O tema de hoje foi
inspirado no livro Beyond the Birds and
the Bees, de Gregory Popcak e tem o objetivo de ajudar os pais a lidar com
o delicado tema da sexualidade com seus filhos.
1. Cada criança tem diferentes necessidades, desafios e forças. Todas
as crianças possuem diferentes níveis de maturidade e capacidade intelectual. A
Teologia do Corpo nos lembra da "irrepetibilidade" de cada pessoa.
Cabe a você, como pais, saber quando dividir informações sobre sexualidade, ser
sensível às necessidades particulares e níveis de cada um de seus filhos (não é um método de "produção em massa").
2. Você é o primeiro e mais importante exemplo para seu filho de
masculinidade e feminilidade. Falando em geral, é responsabilidade primária
do pai ensinar e modelar uma sexualidade saudável para seus filhos, enquanto é
responsabilidade primária da mãe ensinar e modelar uma sexualidade saudável
para suas filhas. Claro, ambos os pais tem algo importante para ensinar para
todos os seus filhos, a despeito do gênero. De fato, uma das coisas que
descobrimos na Teologia do Corpo é que o homem nunca é mais masculino do que
quando ama e serve sua mulher, e a mulher nunca é mais feminina do que quando
ela ama e serve seu homem, e a humanidade nunca é mais completamente expressa
quando estas duas realidades existem ao mesmo tempo. A essa luz, o pai e a mãe
devem sempre se lembrar de seu dever de ser um bom exemplo e educador sobre o
que significa ser um homem ou uma mulher cristã.
3. Quando falar sobre sexo, nós devemos sempre tomar cuidado para
conectá-lo às suas dimensões espirituais e morais. Transmitir a visão
católica sobre o amor envolve mais do que ensinar as crianças sobre sexo. É o
processo de formar o caráter inteiro da criança. Sexo é algo que envolve o todo
espiritual, emocional e físico da pessoa. Não é suficiente dar informações
mecânicas. Nós devemos ensinar nossos filhos como ter uma sexualidade integrada
que é enraizada na oração, fundada em um caráter sólido e que expressa todas as
virtudes que ajudam as pessoas a viver a vida e o amor como os presentes que
Deus quis que fossem.
4.
Não é suficiente dizer: "Não faça isto!".
Quando corrigimos nossos filhos por utilizar comentários sexuais inapropriados,
auto tocar-se, ou outros comportamentos, devemos evitar medidas corretivas que
deem a impressão que sexo é algo ruim ou algo para se temer. Nós devemos sempre
lutar para dar uma explicação sensível e moral do motivo pelo qual o
comportamento é errado e ser capaz de explicar
porque as alternativas morais que estamos oferecendo são melhores para o corpo,
mente, alma e relacionamento da criança. Este último ponto é extremamente
importante.
5. Cultivar uma sexualidade saudável e santa é um processo para toda a
vida. Não é suficiente apenas dar informações a seus filhos sobre sexo e
moral. Nós devemos sempre estar dispostos a servir como exemplos pacientes,
professores e confidentes a eles. Conforme a sexualidade de nossos filhos se
desdobra, nós devemos participar ativamente em cada estágio, provendo
orientação e assistência. A Igreja se refere a este processo como procriação integral. Por este termo, a
Igreja quer dizer que os pais católicos devem fazer mais do que conceber
crianças. Nós devemos formá-los
satisfazendo suas necessidades em cada estágio de suas vidas para que possamos
criar não apenas adultos, mas santos. Nós devemos trabalhar para sermos
autoridades sensíveis e críveis em questões sexuais aos olhos de nossos filhos.
6. Nós devemos modelar e ensinar o respeito por nós mesmos e pelas outras
pessoas. Nós devemos ensinar nossos filhos a respeitar seus próprios
corpos, mente e alma, e ter um respeito genuíno pelos corpos, mentes e almas
das pessoas que Deus colocar em seus caminhos.
7. O objetivo de toda disciplina deveria ser ensinar a criança a ter uma autodisciplina.
São Paulo escreve "A vontade de Deus... é que cada um saiba usar o próprio
corpo" (1Tess 4,3-5). Nós devemos dar a nossos filhos ferramentas que eles
precisam para avaliar o seu ambiente de uma perspectiva amorosa e cheia de fé.
8.Castidade não é a mesma coisa que repressão. Castidade é uma
virtude positiva e capacitante que nos ajuda a amar a pessoa certa, da maneira
certa e no tempo certo. Castidade é o poder de ser livre de necessidades que me
forçariam a agir de maneira que é contrária ao meu melhor interesse e o melhor
interesse da pessoa que eu amo. Nós devemos ensinar nossos filhos sobre a força
e alegria que vem do autodomínio. Devemos ensinar a eles que a castidade, longe
de ser sufocante ou repressiva, aumenta suas chances de ter um casamento mais
feliz, uma vida mais saudável e uma alma mais bonita.
9. Como pais não podemos fazer tudo sozinhos. Nós devemos estar
dispostos a aceitar a ajuda competente de fontes qualificadas. Isto inclui a
leitura de bons livros no assunto da sexualidade e esta dispostos a consultar
com pessoas experientes em educação, psicologia, teologia e desenvolvimento
infantil conforme as necessidades surgem.
10. Em tudo que fazemos e ensinamos que Deus
trabalha ao nosso lado. Sua graça nos sustenta. Conforme nossos filhos
crescem em virtude a cada dia, sua misericórdia estará lá para nós quando
falharmos como pais. Através da oração e participação nos sacramentos, nós
devemos sempre buscar a orientação de Deus e ensinar nossos filhos a fazer o
mesmo.
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