupar em agradar o outro, em conquistá-lo a cada dia. Se lembrarem do tempo de namoro, quantas coisas não faziam para chamar a atenção do outro, para ligá-lo ao seu coração? Ficavam horas e horas planejando o encontro, escrevendo bilhetinhos, mandando flores, tudo para agradar, para cativar o coração do outro.
Veja-se mais uma vez nas palavras de Saint Exupéry, no seu livro “O Pequeno Príncipe”, no diálogo entre o Príncipe e a Raposa, o que se deve fazer para cativar o outro:
“- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!”
Aprende-se deste singelo diálogo, bem poético, algumas características para bem cativar o cônjuge: a paciência e perseverança, um horário marcado e os ritos, as formas que escolherem para reencantar seu amor.
Desta forma é preciso reencantar seu amor. Não se pode deixar passar uma semana sem se preocupar, de alguma forma, em fazer um agrado “extra” ao seu cônjuge. É preciso criar um momento para que isto aconteça. Uma vez por semana, marcarem um “encontro” com o outro, com dia e hora determinados. Neste encontro irão lançar um olhar sobre tudo o que já lhes aconteceu, principalmente suas alegrias, os momentos bons que passaram juntos e assim, reacender a chama do primeiro amor.
Cada um sabe do que o outro gosta: um passeio no parque, um jantar especial, ou simplesmente ficar sentados um ao lado do outro admirando a natureza... Não precisa sempre sair de casa, podem ter um momento especial na sala de estar ou no quarto, depois que as crianças já foram dormir. O importante é ficar juntos, por algum tempo, se preocupando em reencantar o outro.

Reencantar é presentear o outro com aquele sorriso, aquele olhar, aquelas palavras, aqueles momentos tão belos e importantes para aqueles que desejam passar juntos o resto de suas vidas. 
crédito das fotos: photopin.com

terça-feira, 28 de outubro de 2014

AS PLACAS SINALIZADORAS DO AMOR QUE NUNCA ENVELHECE: OS 4R


Os posts sobre os 4R foram baseados na palestra dada pela Ir. M. Tersila Patres, chamada Os 4 R do matrimônio, no  Projeto A Família, a mais bela Comunidade de Amor, Jundiaí/SP abril/2011 e no livreto Os ‘4R’ – material da Liga de Famílias de Schoenstatt. Uma oferta às famílias, para percorrerem seu caminho de aliança. (Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt, www.maeperegrina.org.br)

