terça-feira, 29 de setembro de 2015

NECESSIDADE DE ACEITAÇÃO

A vida em família é problemática e recompensadora ao mesmo tempo. A chave é como aceitar um ao outro incondicionalmente, e isso requer uma paciência heroica, enorme sacrifício e um genuíno amor mútuo. E nisso reside uma quantidade extraordinária de bênçãos.

Viver juntos numa comunidade familiar significa mistura de personalidades e características, não importando se você tem apenas um filho ou uma dúzia. O amor mútuo é caloroso, genuíno e um amor efetivo que atravessa cada coração e prova a si mesmo através das obras. A toda hora somos chamados como família a suportar tudo com amor genuíno e é nosso amor que nos dá paciência e força no sofrimento.

Isso não significa que tudo na vida familiar é harmonioso. Temos nossas lutas e as vezes implicamos abertamente um com o outro. Isso é esperado. Entretanto, mesmo que ocasionalmente incomodamos um ao outro a expectativa é que também aceitemos um ao outro. Sabemos que o outro é um ser humano valioso, filho de Deus, que merece amor e respeito, com o Espírito Santo habitando em sua alma. Nós permitimos que eles sejam quem são e ajam de acordo com a vontade de Deus para eles. 

Nós também temos em conta todas as fraquezas e imperfeições causadas pelo pecado original. Nós damos a eles restrições quando cometem erros, créditos por seus dons e realizações e espaço para serem diferentes de nós mesmos sem julgamento ou crítica. Isso é aceitação.

Todos nós precisamos nos sentir aceitos e muitas vezes os jovens fazem de tudo para se sentirem aceitos por um grupo. A aceitação dentro do próprio lar é fundamental para evitar que precisem buscar aceitação fora a qualquer custo. Isso vale também para os cônjuges: se um não se sente aceito pelo outro como realmente é, com suas qualidades e limitações, pode se sentir tentado a buscar essa aceitação fora de casa.

Aceitar o outro como ele é não significa concordar com seus erros, especialmente se levam ao pecado. Uma advertência caridosa, dada com amor genuíno e paciência sacrifical pode afastar os corações do pecado e movê-los na direção de Deus. Discutir coisas desagradáveis pode ser realmente desagradável, mas deve ser feita pelo bem da santidade e harmonia da família. É necessário que os membros envolvidos discutam, porém sem reclamações ou ameaças.

Uma ideia útil é usar sempre o pronome "eu" nessas discussões. Por exemplo, se o irmão mais novo bagunçou a gaveta do irmão mais velho, esse pode dizer "eu senti que minha privacidade foi invadida por você" ou "eu não gostei do que você fez". Isso evita acusações do tipo "você" ("você bagunça tudo", "você é um chato", etc). Vale também para o relacionamento conjugal, mostrar como você se sentiu com a atitude do cônjuge, ao invés de trocar acusações.

Terminamos com as palavras de Madre Teresa de Calcutá: "Espalhe o amor onde você vá: em primeiro lugar em sua própria casa. Dê amor para seus filhos, para sua esposa ou esposo, para seu vizinho... Não deixe que ninguém se aproxime de você e saia sem se sentir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da bondade de Deus; bondade em seu rosto, bondade em seus olhos, bondade em seu sorriso, bondade em sua calorosa saudação."

Para refletir:
1. Como você expressa as suas opiniões para os outros? Você aceita a opinião deles ou tenta fazê-los calar?
2. Você consegue chamar a atenção do outro de uma maneira caridosa? Se não, por que não consegue?

3. Quais regras você pode estabelecer para a discussão de assuntos difíceis em sua família?

crédito da foto: photopin.com

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