Nenhuma
pessoa madura e responsável inicia uma carreira profissional ou qualquer outro
tipo de empreendimento sem primeiro pesquisar o mercado em que deseja entrar,
pondera as exigências, os custos e os benefícios e estuda, se prepara para o
desafio proposto.
Cada
um pode se questionar: quantos anos passam na escola para aprender a ler,
escrever, calcular, adquirir um conhecimento básico sobre o mundo? Além disso,
quanto tempo despendem em cursos de computação, idioma estrangeiro,
pós-graduação, aperfeiçoamento profissional? E para amar, quanto tempo levam
para aprender a amar, a se relacionar com o outro, quantos cursos fizeram?
A
conclusão que se chega é que se gasta muito tempo se preocupando com a vida
profissional que certamente os ajudará a se sustentar fisicamente, mas não se
preocupam na mesma proporção, em aprender e a aprofundarem-se sobre o que vai
sustentar a vida emocional, o relacionamento conjugal e a família.
Observa-se
que o amor é uma força dinâmica, que precisa sempre de estímulos e se não o
cultivarem, ele realmente “morre e acaba”; o que alimenta o
amor é o sacrifício, a renúncia de si mesmo para o bem do outro, pois isso é da
essência do amor: a doação total.
Veremos aqui qual o caminho, o que se pode fazer para conseguir o objetivo
de alcançar esta perfeita doação ao outro, requisito para a felicidade
conjugal, através do cultivo do seu amor conjugal, tornando-o cada vez mais
forte e frutuoso, um amor que nunca envelhece.
O
CAMINHO É CONSTRUÍDO PELAS VIRTUDES
Este
caminho do amor que nunca envelhece é um caminho de Aliança. O amor que uniu os
cônjuges, este laço santificado pelo Sacramento do Matrimônio, sua Aliança
Matrimonial que lhes deu a capacidade de se amarem como Cristo os amou, este é o fundamento sobre o qual devem
edificar sua vida conjugal e familiar e é ele quem os auxiliará a construir
este caminho.
Desta forma, sem o auxílio da graça própria do
sacramento do matrimônio, aquela que é destinada a aperfeiçoar o amor dos
cônjuges e a fortificar sua unidade indissolúvel, pela qual um ajuda a
santificar o outro, marido e mulher não podem chegar a realizar esta perfeita
união para o qual foram criados.
O esforço para construir este caminho deve ser dos dois:
marido e mulher. Isto não significa que os dois estarão construindo sempre do
mesmo jeito e ao mesmo tempo. Às vezes é o marido que está colocando mais
cimento, às vezes é a mulher que está preparando o terreno. O importante é que
os dois possuam o mesmo plano, o mesmo projeto, mas cada um faz a sua parte sem
ficar cobrando a parte do outro.
Para a construção deste caminho, os cônjuges
precisam exercitar-se nas VIRTUDES. Estas é que são o fundamento que irá
solidificar esta rota para manter seu amor sempre jovem.
“A
virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa
não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças
sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o
na prática.”[1]
Virtude,
segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem e elas se
aperfeiçoam com o hábito.
Todas
as virtudes são importantes e deveriam ser praticadas, porém, dentro do
matrimônio algumas delas se destacam, pois formam este alicerce para deixar o
amor sempre forte e saudável. E é com o hábito de praticá-las que serão
aperfeiçoadas.
Nos próximos posts, passaremos a analisar seis virtudes que são essenciais para a
felicidade no matrimônio: paciência, gentileza, perdão, generosidade, humildade
e respeito.
crédito da foto: <a href="https://www.flickr.com/photos/indykethdy/8065788169/">Indy Kethdy</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a
[1] Catecismo
da Igreja Católica, no. 1803
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