Viu-se até agora como as virtudes da paciência, gentileza, perdão, generosidade, humildade e respeito ajudam a construir e solidificar o caminho que manterá o amor conjugal sempre vigoroso. Agora passará a analisar as “placas sinalizadoras” que os ajudam a perseverar sempre neste caminho.
Quais são estas placas sinalizadoras? São os chamados 4R: são quatro palavras que começam com a letra R e que ajudam a manter o matrimônio neste caminho do amor que nunca envelhece. Hoje veremos o primeiro R: 
         1º R:  Rezar  -  Todos os dias
“A família está chamada a ser templo, ou seja, casa de oração: uma oração simples, cheia de esforço e de ternura. Uma oração que se faz vida, para que toda a vida se transforme em oração.(...) Em uma  família que reza não faltará nunca a consciência da própria vocação fundamental: a de ser um grande caminho de comunhão”.[1]
Deus é o Pai que ama a cada um de maneira especial, e assim, por ser uma Pessoa, sempre procura o contato com os seres humanos através dos acontecimentos em suas vidas, das pessoas, das coisas, da natureza. Ele sempre quer se comunicar com cada um particularmente.
E o ser humano, também como pessoa, precisa se comunicar com os outros e quando diz respeito a pessoas as quais ama, procura estar sempre em contato, sempre conversando. Assim, nada mais natural do que procurar se comunicar com Deus e esta comunicação é feita através da oração.
Portanto, rezar é falar com Deus, como se fala com uma pessoa que se ama, que lhe é querida, com a qual gosta de partilhar sua vida, tudo o que aconteceu consigo, de bom e de ruim. Como Pai, Deus pode sempre o auxiliar e Ele espera que solicite este auxílio através da oração. Cada um é convidado a estar sempre ligado com Deus através de suas orações.
Deus é amor. O encontro com Ele é um encontro com o Amor. Portanto, rezar é Amar.  Quando se reza o amor de Deus preenche o coração do indivíduo e então é esse amor que se vai doar um ao outro. Seu amor deve desembocar no amor divino, mergulhado no amor de Deus. Seu relacionamento se torna mais cálido, compreensivo, a pessoa se torna mais paciente...Assim, pode amar um ao outro tal como Deus a ama, abrigando-o e o presenteando mutuamente.
“Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa ...” (Ap 3,20) O apóstolo Paulo ensina: "Orai sem cessar" (1 Tes. 5:17).
O sacramento do matrimônio torna a comunidade familiar salvífica e os cônjuges recebem a graça que os permitem aperfeiçoar o seu amor e fortalecer sua comunhão de corações.
A graça do sacramento os ajuda a santificar sua vida e com isto, a crescer como esposos na oração mais profunda, em seu lar, sua pequena Igreja Doméstica.
Para ser Igreja Doméstica é necessário que se tornem mestres da oração. E não apenas a oração pessoal, que é muito importante para o crescimento espiritual de cada um, mas principalmente a oração em família, com o cônjuge e também com os filhos.
“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles.”[2]
É preciso ter sempre esta consciência de que quando rezam juntos, Jesus se faz presente no meio de vocês, no seio de sua família e essa presença de Cristo é fundamental para manter a harmonia e a união em seu lar.
Através da oração, os filhos são educados e formados. Assim, os pais, devem tornar a oração algo que faz parte do cotidiano da família e com ela encontrar forças para lutar contra tudo aquilo que vem para os afastar da própria oração e consequentemente da vida em Deus.
Muitos são os obstáculos para conseguir rezar em família: as múltiplas ocupações da vida diária que sugam as energias; dois estilos diferentes de rezar quando vão rezar como casal, o que dificulta a oração em comum; a falta de perseverança para manterem o hábito da oração; etc.
Todavia, devem ser verdadeiros heróis e superar todas estas dificuldades, pois como diz o ditado: a família que reza unida, permanece unida!
O Catecismo da Igreja Católica, n, 2650, afirma que a oração não se reduz ao surgir espontâneo de um impulso interior; para rezar é preciso querer. Não basta saber o que as escrituras revelam sobre a oração; também é indispensável aprender a rezar”.
O primeiro passo é querer rezar, ou seja, decidir que a oração em família é um bem a ser conquistado e engendrar todos os esforços para consegui-lo. É necessário estar convencido das vantagens que traz para cada um esta oração em comum, que é necessária e que os enriquecerá muito como casal, como família.
Rezar junto se aprende rezando. É preciso criar o hábito da oração em comum e o hábito se cria através da repetição dos atos. Logicamente no início será mais difícil, mas se permanecerem fiéis ao propósito de rezar juntos, logo o hábito se instalará e não será mais tão difícil se reunirem para falar com Deus.
É natural que no início, as formas pareçam exageradas, meio “forçadas”, mas existe uma íntima relação entre o espírito e a forma. O Pe. José Kentenich disse em diversas ocasiões: “não só um homem piedoso se ajoelha profundamente, também o ajoelhar-se profundamente torna um homem piedoso”.

