Este post foi inspirado no livro
Parenting with Grace, de Gregory e Lisa Popkak.
Todo pai e toda mãe querem que seus
filhos os ouçam, não apenas sobre os pedidos e ordens que eles dão, mas também
sobre a fé e lições morais que eles querem transmitir. Mas como fazer com que
os filhos nos ouçam? E ainda mais importante, como fazer com que os filhos se
apropriem dos ensinamentos que nós lhes damos e os coloquem em prática em suas
próprias vidas? A resposta está em desenvolver um vínculo especial com eles.
Mas o que significa isso? Na prática,
significa que seus filhos irão constantemente procurar você para ajuda-los e
orientá-los quando tiverem necessidades espirituais, emocionais e de
relacionamento e ainda para encontrar as respostas de suas questões sobre como
viver uma vida plena.
Parece ótimo, certo? Porém, para chegar
nesse nível de relacionamento entre pais e filhos, os pais precisam trabalhar
duro para desenvolver e manter um vínculo especial com cada um dos filhos. Esse
tipo de vínculo não é aquele no qual os pais se sentem próximos aos filhos, mas
é aquele em que o FILHO sente que tem um forte relacionamento com os pais.
A forma de conseguir esse tipo de
vínculo é sempre responder prontamente, generosamente e consistentemente as
necessidades práticas, emocionais e espirituais da criança e seus pedidos de
orientação. Fazendo isso, a criança desenvolve um sentido forte e profundo de
que são seus pais A fonte de aprendizado de como viver uma vida plena. Isso é o
que esse tipo de vínculo proporciona: a criança se sente compelida a voltar
para seus pais –ao invés de qualquer outra pessoa – para suprir suas
necessidades e responder suas questões importantes de como a vida funciona.
Uma coisa, porém, precisa ficar clara.
Atender prontamente as necessidades dos filhos NÃO significa mimá-los. O mimo
tem duas origens: ou negligenciar o filho e tentar apaziguá-lo com coisas ou
dar a ele tudo o que pede sem raciocinar. Construir o tipo de vínculo que
estamos falando aqui requer um esforço ativo para entender a intenção ou
necessidade que motiva o comportamento da criança – mesmo se a intenção ou
necessidade não seja imediatamente óbvia – e então trabalhar com a criança para
encontrar uma maneira adequada e saudável de satisfazer essa necessidade.
Algumas maneiras de construir e manter
esse vínculo são: dizer muitas vezes que ama seu filho, que tem orgulho dele;
mostre que o ama através de demonstrações de carinho; mantenha suas promessas
(o que significa que seu filho pode contar com você); tenha atividades recreativas
junto com ele (de preferência as coisas que ELE gosta de fazer e não você);
trabalhem juntos (lavar a louça, o carro, cozinhar, cuidar do jardim); rezem
juntos; esteja presente nas atividades que são importantes para ele (peças na
escola, jogos de futebol, recitais, etc); seja receptivo com os amigos dele e
preferencialmente os acolha em sua casa; respeite o espaço dele; exija que ele
o respeite e o ajude quando solicitado.
Isso tudo requer trabalho duro,
abertura, paciência e generosidade da parte dos pais. MAS a recompensa é
enorme. Em primeiro lugar, trabalhar desse jeito na educação dos filhos é uma
fonte de santificação para os pais. Ele nos desafia a crescer em virtudes como
paciência, compaixão, entendimento, generosidade e amor. E ainda, permite que o
filho tenha certeza absoluta que a melhor fonte de informação e orientação que
ele pode ter são seus próprios pais.
Os filhos que tem esse tipo de vínculo
com seus pais geralmente apresentam os seguintes comportamentos:
- obedecem de forma alegre (eles não são
robôs, mas obedecem de boa vontade os pedidos e ordens dos pais e muitas vezes
oferecem ajuda sem que sejam requisitados)
- aceitam gestos de afeição dos pais e
até buscam esses gestos (oposto a se sentirem desconfortáveis com as demonstrações
de afeto dos pais)
- regularmente aceitam os conselhos dos
pais e os procuram abertamente (oposto de serem resistentes ou rejeitarem os
conselhos)
- aceitam avidamente as ofertas de
passarem tempo junto com os pais ou regularmente as solicitam (oposto de
preferir fortemente passar o tempo com os amigos e ver o tempo em família como
uma obrigação)
Quanto mais os pais afastam o filho,
frustram suas necessidades, os envergonham por seus pedidos ou apresentam
obstáculos para conseguirem o que ele quer da vida (ao invés de ajuda-lo a
procurar meios alternativos saudáveis para ter o que ele quer) mais os pais
estão aumentando as chances de que seus filhos irão se voltar para outras
pessoas e não para eles – incluindo os amigos – para orientação e formação.
Já os pais que buscam o tipo de vínculo
que mencionamos aqui, consistentemente ensinam ao filho que eles são a fonte
melhor e mais fácil de obter ajuda e orientação. Esse vínculo cultiva um senso
de abertura e gratidão por parte do filho que o faz receptivo às informações da
mãe e do pai mesmo quando o filho não pediu.
crédito da foto: photopin.com
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