domingo, 1 de novembro de 2015

A IDEOLOGIA DO GÊNERO E A DESTRUIÇÃO DA FAMÍLIA



"Tal é o sonho de Deus para a sua dilecta criatura: vê-la realizada na união de amor entre homem e mulher; feliz no caminho comum, fecunda na doação recíproca” Papa Francisco



O Papa Francisco tem insistido na beleza da família e no cuidado que devemos ter para que ela continue a ser a célula base de nossa sociedade. Porém, atualmente ela se encontra ameaçada, e a grande ameaça é a ideologia de gênero.

Mas o que é gênero? Atualmente o termo gênero significa a "a realidade de que a situação e os papéis da mulher e do homem são construções sociais sujeitas a mudança". Ou seja, não existe um homem natural ou uma mulher natural; não há conjunção de características ou de uma conduta exclusiva de um só sexo apenas, nem sequer na vida psíquica.

Os proponentes desta ideologia querem afirmar que as diferenças entre o homem e a mulher não correspondem a uma natureza fixa que torne alguns seres humanos homens e, a outros, mulheres. Pensam, além disso, que as diferenças de pensar, agir e valorizar a si mesmos são produto da cultura de um país e de uma época determinadas, que atribui a cada grupo de pessoas uma série de características que se explicam pelas conveniências das estruturas sociais de certa sociedade.

Desta forma, cada um deveria ter a “liberdade” para poder escolher se quer ser homem ou mulher, ou até mesmo ambos, sem qualquer pressão social.

ORIGEM: NEO MARXISMO

A ideologia do gênero se baseia em uma interpretação neomarxista da História. Começa com a afirmação de Marx de que toda a história é uma luta de classes, do opressor contra o oprimido. A sociedade será totalmente reconstruída e surgirá a sociedade sem classes, livre de conflitos, que assegurará a paz e a prosperidade utópicas para todos.
Para eles, a família é o palco principal da opressão, onde o homem oprimiria a mulher e os filhos, por isso, a família precisa ser destruída através eliminação da diferença dos sexos:"...para assegurar a eliminação das classes sexuais requer que a classe subjugada (as mulheres) se levante em revolução e apodere do controle da reprodução; se restaure à mulher a propriedade sobre seus próprios corpos, como também o controle feminino da fertilidade humana, incluindo tanto as novas tecnologias quanto todas as instituições sociais de nascimento e cuidado das crianças. E assim (...)a meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente - e diversamente do primeiro movimento feminista - não só acabar com o privilégio masculino como também com a própria distinção dos sexos: as diferenças genitais entre os seres humanos já não importam culturalmente". (Shulamith Firestone)
DIFERENÇA = DESIGUALDADE E OPRESSÃO

Para os apaixonados defensores da "nova perspectiva", não se devem fazer distinções porque qualquer diferença é suspeita, má, ofensiva. Dizem ainda que toda diferença entre o homem e a mulher é construção social e, por conseguinte, precisa ser alterada. Buscam estabelecer uma igualdade total entre homem e mulher sem considerar as naturais diferenças entre ambos, especialmente as diferenças sexuais; mais ainda, relativizam a noção de sexo de tal maneira que, segundo eles, não existiriam dois sexos, mas sim muitas "orientações sexuais".

OBJETIVOS
* Total indiferença entre homens e mulheres, pessoas polimorfas (assumem a forma que quiserem)
* Tornar o ser humano solitário, sem vínculos, incapaz de relacionamentos, para que queira preencher esse vazio existencial com o consumismo compulsivo
Para conseguirem estes objetivos, possuem a seguinte agenda de ação:
1.  As mulheres devem trabalhar fora de casa. O trabalho doméstico e o cuidado dos filhos/marido é degradante. A mulher nunca deve ser dependente do marido e para se realizar pessoalmente precisa ter uma profissão remunerada.
"Pensamos que nenhuma mulher deveria possuir esta opção. Não se deveria autorizar nenhuma mulher a ficar em casa para cuidar de seus filhos. A sociedade deve ser totalmente diferente. As mulheres não devem ter esta opção porque, se esta opção existir, muitas mulheres decidir-se-ão por ela"

2. Os direitos reprodutivos devem ser colocados integralmente nas mãos das mulheres, com acesso a toda tecnologia para contracepção e o aborto.
3. Acabar com a família constituída por homem, mulher e filhos, porque neste esquema o homem é o opressor. A nova "família" seria constituída por quaisquer pessoas que quisessem se juntar para dividirem o mesmo teto. 
"(As jovens feministas)... queriam a liberdade para desenhar suas famílias atuais e futuras de várias formas, sem penalidades: amar a mulheres ou homens, ter relações sexuais com uma pessoa por vez ou várias, viver com ou sem filhos, ter filhos de uma forma artificial. Somente quando se puder inventar famílias de todos os tipos - sem medo do ridículo o da autodepreciação - a mulher pode esperar conseguir a individualidade genuína, mais que a categorização como membros presos a uma classe de sexo/gênero" (Ellen Herman)

4. Completa liberdade sexual, que inclui o direito à preferência sexual (direitos homoafetivos), como novo “estilo de vida”. Inclui ainda serem válidos quaisquer tipos de relacionamento sexual, não excluindo a pedofilia, o incesto e até as relações sexuais com animais.