Assim, o simples fato de se reunirem para rezar, mesmo que a oração pareça um pouco artificial no começo, que estranhem rezar daquela maneira, com o tempo esta reunião para oração também irá formar seu espírito e os abrir cada vez mais para o sobrenatural, para as coisas de Deus.
Para começar este saudável hábito, sugere-se que o casal escolha um determinado momento do dia para realizar esta oração, por exemplo, logo pela manhã ou a noite, ou ainda em alguma refeição. Além de determinar o horário, é prudente que também já se escolha sobre o que e como irão rezar, estabelecendo um pequeno ritual, que aos poucos dará lugar a uma oração mais espontânea. Pode ser usado um livro de orações ou algum outro material que irá auxiliá-los neste início.
Com o tempo, esta oração que pode parecer um pouco “forçada” irá se transformar em uma oração mais fluente, mais pessoal e mais íntima. É muito importante não desistir e não abrir mão deste momento determinado de oração diária a menos por razões muito sérias.
Além de um horário pré-estabelecido para a oração, o local onde ela será realizada também é importante. Nossos sentidos, como seres humanos, precisam ser estimulados e o ambiente criado para a oração auxilia muito em seu resultado.
Desta forma, o ideal é terem um lugarzinho em casa com um crucifixo, com a imagem de Nossa Senhora ou de algum santo, para onde se dirigirão neste momento de oração. Acender uma vela, ou colocar uma música calma de fundo também propiciam este momento de diálogo com Deus. Cada casal deve encontrar seu próprio estilo, sua forma de rezar, mas é sabido que isto custa esforço, ser constante, sendo necessário pedir ao Espírito Santo sua graça para alcançá-lo.
Por fim, para esta conquista da vida de oração em família, os cônjuges precisam deixar abertos os canais para a graça de Deus chegar eles, ou seja, cultivar a vida sacramental através da participação na Eucaristia e da confissão regular.
Portanto, é urgente aprender a rezar em família. Mesmo que seja por apenas alguns minutos, é essencial para o bem estar familiar que todos juntos se dirijam ao Pai, agradecendo as graças recebidas e fazendo seus pedidos diariamente.




 Tópico baseado em: Prates, Ir. M. Tersila. Palestra Os 4 R do matrimônio.  Projeto A Família, a mais bela Comunidade de Amor, Jundiaí/SP abril/2011. Os ‘4R’ – material da Liga de Famílias de Schoenstatt. Uma oferta às famílias,para percorrerem seu caminho de aliança. (Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt, www.maeperegrina.org.br)
[1] João Paulo II, in http://www.acidigital.com/juanpabloii/pensamento.htm#11
[2] Mt 18,20
créditos das fotos: photopin.com

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CUIDANDO DA COMUNIDADE FAMILIAR

Mais um post extraído das Reflexões do Pe. Nicolás Schweizer, publicado sob No. 27, de 15.01.2008.

O que podemos fazer, concretamente, para que nossa família natural seja uma verdadeira comunidade de amor?

1. Comunidade de amor matrimonial
Para sê-lo, temos de educar-nos para ir conquistando, de todas as maneiras possíveis, um encontro mútuo mais profundo: de maior confiança, interioridade, comunicação entre marido e mulher. É importante que possamos entreter-nos juntos, que não necessitemos de outros para estar à vontade. Devemos ter a alegria de ser esposos, a alegria de viver juntos e compartilhar tudo. Não deveria suceder que em nossos matrimônios haja homens ou mulheres que se sintam sozinhos, sem comunicação, que lhes falta companhia de parte do cônjuge.

Os perigosPara que aconteça esse encontro profundo, devemos evitar os perigos:
O perigo do trabalho (equilíbrio entre trabalho e vida familiar), o perigo dos amigos (que podem influir negativamente no matrimônio), o perigo dos parentes (que infelizmente às vezes são inimigos)...
E dos perigos internos, como por exemplo: a rotina, o egoísmo, a incompreensão, a desilusão...
Frente a esses perigos concretos temos que buscar os seguros para nossa comunidade de amor matrimonial.

a) A conversa ou o diálogo regular. Pode ser semanal, quinzenal ou mensal. É um momento no qual o matrimônio como tal se reúne expressamente e revisam a situação em que se encontram, os problemas que surgem e as possíveis soluções, intercambiam também sobre seus ideais, propósitos, etc.

b) Outro seguro pode ser: Pedir perdão cada vez que ocorre uma dificuldade e, principalmente, não dormir sem haver pedido perdão.

 c) Outra possibilidade é passar cada certo tempo alguns dias fora de casa, os dois sozinhos, ou pelo menos, fazer junto algo que lhes agrade, p. ex, comer fora. Com isso se trata de descobrir as coisas que nos acercam mutuamente. Porque a rotina constante faz que os ânimos se alterem, que as pilhas se descarreguem, e ao final se produzem curto circuitos e até sérios incêndios.

Ajuda de Deus. Por meio do sacramento, Deus não é só o terceiro, se não que é também o Deus presente no cônjuge. Então, ao mirar-nos temos que ver Deus no outro. E ao amar-nos temos que amar a Deus no cônjuge. Daí o significado das palavras de Saint‑Exupéry: “Amar não é mirar-se mutuamente, se não mirar juntos na mesma direção”. Traduzido para nós: amar é mirar juntos ao mesmo Deus transparente no outro.

