quarta-feira, 5 de junho de 2019

QUAL O VALOR DO TRABALHO?



O trabalho normalmente é associado a uma pena, uma punição, uma coisa muito ruim que somos “obrigados” a fazer. Por outro lado, o trabalho, para algumas pessoas, se tornou um verdadeiro vício, sugando todo o tempo disponível e todas as energias. Mas qual é então o verdadeiro valor do trabalho?

O trabalho pode ser definido como o conjunto das atividades, produtivas ou criativas, que o ser humano exerce para atingir determinado fim. É a forma de colaborarmos no trabalho criador de Deus e é um aspecto fundamental da vocação humana. Ele é necessário para a plena realização e a felicidade humana e nele está intrínseca a responsabilidade pela administração de todas as coisas do mundo. 

Desta forma, o trabalho precisa ser devidamente valorizado, como forma de colaboração para o bem-estar de todos e deve ser executado com o máximo zelo e responsabilidade, não importando a sua natureza. “Qualquer trabalho, ainda que ingrato, oferece ao cristão um meio de louvar a Deus”, ensina o Pe. José Kentenich. As crianças, desde pequenas, precisam aprender o devido valor do trabalho, realizando tudo o que os pais pedirem, da melhor forma possível e sem reclamações. 

Essa parte, de fazer o que deve ser feito, sem reclamar, realmente não é fácil. Nossa tendência é buscar sempre o mais cômodo, o mais fácil e quando precisamos empregar algum tipo de esforço, a vontade é se rebelar reclamando. Porém, uma vez que entendemos que aquilo que nos é solicitado pode ser feito como prova de amor, é mais fácil conter a rebeldia da vontade. Os filhos normalmente seguem o exemplo dos pais: se ouvem os pais resmungarem, vão resmungar; mas se percebem que os pais, mesmo cansados, realizam o trabalho com alegria, aprendem também a enxergar as obrigações da mesma forma. 

Nós podemos demonstrar o nosso amor a Deus e aos outros através da forma que executamos nosso trabalho, seja ele qual for. Se colocamos uma boa dose de sacrifício, procurando fazer tudo da melhor forma, certamente nos aproximamos mais de Deus e daqueles a quem estamos servindo com nosso trabalho.

É claro que o trabalho também pode ser uma fonte de prazer, quando fazemos aquilo que gostamos. Neste caso, precisamos cuidar para não cair no extremo oposto: supervalorizar o trabalho e deixar nossas outras responsabilidades, como o relacionamento com Deus e com o próximo (especialmente nossa família), em segundo plano. Portanto, para ter uma correta relação com o trabalho, precisamos fazer as seguintes perguntas:

1. Estou realizando esse trabalho da melhor forma possível, com zelo, diligência, sem procrastinação?

2. Com a dedicação a esse trabalho, também disponho de tempo para me relacionar com Deus e com o próximo?

3. Faço o trabalho com boa disposição, oferecendo o sacrifício como forma de demonstrar meu amor, ou sempre reclamo de cumprir minhas obrigações?

Peçamos a S. José que nos ajude sempre a cumprir nossos deveres da forma que mais agrada a Deus.

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