terça-feira, 26 de abril de 2016

A VISÃO CATÓLICA DO SEXO

Estamos rodeados por uma cultura muito erotizada, que banaliza o sexo e grita por aí: “Curta a vida! Faça sexo com quem você quiser, quando você quiser. Conceda o máximo de prazer a si mesmo e quando tiver usado e abusado dos seus amantes, jogue-os fora e troque-os por outros!” Essa é a mensagem da sociedade onde chamar uma mulher de recatada torna-se uma ofensa.

Muitas pessoas tem a visão equivocada que a Igreja Católica é uma entidade repressora, que condena o prazer, principalmente o prazer sexual. Porém estão completamente errados. Conforme Gregory Popcak explica em seu livro Beyond the Birds and the Bees, São João Paulo II mostrou claramente em sua Teologia do Corpo qual é a visão católica do sexo. Vamos explorar aqui algumas questões levantadas nesse livro.

O sexo estimulado por nossa cultura não é vital, porque é abertamente hostil à nova vida. Ao invés de vir de uma amizade espiritual profunda entre duas pessoas, ele procura substituir e subverter aquela amizade. Ele não melhora com o tempo (na verdade, ele enfraquece), porque nenhuma intimidade real pode existir na falta de uma amizade espiritual. Sem intimidade, qualquer relação sexual se torna, com o tempo, entediante e menos interessante. Ele não resiste ao conflito e ao stress porque nessa versão da sexualidade, o conflito não deveria existir, apenas o êxtase maravilhoso. E no primeiro sinal de problema, então, a paixão morre e o casal se separa.

Para a visão católica, esse tipo de sexualidade nem de longe expressa a verdadeira sexualidade. Ela é apenas erotismo e/ou masturbação na presença de outra pessoa. A versão verdadeira da sexualidade é aquela que Deus pretendeu quando nos deu nossa sexualidade. É infinitamente mais real, mais bonita e mais satisfatória do que essas imitações esfarrapadas que o mundo tenta nos impingir.

A sexualidade católica, oferece algo completamente diferente:

* oferece aos esposos a chance de amar e ser amado (ao invés de usar e ser usado) da maneira que mais ansiamos
* oferece ao casal a liberdade de serem divertidos e alegres de uma maneira que nunca é degradante ou humilhante
* permite que o casal experimente a relação sexual tanto como um sinal físico da paixão que Deus tem pelo casal como um prenúncio do êxtase divino que nos espera no Paraíso
* permite ao casal comunicar todo o seu ser físico, emocional, espiritual e relacional, um ao outro, todas as vezes que fazem amor
* convida o casal a renovar suas promessas matrimoniais com a “linguagem de seus corpos” – e celebrar seu sacramento – todas as vezes que fazem amor
* oferece proteção contra doenças e corações partidos
* encoraja o casal a celebrar um amor tão poderoso, tão profundo, que em muitos casos, “o amor precisa receber seu próprio nome em nove meses”
* encoraja o casal a considerar em oração os planos de Deus para suas vidas a cada mês, perguntando se Deus os está chamando para expandir sua “comunidade de amor” ao estarem abertos a adicionar mais uma vida a sua família
* desafia a capacidade de vulnerabilidade do casal e os ajuda a superar a culpa básica que toda a humanidade experimentou depois do pecado original. Ela contribui para preparar que eles permaneçam, completamente expostos, ante nosso divino Amante quando chegarem ao Banquete Nupcial do Cordeiro com Deus – no Paraíso.

O discurso da Igreja sobre o sexo é mais ou menos esse: “É claro que você deve se divertir e curtir a vida. Para fazer isso, você deve ter certeza de encontrar um parceiro que possa amá-la apaixonadamente, respeitosamente, poderosamente e em oração da mesma forma que o próprio Deus quer que você seja amada. Encontre alguém que pense, fale e aja como se você fosse seu maior tesouro. Então mantenha aquela pessoa para o resto de sua vida como seu grande tesouro ao lado de Jesus Cristo e sua própria vida. Encontre um amante que queira ajudá-la a se tornar a pessoa que Deus criou você para ser, que olhe para você e veja seus filhos ainda não nascidos em seus olhos e que saiba controlar a si mesmo para que você não se sinta usada ou ameaçada e então você possa se doar totalmente. Encontre alguém que encoraje você em todas as coisas que você quiser fazer e todas as coisas que Deus está lhe chamando a ser.”

A sexualidade católica é difícil de viver. Ela envolve disciplina, trabalho, sacrifício, autocontrole, mas também é a única forma de viver a sexualidade onde alguém possa esperar encontrar verdadeira alegria, verdadeiro amor divino, verdadeira realização, verdadeira confiança, verdadeira vitalidade e verdadeira felicidade.


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