2. Comunidade de amor paternal-maternal
Como pais e mães nossa tarefa mais importante é a de ser educadores. Nós somos os que, definitivamente, educamos nossos filhos. Todos os demais organismos se bem são importantes, são complementares: o colégio, a Igreja, os parentes.

E se quisermos ser bons educadores, temos que começar com nós mesmos. Diz o Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt: "Não há nada que interfira tão profundamente na educação como o educador educado. Na medida em que nos esforcemos vigorosamente por realizar em nós mesmos as exigências que nos colocamos partirá de nós uma influência misteriosa, uma força misteriosa.”.

Isto nos ajudará a assegurar a vida interior de nossos filhos, de orientá-la e servi-la. Ajudar-nos-á a preocupar-nos permanentemente por eles e prepará-los para sua tarefa de vida.

Perguntas para a reflexão
1.      Fazemos alguma atividade juntos, como casal?
2.      É fácil pedir perdão quando erro?
3.      Nossos diálogos costumam terminar em brigas?

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

RESPEITO

“Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles.”[1]
O respeito é o sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência, consideração e reverência. O respeito no amor é fundamental: não é possível existir o amor sem o respeito.
"Respeito é a expressão concreta do amor, e respeitar é acreditar, valorizar o que e como o outro é, não invadindo o que 'lhe pertence' e não exigindo que este seja aquilo que queremos. Quem respeita não age impulsionado pelo egoísmo, pensando somente em seu próprio prazer e satisfação." [2]
O respeito o leva a tratar seu cônjuge, seus filhos e todas as pessoas que o cercam como seres únicos e originais, criados por Deus e com uma missão específica, perante os quais se deve ter reverência e consideração. 
Dentro da convivência familiar o respeito é a chave que abrirá até o coração mais endurecido, pois a partir do momento que a pessoa demonstra interesse pelo outro, dedica-lhe sua atenção e aceita as diferenças existentes, as máscaras são retiradas, sendo possível o início do diálogo.
Para agir sempre com o devido respeito, a pessoa precisa de muito autocontrole, pois não é fácil aceitar que os outros possuam opiniões e atitudes diferentes das dela. O respeito a leva a aceitar estas diferenças e a conviver pacificamente e amadurecer com elas.
A riqueza de uma família está justamente na originalidade de cada membro. Cada um é diferente e pode contribuir muito para o bem estar e o amadurecimento de todos. Porém, sem o respeito, toda esta originalidade e oportunidade de crescimento se perdem.
Atuar com respeito não significa que se deve ficar calado frente à opinião dos outros; muito pelo contrário: deve-se sempre ser honestos, principalmente com aqueles que convivem diariamente consigo e tem até o dever de comunicar como se sente e o que acha de certos assuntos, todavia não deve forçar que todos pensem da mesma forma.
É preciso deixar o outro ser ele mesmo, ninguém consegue viver muito tempo escondendo quem é. Tem-se a obrigação de ajudar o cônjuge a tentar melhorar, mas nunca forçando, apenas mostrando o que se acha estar incorreto. Tem que dar espaço para o outro crescer e ter paciência, pois cada um tem o seu ritmo e tem o seu tempo. O meio mais rápido para conseguir que o outro mude em determinado aspecto é mudando a si mesmo primeiro em algo que deva ser aprimorado.
Quando se dispõe a buscar melhorar naquele ponto que incomoda o outro e oferece todo este esforço para o crescimento do seu amor, automaticamente seu cônjuge também se sentirá impelido a corrigir suas falhas e então, ambos poderão amadurecer e solidificar o seu relacionamento.
Um dos primeiros sinais de que o respeito está acabando é o aumento do tom de voz. Normalmente para impor sua vontade e sua opinião, a pessoa começa a falar mais alto, até chegar o ponto de muitas vezes, “explodir” e dizer ou fazer coisas que não deveria, ofendendo e machucando o outro.
Nestes momentos, o melhor a se fazer é frear a língua. Conter a vontade de demonstrar que está certo (mesmo que esteja). Dar um tempo para o outro refletir e só depois dos ânimos acalmados e em um momento mais propício, se o assunto for realmente essencial, retomar o diálogo.
Diz um velho ditado que os namorados falam baixinho um ao outro, porque os corações estão próximos e não precisam falar alto. Eles estão tão juntinhos que um sussurro já é suficiente. Mesmo que fisicamente estejam muito longe e se falando pelo telefone, as almas estão entrelaçadas e falar baixo é uma consequência desta proximidade.
Assim, quando dentro de um lar os gritos são muitos e frequentes, os corações estão longe um do outro. Quanto mais se grita, mais se afasta, pois sem o respeito o diálogo se esvai. É preciso aproximar os corações novamente. E quem deve dar o primeiro passo? Aquele que mais ama e que é mais maduro, pois sabe que é muito melhor abrir mão de uma opinião, ceder nas coisas não essenciais para recuperar a harmonia e o respeito dentro do seu lar.

