A vida em família é
problemática e recompensadora ao mesmo tempo. A chave é como aceitar um ao
outro incondicionalmente, e isso requer uma paciência heroica, enorme
sacrifício e um genuíno amor mútuo. E nisso reside uma quantidade
extraordinária de bênçãos.
Viver juntos numa
comunidade familiar significa mistura de personalidades e características, não
importando se você tem apenas um filho ou uma dúzia. O amor mútuo é caloroso,
genuíno e um amor efetivo que atravessa cada coração e prova a si mesmo através
das obras. A toda hora somos chamados como família a suportar tudo com amor
genuíno e é nosso amor que nos dá paciência e força no sofrimento.
Isso não significa que
tudo na vida familiar é harmonioso. Temos nossas lutas e as vezes implicamos
abertamente um com o outro. Isso é esperado. Entretanto, mesmo que
ocasionalmente incomodamos um ao outro a expectativa é que também aceitemos um
ao outro. Sabemos que o outro é um ser humano valioso, filho de Deus, que
merece amor e respeito, com o Espírito Santo habitando em sua alma. Nós
permitimos que eles sejam quem são e ajam de acordo com a vontade de Deus para
eles.
Nós também temos em conta todas as fraquezas e imperfeições causadas pelo
pecado original. Nós damos a eles restrições quando cometem erros, créditos por
seus dons e realizações e espaço para serem diferentes de nós mesmos sem
julgamento ou crítica. Isso é aceitação.
Todos nós precisamos
nos sentir aceitos e muitas vezes os jovens fazem de tudo para se sentirem aceitos
por um grupo. A aceitação dentro do próprio lar é fundamental para evitar que
precisem buscar aceitação fora a qualquer custo. Isso vale também para os
cônjuges: se um não se sente aceito pelo outro como realmente é, com suas
qualidades e limitações, pode se sentir tentado a buscar essa aceitação fora de
casa.
Aceitar o outro como
ele é não significa concordar com seus erros, especialmente se levam ao pecado.
Uma advertência caridosa, dada com amor genuíno e paciência sacrifical pode
afastar os corações do pecado e movê-los na direção de Deus. Discutir coisas
desagradáveis pode ser realmente desagradável, mas deve ser feita pelo bem da
santidade e harmonia da família. É necessário que os membros envolvidos
discutam, porém sem reclamações ou ameaças.
Uma ideia útil é usar
sempre o pronome "eu" nessas discussões. Por exemplo, se o irmão mais
novo bagunçou a gaveta do irmão mais velho, esse pode dizer "eu senti que
minha privacidade foi invadida por você" ou "eu não gostei do que você
fez". Isso evita acusações do tipo "você" ("você bagunça
tudo", "você é um chato", etc). Vale também para o
relacionamento conjugal, mostrar como você se sentiu com a atitude do cônjuge,
ao invés de trocar acusações.
Terminamos com as
palavras de Madre Teresa de Calcutá: "Espalhe
o amor onde você vá: em primeiro lugar em sua própria casa. Dê amor para seus
filhos, para sua esposa ou esposo, para seu vizinho... Não deixe que ninguém se
aproxime de você e saia sem se sentir melhor e mais feliz. Seja a expressão
viva da bondade de Deus; bondade em seu rosto, bondade em seus olhos, bondade
em seu sorriso, bondade em sua calorosa saudação."
Para refletir:
1. Como
você expressa as suas opiniões para os outros? Você aceita a opinião deles ou
tenta fazê-los calar?
2.
Você consegue chamar a atenção do outro de uma maneira caridosa? Se não, por
que não consegue?
3.
Quais regras você pode estabelecer para a discussão de assuntos difíceis em sua
família?
crédito da foto: photopin.com
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