Vivemos num mundo super agitado, com milhares de informações sendo apresentadas para nós a cada momento, seja no computador, na rua, no celular. Tudo quer chamar a nossa atenção. Em 2015, a Microsoft publicou um estudo que a atenção do ser humano havia diminuído de 12 para 8 segundos em apenas 13 anos. O mais chocante talvez seja a informação de que um peixinho dourado consegue manter a sua atenção por 9 segundos...
Cada vez que mudamos o foco da
nossa atenção para uma novidade, seja uma notificação de mensagem ou um novo
reels do Instagram, nosso cérebro recebe uma descarga de dopamina, um hormônio
que gera a sensação de prazer. Assim, somos “recompensados” por desviar nossa
atenção. E isso pode nos viciar. O quadro fica ainda mais preocupante se
pensarmos no cérebro infantil, que ainda não está totalmente formado e os danos
causados por essa constante mudança no foco da atenção podem se tornar
permanentes.
O que fazer então? Não é mais
possível retroceder para voltarmos a viver em um mundo sem a tecnologia e
certamente isso não seria um bem, pois a tecnologia nos ajuda em inúmeros
aspectos de nossa vida a vivermos melhor. A questão é aprendermos a utilizar as
nossas telas de uma forma mais equilibrada, não sendo vítimas dos algoritmos
que querer roubar nossa atenção.
Como em todo processo de mudança,
o primeiro passo é sempre reconhecer que existe o problema, que realmente
estamos fazendo as coisas sem a devida atenção e que nos distraímos com muita
facilidade. Depois, precisamos lembrar que o nosso cérebro funciona melhor em
um ambiente organizado, pois ele está programado para colocar ordem nas coisas.
Em um ambiente desorganizado, ele perde tempo tentando concentrar, mas
preocupado com a bagunça exterior. Assim, o segundo passo é buscar viver a
virtude da ordem.
Essa ordem não é só no ambiente
externo que vivemos, trabalho, casa, mas também nos horários que fazemos as
coisas. Ter uma rotina diária ajuda o nosso cérebro a focar naquilo que é
importante, pois ele sabe o que acontecerá na próxima hora e não precisa se
preocupar com isso. Tirar as notificações do celular e colocar horários
determinados para acessar nossas redes sociais também pode ajudar.
Por fim, vem o esforço para
colocar intenção naquilo que estamos fazendo. S. Josermaria Escrivá dizia: “Faz
o que deves e estás no que fazes”, ou seja, faça aquilo que você deve fazer
naquele momento e coloque toda sua atenção naquilo que está fazendo. Em outras
palavras, colocar intenção, fazer intencionalmente aquela tarefa, para que ela
seja bem-feita. O P. José Kentenich também dizia: “Faça o ordinário,
extraordinariamente bem”.
Se vivermos nosso dia com atenção
e intenção, ao chegar a noite e repassarmos os acontecimentos, teremos aquela
sensação de dever cumprido. Mesmo se as coisas não aconteceram da forma que
planejamos, o fato de nos preocuparmos de viver cada minuto com a intensidade
devida, cumprindo nosso dever da melhor forma, com a reta intenção de dar o
nosso melhor, isso já basta para nos proporcionar essa sensação de paz e
tranquilidade, bem diferente do stress experimentado por um dia agitado, quando
fazemos as coisas pela metade.
Peçamos ao nosso santo anjo da
guarda que nos ajude nessa difícil tarefa de cumprir bem nossos deveres e
colocar toda nossa atenção e intenção naquilo que fazemos.
Sim. Precisamos repensar e almejarmos a tão sonhada, PAZ!
ResponderExcluirAgradeço seu comentário
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