[1] Mt 7,12
[2] Pe. Adriano Zandoná, www.cancaonova.com.br
CRÉDITOS DAS FOTOS: PHOTOPIN.COM

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

HUMILDADE

“De fato, quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”[1]
A palavra humildade vem do latim humus que significa "terra". Ou seja, os humildes estão mais perto da terra, do solo, não procuram aparecer muito nem se mostrar para os outros.
Aquele que é humilde sabe exatamente o valor que possui e conhece também suas limitações, não precisa ficar alardeando suas qualidades e sabe  valorizar o bem que existe no outro, despertando o que há de melhor naqueles que o rodeiam.
O contrário da humildade é o orgulho. Quem é orgulhoso não reconhece as suas limitações e busca sempre rebaixar os outros, para que assim possa aparecer e se destacar.
Jesus é o grande mestre da humildade. Ele que é Deus, se “rebaixou” a condição de ser humano para libertar a humanidade do pecado e abrir as portas do Céu a ela. A lição do lava-pés é a humildade por excelência, pois ele, o Mestre, mostrou que para segui-lo se deve servir desinteressadamente ao próximo, buscando realizar aquilo que o outro necessita.
Dos ensinamentos de Jesus se pode extrair que a verdadeira humildade está intimamente relacionada com o amor. Aquele que ama não se exalta, não quer ser mais do que o outro, ao contrário, procura sempre que o outro esteja melhor, se sinta mais acolhido, mais valorizado.
A humildade pressupõe ainda a gratuidade. Nunca se deve agir buscando a própria realização, buscando reconhecimento, pois isso demonstra a existência do orgulho.
Dentro de um relacionamento a humildade é muito importante. É preciso estar atento às necessidades do outro e estar sempre pronto a servir. Sempre que procurar mostrar que é melhor que o cônjuge, que ele deve lhe ouvir ou lhe seguir porque “eu sei o que faço”, é o orgulho que está falando e agindo desta forma, está “matando” o  amor.
Muitas vezes, resiste-se em buscar o diálogo com o cônjuge porque ele lhe feriu, ou não agiu direito, pensando que se for você quem o procurar primeiro, estará se “humilhando”. Porém não existe humilhação entre marido e mulher. Nunca se deve sentir humilhado pelo outro e a busca do diálogo, do entendimento, principalmente se você não foi a parte que errou, demonstra maturidade e amor verdadeiro e jamais poderá ser vista como uma fraqueza ou humilhação.
“Humilde é aquele que está embaixo, perto do solo e, justamente por isso, se arrisca menos a perder o equilíbrio. Tem os pés firmes na terra! É, pois, “humano” ser humilde! A pessoa humilde não pretende ser maior nem menor do que realmente o é. A fecundidade de sua existência depende de se oferecer, em espírito de serviço, para realizar o que é capaz na direção do bem dos outros. A modéstia faz mais belos os dons que foram concedidos a cada um. Mas humildade e modéstia só combinam com o amor de caridade! Quem escolheu viver para amar na medida do amor de Deus aceita ser apoio para os outros com humildade, sem humilhação.”[2]
 O orgulho e egoísmo são duas faces da mesma moeda e sempre que optar por qualquer um dos dois, estará agindo contra o seu amor e o sufocando.  Deus, que é amor, resiste aos soberbos e orgulhosos, mas eleva e dá graças aos humildes.[3]
 O primeiro passo em direção à humildade é reconhecer que todos são limitados. Todos tem seus defeitos e não são auto-suficientes, precisam dos demais para sobreviver. Conscientizando-se de suas fraquezas, pode-se buscar sempre melhorar, pois do contrário, sempre estará estagnado, não consegue avançar rumo a maturidade e a felicidade.
“Quanto mais deixares te enraizar na santa humildade, mais íntima será tua comunicação com Deus”.[4]



