A Igreja Católica
iniciou no dia 08 de dezembro o “Ano Santo da Misericórdia” onde todos podemos
receber as indulgências até o dia 20 de novembro de 2016. Mas o que são
indulgências?
O pecado traz sempre
duas consequências: a inimizade e a dívida com Deus. A confissão reata a nossa
amizade com Deus, mas a dívida permanece. Esta dívida nós pagamos ao longo de
nossas vidas, com nossas orações, nossos sacrifícios e as nossas boas obras. Se
a morte chegar e ainda possuirmos alguma dívida, mas estivermos em estado de
graça, ou seja, com nossos pecados graves confessados, terminaremos de quitar
essa dívida no Purgatório.
Para explicar isso de
uma maneira mais simples, vejamos um exemplo. Um filho quebra um objeto que sua
mãe gosta muito. A mãe, ao ver o objeto quebrado, se entristece. Mas o filho
logo pede perdão. A mãe, perdoa, e o laço de amor e carinho entre mãe e filho é
restabelecido. Mas o objeto continua quebrado. O filho precisa fazer algo para
reparar o dano causado. Esse “algo” que temos que fazer para reparar aquilo de
errado que fizemos chama-se “pena temporal”, que cumprimos ao longo de nossas
vidas para reparar a dívida do pecado.
Quando a Igreja apresenta
a indulgência plenária, ela nos dá o presente de que todas essas penas
temporais que nós temos em virtude dos nossos pecados já confessados são
apagadas pela recepção da indulgência.
Isso, porém, não é algo
“mágico”. A Igreja possui um “tesouro de graças”, que o Papa tem o direito de
abrir para nos presentear. Essas graças, esses méritos, vem em primeiro lugar
de Jesus, com sua morte redentora na Cruz, também de Nossa Senhora, por sua
vida imaculada e ainda todos os mártires e santos que durante sua vida ganharam
muitos méritos, mas não precisaram “usar” tudo o que fizeram para sua própria
salvação. Então, aquilo que foi “a mais” fica depositado nesse tesouro de
graças da Igreja. E agora, no Ano Santo da Misericórdia, todos nós podemos
usufruir desses méritos, desse tesouro.
E como podemos receber
essas indulgências? Existem quatro condições.
1º: fazer uma boa
confissão, 8 (oito) dias antes ou 8 (oito) dias depois que desejamos receber a
indulgência
2º: receber a
eucaristia no mesmo dia em que desejamos receber a indulgência
3º: rezar um pai-nosso,
uma ave-maria e um glória ao pai nas intenções do Papa
4º: visitar um lugar
onde se recebe essa indulgência, que são as Portas Santas (para saber onde, em
sua cidade, existe a Porta Santa, entre no site de sua arquidiocese)
Essa indulgência
plenária, podemos receber todos os dias durante o Ano Santo, uma vez por dia e
podemos oferece-la para nós mesmos ou por uma alma que esteja no Purgatório. Ao
oferecermos por uma alma do Purgatório, ela irá imediatamente para o Céu!
Assim, este ano
realmente é um ano extraordinário e devemos aproveitá-lo o melhor possível,
conseguindo muitas indulgências! Terminamos com as palavras do Papa Francisco,
extraídas da Bula Misericordiae Vultus:
"Misericordiosos com o Pai é, pois, o 'lema' do Ano Santo. Na misericórdia, temos a prova de como Deus ama. Ele dá tudo de Si mesmo, para sempre, gratuitamente e em pedir nada em troca. Vem em nosso auxílio, quando O invocamos."
Para qeum quiser mais informações sobre o Ano Santo da Misericórdia, aqui pode acessar o teor completo da Bula Misericordiae Vultus
crédito da foto: photopin.com
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