O
casamento é o espelho do amor de Cristo pela sua Igreja, conforme S. Paulo
descreve em Efésios, 5: “Maridos, amem
suas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela...Esse mistério
é grande: eu me refiro a Cristo e à Igreja. Portanto, cada um de vocês ame a
sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.” (Ef 5,25;
32-33).
Em algumas
traduções da Bíblia, essa passagem diz que a mulher tem que ser submissa ou
obedecer a seu marido e frequentemente é mal interpretada. São Paulo não está
falando de escravizar a mulher; ele está falando da própria essência do
sacramento do matrimônio: o amor de Cristo. A Igreja sempre ensinou que homens
e mulheres são iguais em dignidade, mas possuem diferentes papéis,
responsabilidades, aptidões e inclinações. Deus não criou “acidentalmente” dois
gêneros; Ele fez isso em virtude de seu plano divino.
Quando
S. Paulo recomenda que as esposas sejam submissas a seus maridos, ele está
comparando o amor de Cristo pela Igreja com o amor do marido por sua esposa e
vice versa. Tudo o que Jesus fez, ele fez para o benefício da Igreja, incluindo
sua morte na cruz. Tudo o que um bom marido faz, ele faz para o benefício de
sua esposa. Um marido verdadeiramente piedoso faz tudo o que está em seu poder
para prover, proteger e respeitar sua esposa. Ele procura a orientação do
Espírito Santo em tudo o que ele faz como cabeça da família.
Uma
esposa se submete a seu marido, não ao rastejar em seus pés, mas ao apoiá-lo em
seu trabalho e responsabilidades. S. Paulo diz que as esposas devem se submeter
a seus maridos como se submetem ao Senhor. Essas últimas palavras “como se
submetem ao Senhor” são a chave para entender esse conceito. Como nos
submetemos ao Senhor? Nós amamos, honramos e respeitamos ao Senhor porque
sabemos que tudo que ele faz, ele faz porque nos ama. Uma esposa ama, honra e
respeita seu marido porque ela sabe que tudo o que ele faz, ele faz porque a
ama.
Isso
requer não uma ditadura, onde um só manda, mas uma corte real onde o amor
mútuo, respeito, obediência, honra e confiança reinam supremas.
Nunca
devemos falar mal de nosso cônjuge a outras pessoas. Alguns podem falar que é
apenas “ventilar os problemas”, mas na verdade é uma humilhação para o outro
(mesmo que nunca venha a saber disso) e pode corromper nosso matrimônio, pois
com o tempo podemos acreditar no que estamos falando e criar ressentimento. Como
podemos falar mal da pessoa que nós prometemos estimar sobre todas as outras?
Esposas, submetam-se ao direito de seu marido de ter seu respeito e confiança.
Maridos, defendam a sensibilidade e reputação de sua esposa ao máximo. Isso é o
que significa o casamento ser um reflexo do amor de Cristo por sua Igreja.
O
matrimônio é o caminho para o Céu com um companheiro. Trabalhamos pela
santificação um do outro; trabalhamos pela nossa auto santificação pelo bem do
outro. Através de nosso ser e agir, esperamos levar o outro mais perto de Deus.
Através dessa santificação mútua, nós damos ao Pai a honra e glória que Ele
merece.
Não
é fácil ser um casal verdadeiramente santo. Podemos nos desapontar com nosso
cônjuge ou com nós mesmos; nossa fragilidade humana e os efeitos do pecado
original faz com que isso seja quase inevitável. Teremos cruzes para carregar e
sofrimentos para suportar. O que faz a diferença é como abordamos cada
dificuldade: podemos deixar que nos fortaleça ou nos separe.
A
Igreja nos garante que o Sacramento do Matrimônio dos dá as graças necessárias
para vivermos a totalidade de nossa vocação matrimonial. O Sacramento não nos
faltará mesmo nas épocas mais difíceis se nós pedirmos essas graças e buscar na
Igreja o auxílio e a orientação que necessitarmos.
O
matrimônio é uma instituição nobre, vital e sagrada e não devemos deixar
ninguém tentar nos convencer do contrário. Tudo o que pudermos fazer para
testemunhar esse fato, seja algo grande ou pequeno, vale o esforço.
“O matrimônio é um sacramento que torna uma só carne dois corpos. A teologia nos explica esse fato de uma maneira impressionante quando nos ensina que a matéria do sacramento são os corpos do marido e da esposa. Nosso Senhor santifica e abençoa o amor mútuo do marido e da mulher. Ele pressupõe, não apenas uma união de almas, mas também a união dos corpos. Nenhum cristão, seja ele ou não chamado ao estado matrimonial, tem o direito de subestimar o valor do matrimônio” (S. Josemaria Escrivá, fundador da Opus Dei)
Para refletir:
1. O que a expressão “igual dignidade mas diferentes papéis” significa, em termos práticos, na sua família?
2. Vocês defendem e protegem a reputação um do outro? De que maneira?
3. O que as passagens de Efésios 5, 25 e Colossenses 3,18-19 significam para você?
Photo credit: <a href="http://www.flickr.com/photos/16754010@N06/25747521185">Steve and Alana</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/">(license)</a>
1. O que a expressão “igual dignidade mas diferentes papéis” significa, em termos práticos, na sua família?
2. Vocês defendem e protegem a reputação um do outro? De que maneira?
3. O que as passagens de Efésios 5, 25 e Colossenses 3,18-19 significam para você?
Photo credit: <a href="http://www.flickr.com/photos/16754010@N06/25747521185">Steve and Alana</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/">(license)</a>
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