[1] Lc 14,11
[2] Dom Alverto Taveira Correa, Arcebispo Metropolitano de Belém
[3] Lc 1, 51-52; 1Pd 5,5
[4] Pe. Pio de Pietrelcinas 
créditos das fotos: photopin.com

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

GENEROSIDADE

“Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem dá com alegria.”[1]
A generosidade é uma virtude da dádiva, da doação, seja a doação de bens materiais ou a doação de si mesmo. Para o relacionamento conjugal, será analisada a generosidade sob o aspecto da doação de si mesmo, do que possui de melhor, para o cônjuge e para a família.
A pessoa generosa é livre de si mesma, é desapegada de seus bens, de seus interesses, de suas vontades, de suas ideias. Está atenta para atender as mais diversas necessidades do outro, sem o outro pedir.
A generosidade é diferente da justiça, pois esta se limita a dar a cada um o que lhe pertence e a generosidade lhe faz doar aquilo que é seu e que pode até lhe fazer falta. A justiça é uma virtude que depende muito da razão, de refletir o que é direito de cada um; já a generosidade depende mais do coração, da vontade em se doar ao outro para fazê-lo feliz.
São Paulo ensina, no versículo citado acima, que a generosidade deve ser decidida no coração e tem como característica que esta doação não pode gerar pena nem constrangimento. A pessoa generosa sente prazer e alegria em dar. Assim, aquele que dá por obrigação ou que sofre com a doação, não pode ser considerado generoso.
Ser generoso é esforçar-se por amar e agir em consequência desta decisão. Essa consequência são as atitudes de do dia-a-dia que demonstram ao outro que ele é importante, que está se doando pelo simples fato de amá-lo.
A generosidade envolve empatia, compaixão, transparência e capacidade de ouvir. É natural que com o passar dos anos haja um desgaste no relacionamento conjugal. Mas a generosidade faz ficar atentos a essa acomodação, para que ela não diminua o amor.
“A felicidade não é possível nem dentro nem fora do matrimônio para aquela pessoa que está determinada a conseguir mais do que ele ou ela esteja disposto a dar.”[2]
Assim, no matrimônio deve existir sempre a preocupação em ser generosos, em dar cada vez um pouco a mais do que é exigido, fazer um pouco mais da sua obrigação como cônjuge e como pais.

Pode-se ser generoso com seu tempo para o outro, com sua disposição em realizar as tarefas domésticas, enfim, em colocar tudo o que possui seja física, intelectual ou emocionalmente a serviço de sua família.
Generosidade é partilhar. Tudo o que a pessoa pode dizer que é “seu” ela pode colocar em comum para o bem de todos. Já se ouviu muitos casais dizerem, mesmo após anos de casados: “ah, esta televisão é minha porque eu quem comprei com meu dinheiro” ou “esta casa é minha porque fui eu quem herdei de meus pais”. Ora, pensar desta forma é agir contra o matrimônio, contra a comunidade da família, pois não importa quem comprou ou herdou, tudo deve ser generosamente partilhado entre os membros da família.

Para ser generoso é preciso apenas uma decisão interior de desapego: “partilho meus talentos para melhor servir a minha família; partilho as minhas ideias para melhor contribuir para a história da minha família; partilho minha vida espiritual para levar o amor de Deus para todos aqueles que convivem comigo”.


