Quando era jovem, aprendi que a Igreja Católica era contrária
aos anticoncepcionais, sendo que o único método permitido é o Método de
Ovulação Billings (MOB), um método onde a mulher conhece seu período fértil e
se deseja adiar uma gravidez, o casal se abstém de relações sexuais nesse
período. Assim, para me preparar para o matrimônio, aprendi esse método,
juntamente com o Luciano e começamos a utiliza-lo desde que nos casamos.
Acreditávamos que, por sermos usuários do MOB, estávamos
cumprindo o que a Igreja nos pedia, que era sermos abertos à vida e pela graça
de Deus, fomos abençoados com quatro filhos. Há alguns anos comecei a pesquisar quais eram os motivos
pelos quais a Igreja era contrária aos anticoncepcionais e entendi que a
relação sexual possui duas finalidades: a união dos cônjuges e a procriação. Se
tirarmos uma dessas finalidades do ato, ele se torna contrário aos desígnios de
Deus e por isso, causa danos à pessoa e ao matrimônio. A entrega de um para o
outro não é total. É como se um dissesse ao outro: eu te dou tudo, menos a minha fertilidade. Já escrevi
alguns posts sobre esse assunto: contracepção e promessas matrimoniais, efeitos colaterais na saúde pelo uso da contracepção; para que foram criados os contraceptivos; contraceptivos destroem lares
Porém, os ensinamentos da
Igreja a respeito do ato conjugal vão além disso. A forma pela qual Deus escolheu trazer novas
pessoas, novas almas imortais ao mundo foi através da relação sexual. Assim, a relação
sexual é um ato tão sublime, tão importante, que devemos sempre estar abertos para que Deus possa criar novas almas: os nossos
filhos. Não é lícito que nós, como casal, optemos por ter relações apenas
nos períodos inférteis, a menos que tenhamos razões graves para fazê-lo. Essa verdade, está expressa na
encíclica Humanae Vitae, No. 10.
As razões graves para se adiar uma gravidez dizem respeito às
condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais. De ordem física seria o
caso, por exemplo, de uma nova gravidez trazer riscos graves para a saúde da
mãe. De ordem psicológica, no caso, por exemplo, do marido ou da esposa
apresentarem algum tipo de distúrbio, como crises de ansiedade, depressão, etc.
De ordem social, seria quando o governo obriga a abortar o segundo ou terceiro
filho, como é o caso da China.
Para os casos de ordem econômica é preciso ficar bem atento,
porque atualmente o filho é visto apenas como um gasto a mais e muita gente
acha “justo” ter apenas dois filhos para poder dar a eles “tudo do bom e do
melhor”. Motivos graves de ordem econômica seriam apenas aqueles casos onde
tanto os pais, como os filhos já nascidos, correm o risco de ficar sem o que é
necessário para uma vida digna. Não poder pagar viagens, a melhor escola, as
melhores roupas, não é motivo grave.
Quem quiser se aprofundar um pouco mais
nesse assunto, coloco aqui o link de dois posts muito elucidativos:
Assim, o que Deus e a Igreja realmente pedem a nós, casados,
é: tenham filhos! Tantos quantos Deus, em sua infinita misericórdia e
providência, confiar a vocês! Deus não enviará nenhum filho que não sejamos capazes de educar. O futuro da humanidade está em nossas mãos. São
nossos filhos que levarão a nossa cultura, o nosso modo de viver, a nossa fé,
para frente. Sem os nossos filhos, o Céu ficará vazio! Nós temos a
responsabilidade de povoar o Céu de santos. Deus é muito gentil, não nos força
a nada. Ele espera o nosso sim para que possa criar novas almas. Isso é um
grande mistério e também uma grande responsabilidade. Nunca ouvi dizer de um
casal que tenha se arrependido de ter algum filho, apenas de pessoas que se
arrependeram muito de não terem mais filhos!
photo credit: RamónP <a href="http://www.flickr.com/photos/118276383@N05/28882360373">Esperando a Adrián</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/">(license)</a>
Vou contruir um TCC nessa área. Obrigado pelas palavras!
ResponderExcluirFico feliz que tenha aproveitado para seu TCC!
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