"Não devem difamar a ninguém, nem andar brigando, mas sejam pacíficos e atenciosos no trato com todos." [1]
A
gentileza pode ser definida como a qualidade ou caráter de gentil, uma ação
nobre, distinta ou amável, uma delicadeza. É um instinto aguçado para saber o
que os outros necessitam naquele momento e a disponibilidade para suprir esta
necessidade, tendo o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente
para todos.
Ser gentil faz parte do caráter da pessoa, é inerente ao seu comportamento e normalmente é aprendida desde a infância. Porém, é possível aprender a ser gentil em qualquer fase da vida, basta o esforço por olhar ao redor e ver as necessidades dos demais, se predispondo a ajudar.
Esta
atitude pressupõe uma luta incessante contra a superficialidade, a vaidade e o
egoísmo. Percebe-se que as pessoas não são gentis porque, na correria diária, no
afã de conseguir ter sempre mais, cumprir prazos e metas, se tornam cada vez
mais insensíveis à realidade que as cerca e cada vez mais egoístas.
Nesta
insensibilidade, as pessoas agem de maneira mais apressada e mais automatizada,
consequentemente menos gentil, esquecendo-se até das boas maneiras da educação,
de dizer “por favor” e “obrigado”.
No
ambiente familiar, a falta de gentileza pode gerar muita mágoa e conflitos,
além de prejudicar grandemente na educação dos filhos, pois se não os pais não
são gentis com seus próprios filhos, certamente eles não serão gentis com mais
ninguém.
Normalmente
no tempo do namoro e no início da vida de casados, o que não falta são
gentilezas: uma flor, um telefonema no meio do dia apenas pra dizer “eu te
amo”, um café da manhã na cama, abrir a porta do carro para o outro entrar, o
outro nem pensou e já está realizando a sua vontade.
Porém,
com a convivência toda essa solicitude vai “esfriando” e às vezes pode-se até
ser gentis com os de fora, mas dentro de casa é tudo automático, cumpre-se
apenas a obrigação. Essa atitude não pode ser admitida dentro do matrimônio. É
preciso se esforçar sempre por ser gentis dentro de casa.
A
gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações,
transforma humores, melhora as relações, enfim, propicia inúmeras vantagens
tanto na vida de quem é gentil, quanto na de quem recebe a gentileza.
Um
marido compartilhou sua experiência.
“Após uma áspera discussão com
minha esposa, fui muito hostil e grosseiro. Fui então para a sala de TV e
comecei a assistir um jogo. Pouco tempo depois minha esposa entrou trazendo uma
bandeja com sanduiche, batata-frita e um refrigerante. Colocou-a em meu colo,
beijou-me no rosto e disse: eu te amo. Fiquei perplexo e desconcertado,
sentindo-me um idiota. Sua gentileza me emocionou. Pus de lado a bandeja, fui
até a cozinha e pedi desculpas”.
Essa
esposa demonstrou a gentileza do amor autentico e assim mudou o coração do
marido.
Agir
com delicadeza, com gentileza é uma opção individual: cada um tem que decidir
sua maneira de atuar, independente do comportamento do outro. Quando se
consegue ter a atitude que deseja, mesmo que o outro não corresponda a sua
expectativa ou até mesmo faça alguma grosseria, demonstra que possui um alto
grau de autocontrole e de liberdade. Ninguém decide a maneira que você vai agir
(ou reagir): você é livre e consegue determinar suas próprias ações.
Fazer
da gentileza um estilo de vida traz grande satisfação, não apenas para os
outros, mas para você mesmo. Quando se decide ser gentil, se percebe a
transformação que esta atitude opera. A gentileza leva o amor a um nível mais
terno e acessível, com o qual as pessoas se sentem a vontade.
“Dar um presentinho, sorrir,
saudar, o “bom-dia”e “boa-noite”; um elogio, um perdão, uma impaciência
sustada; um desaforo aceito, um defeito suportado, uma ofensa, um erro; lavar a
louça no lugar da esposa ou com ela, lavar o automóvel em lugar dele... e mil
outras formar de “fabricar”gestos de amor, gentilezas; é deitar óleo nas
engrenagens do amor familiar genuíno. Cultivar tais gentilezas entre os esposas
e ir estendendo estas práticas aos filhos reacende, robustece, aquece, embeleza
o amor no convívio familiar.”[2]
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[1] Tt 3,2
[2] “Família
a mais bela comunidade de amor”. Trevisan, Irineu A. pg. 26, 6ª edição, editora
Vozes, Petrópolis 1997.
[3]
http://www.artigonal.com/psicologiaauto-ajuda-artigos/a-importancia-da-gentileza-1034886.html
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