[1] 2Cor 9,7
[2] Dom  Cormac Burke, in http://www.comshalom.org/formacao/matrimonio/matrimonio_como_escola_intensiva.html
CREDITOS DAS FOTOS: PHOTOPIN

terça-feira, 21 de outubro de 2014

PERDÃO

“Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”[1]
Este ensinamento de Jesus deve se incorporar profundamente na alma dos cônjuges, no seio da família. Quantas vezes se deve perdoar aqueles que os ofenderam, que os magoaram, que feriram seu amor próprio? A resposta é: quantas vezes forem necessárias, ou seja, sempre.
“Sem o exercício contínuo e atual do perdão, nenhum amor chega à oblatividade. Confiança e fidelidade são duas condições absolutas para o exercício do perdão.”[2]
Perdoar não é esquecer e nem fingir que não aconteceu nada. Perdoar é tomar a decisão de que aquela falta que o outro cometeu contra si não vai mais lhe incomodar. E para isso, a pessoa precisa ter a consciência de que também erra, de que também magoa e que precisa sempre do perdão do outro.
Quanto maior for a consciência de que se é um ser limitado, de que frequentemente comete erros, de que sempre precisa do perdão, principalmente de Deus, mais fácil será perdoar os erros do outro, principalmente os daqueles que convivem diariamente consigo.
Porém, perdoar não é uma atitude fácil, principalmente para certos temperamentos que tendem a guardar mágoa e ficar remoendo os acontecimentos. Dependendo do grau da ofensa, da profundidade da cicatriz deixada, o perdão pode demorar muito tempo para ser alcançado.
Não é preciso ter pressa. O que é urgente é decidir que irá perdoar e que aquela falta, aquela mágoa, não irá mais lhe aprisionar. Porque quem fica remoendo os fatos, revivendo os acontecimentos que feriram o seu coração, permanece escravo daquele que o ofendeu. Escravo porque não se liberta e não consegue viver sem pensar naquela ofensa.
O perdão liberta. Quando consegue perdoar, a pessoa se sente mais leve, mais feliz, gerando até um sentimento de compaixão por aquele que lhe ofendeu. Consegue também se libertar do passado, de ficar tentando modificar o que já aconteceu ou ficar imaginando como tudo seria se aquela ofensa não tivesse acontecido. Assim, pode viver muito melhor o seu presente, o dia de hoje, e ter esperança de um futuro mais feliz.
Deve-se sempre pedir a Deus, a graça do perdão. Aproximar-se do coração de Jesus, que tem um bálsamo eficaz para curar as feridas do seu coração. Sem a graça de Deus, não conseguirá perdoar, pois a sua natureza ferida pelo pecado original é orgulhosa e tende sempre a pensar em si mesma, em sua ferida, olhando os acontecimentos somente pelo seu ponto de vista, pela sua razão.
Muitas vezes a pessoa quem deve perdoar é a si próprio. Não é saudável ficar remoendo as falhas dos outros tanto quanto não é saudável ficar remoendo seus próprios erros. Todos são seres humanos limitados, imperfeitos e por mais que se esforcem, eventualmente cometerão erros. Nesta hora, o mais importante é levantar a cabeça, pedir perdão para quem magoou, pedir perdão a Deus, reconhecer esta limitação e seguir em frente, procurando sempre melhorar, amadurecer, aprendendo com os próprios erros.
O Sacramento da Reconciliação (Confissão) é um meio importantíssimo para conseguir o perdão, tanto de si mesmo, como perdoar os demais. É um sacramento de cura, que restaura a alma e traz a paz interior.
Apesar de ter sido instituído principalmente para reconciliar aquelas pessoas que cometeram pecados graves e por isso se afastaram da graça de Deus, a Confissão deve ser buscada também para cada um se aprimorar em sua caminhada, confessando seus pecados veniais (ou mais leves) e até suas imperfeições.
Quanto mais buscar este Sacramento, mais progredirá em seu aperfeiçoamento pessoal e assim, estará cada vez mais apto a perdoar aqueles que lhe ofenderam e a se fortalecer com suas próprias limitações.
O perdão é fundamental e precisa ser dado sempre e nas pequenas coisas, desde algo que o irrita e que a pessoa faz sem saber até as coisas que ela faz conscientemente para irritá-lo e magoá-lo. O perdão devolve o equilíbrio ao relacionamento. Perdoar é ver que nada pode ser maior do que a opção que fizeram de ficar juntos para sempre, pois tudo o mais passa e precisa ser deixado de lado.



[1] Mt 18,21-22
[2] “Famílias Restauradas”, Pe. Léo, scj., pg. 152, 11ª edição, Editora Canção Nova, São Paulo, 2005.
créditos das fotos: photopin