5. A maternidade ocupa muito tempo das mulheres, que então não atuam fortemente na vida pública, por isso o cuidado com os filhos precisa ser terceirizado, através da escola em tempo integral, desde os primeiros meses de vida. Além disso, a escola em tempo integral ajuda a diminuir ao máximo a influência da família sobre a criança.
6. Inclusão desta ideologia nas escolas, desde a mais tenra idade, para evitar que as crianças possam adquirir uma mentalidade contrária. Abolição das festas comemorativas dos "dia das mães" ou dos "dia do pais". O estado deve cuidar da educação.
7. Substituição dos termos pai, mãe, marido, esposa, por termos "gênero-neutros" (genitor a, genitor b). Pleiteiam que não haja diferenças de conduta nem responsabilidade entre o homem e a mulher na família. Esta é a categoria dos "papéis socialmente construídos" a que tem maior importância porque consideram que a experiência das relações "sexo-específicas" na família são a principal causa do sistema de classes "sexo/gêneros".
8. Acabar com as religiões tradicionais, pois estas são uma invenção humana e as religiões principais foram inventadas por homens para oprimir as mulheres. Por isso, as feministas radicais postulam a reimagem de Deus como "Sophia": a Sabedoria Feminina. Nesse sentido, as "teólogas do feminismo do gênero" propõem descobrir e adorar não a Deus, mas a Deusa. Por exemplo, Carol Christ, autodenominada "teóloga feminista do gênero", afirma o seguinte:
"Uma mulher que faça eco da afirmação dramática de Ntosake Shange: 'Encontrei Deus em mim mesma e a amei ferozmente', está dizendo: 'O poder feminino é forte e criativo'. Está dizendo que o princípio divino, o poder salvador e sustentador está nela mesma e que já não verá o homem ou a figura masculina como salvador”.

O cristianismo é um obstáculo ao estado totalitário porque sabe que é melhor obedecer antes a Deus do que aos homens. Assim, se criarem uma lei contrária à lei natural, o cristão irá desobedecer.

SÍNTESE:

Palavras de Simone de Beauvoir: "É fácil imaginar um mundo em que homens e mulheres sejam iguais, pois é exatamente o que prometeu a revolução soviética: as mulheres, educadas e formadas exatamente como os homens, trabalhariam nas mesmas condições e com os mesmos salários; a liberdade erótica seria admitida pelos costumes, mas o ato sexual já não seria considerado como um "serviço" que se remunera; a mulher teria de assegurar outro modo de ganhar a vida; o casamento fundar-se-ia num livre compromisso ao qual os esposos poderiam pôr termo quando quisessem; a maternidade seria livre, isto é, autorizar-se-ia o controle da natalidade e o aborto, que por sua parte daria a todas as mães e aos seus filhos exatamente os mesmos direitos, estejam elas casadas ou não; as baixas por maternidade seriam pagas pela coletividade, que tomaria a seu cargo as crianças, o que não significa que elas seriam retiradas aos seus pais, mas que não seriam abandonadas".

SINAIS DE ALERTA

Infelizmente esta ideologia ganha cada vez mais espaço em nossa sociedade e pouco a pouco invade os lares, lançando suas sementes principalmente na cabeça de crianças e jovens. As coisas são feitas de maneira obscura, nada é falado "às claras", para serem mais facilmente aceitas sem oposição das pessoas.

É o lobo em pele de cordeiro. Palavras como liberdade, tolerância, igualdade, direitos reprodutivos, não discriminação, inclusão, são utilizadas para dar uma aparência de coisa boa para esta ideologia. Os homossexuais estão sendo usados pelos líderes desta ideologia, porém o regime totalitário que será implantado através dela, já matou milhares de homossexuais.

O governo já está tentando criar leis que implementem oficialmente esta ideologia nas escolas, porém, na prática ela já está bem enraizada em nossa sociedade. Vejamos o que já é comumente aceito, inclusive em nossas próprias famílias:

- a mulher tem que ser “independente” e buscar seu prazer a todo custo 
o cuidado com a casa, os filhos e o marido é uma situação “degradante” não sendo digna de uma mulher moderna;
o homossexualismo é uma atitude “natural” que deve ser estimulada e jamais pode ser reprimida;
  o cuidado com as crianças deve ser “terceirizado”, seja para babás ou escolas em período integral, pois os pais devem estar “livres” para dedicarem-se à carreira profissional ou a atividades mais prazerosas;
 levar a criança o quanto antes para a escola, para apagar da humanidade a noção de direito natural. A escola dirá às crianças o que é certo ou é errado.
  os pais entregam alegremente seus filhos à escola, o quanto antes e por um período o quanto maior, para eles serem modelados pelo estado. Isso tornará praticamente impossível a transmissão da fé cristã. Acaba com a consciência da criança, deformando-a. Slogans do tipo "Brasil uma pátria educadora" tem por trás esse ideal dos filhos serem educados pelo estado
   se o casal fala que quer ter mais que dois filhos é taxado de "louco", "irresponsável" e sofre vários tipos de preconceitos 
família é hipnotizada pelos valores econômicos: não abrir mão do status social. O maior valor do povo brasileiro é o dinheiro. "É preferível dar todo o conforto para apenas dois filhos do que viver de modo mais modesto com cinco filhos"
 o sexo deve ser usado como instrumento de manipulação das pessoas, para obter vantagens ou simplesmente para sentir o prazer pelo prazer, independente de suas consequências.

É de conhecimento geral que se uma ideia é repetida muitas vezes e por um período longo de tempo, por mais absurda que no início possa parecer, com o tempo ela é aceita como uma “verdade” incontestável. 

Portanto, é urgente a insurgência sobre o real absurdo que representa esta ideologia, antes que ela consiga seu principal objetivo: destruir a família e seus valores.

Salvai a Família, custe o que custar!
credito da foto: <a href="http://www.flickr.com/photos/29998366@N02/3333358025">Pro-abortusdemonstratie / Pro abortion demonstration</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://www.flickr.com/commons/usage/">(license)</a>

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