Minha avó Amábile disse
que sempre sonhou ter 12 filhos. Ela teve 8, perdeu 2 e criou os 6 com muito
amor. Depois vieram os genros e as noras, então ela dizia que completou o sonho
de ter uma família numerosa.
E esse sonho não era só
dela não: as mulheres de sua geração e de TODAS as gerações anteriores até o
começo da humanidade sempre viram nos filhos um sinal de bênção e alegria. Uma
família sem filhos experimentava uma enorme tristeza e sofrimento.
Apenas duas gerações
depois da minha avó, essa sabedoria que estava enraizada no íntimo de todo ser
humano praticamente desapareceu! Hoje os filhos são vistos como um “mal
necessário”, como um fardo, como um poço sem fundo de despesas, como uma “doença”
que precisa ser “evitada”.
Limitá-los a um mínimo
(de preferência um, mas dois ainda é um número socialmente aceitável) é visto
como a coisa “responsável” a se fazer. Afinal, quem tem muitos filhos é porque
não tem TV em casa (!!) ou não sabe usar os milhares de contraceptivos que
estão à disposição por aí.
São dois os grandes
responsáveis por essa total mudança de mentalidade: as grandes fundações, como
os Rockefeller e a Ford, e o feminismo. Pelos anos de 1950, essas fundações
começaram a se preocupar com o crescimento populacional, concluindo que poderia
haver falta de alimento, de espaço, se a população mundial continuasse
crescendo. E se conseguissem diminuir a população, principalmente dos países
subdesenvolvidos, evitariam muitas guerras. Para isso investiram muito dinheiro
na pesquisa dos contraceptivos.
Porém, com o tempo, viram
que não bastava inventar contraceptivos, pois as mulheres quando quisessem,
paravam de usá-los e engravidavam. Então perceberam que precisavam mudar a
mentalidade das mulheres, elas não deveriam mais QUERER ter filhos. Neste
momento, o feminismo assumiu o papel de colocar na cabeça das mulheres que ser
mãe era uma “escravidão” da qual precisavam se libertar. Falaram ainda que o
marido era um “opressor”, que ser dona de casa e mãe era algo humilhante e que
então, as mulheres precisavam se revoltar e abandonar essa visão machista do
mundo.
Infelizmente eles
conseguiram seu objetivo e estamos todos sofrendo suas consequências. Os países
europeus e agora também os Estados Unidos estão enfrentando uma série crise
demográfica: simplesmente não há mais crianças para levarem a sua cultura para
frente. Os muçulmanos, que não foram contaminados por essa mentalidade ocidental,
tem muitos filhos e em breve serão maioria absoluta na Europa, forçando uma
mudança no estilo de vida daqueles povos.
Triste. Muito triste
mesmo. E parece que ninguém está vendo isso. E o pior é que, quem está remando
contra a corrente, quem está querendo mostrar ao mundo que ter muitos filhos é
uma grande bênção, sofre perseguições de todos os lados, até dentro da própria
família.
Todo mundo acha que tem
o direito de opinar nas nossas escolhas. Quem tem uma família razoavelmente
numerosa (3 ou 4 filhos) ouve todo o tipo de comentário, muitos até agressivos.
Somos vistos como “aliens” e loucos, porém somos nós, as famílias que querem
ter muitos filhos, que estamos tentando SALVAR O MUNDO e são os nossos filhos
que irão ajudar a sustentar essas mesmas pessoas que nos criticam, quando elas
ficarem idosas.
Quando estava na minha
quarta gestação, tendo filhos de 5, 2 e 1 ano, olhavam para mim com espanto e
diziam: “agora você vai laquear, né?” Eu respondia: “está maluco?? Eu vou me
mutilar para não ter mais filhos, para não receber mais bênção??? Cirurgia
serve para consertar algo que não funciona bem, para curar uma doença e não
para estragar um órgão que está funcionando perfeitamente bem!!”
Por isso este post é
dedicado especialmente a você, pai e mãe de vários filhos: NÃO DESANIMEM! Não
permitam que as críticas afetem as suas escolhas! São Paulo já dizia “a loucura
de Deus é mais sábia que a sabedoria humana” (1Cor 1,25). Sim, somos loucos:
loucos de amor por nossos filhos, pela nossa descendência e quanto mais filhos,
mais amor!!
A felicidade verdadeira
e duradoura só existe onde o amor superou o egoísmo. Pensar em si mesmo,
procurar a própria felicidade, só causa solidão e angústia. Amar significa
colocar o outro em primeiro lugar, fazer tudo pelo bem do outro. Só assim
seremos verdadeiramente felizes. Desta forma, os filhos são a melhor forma de
conseguirmos a felicidade, pois desde sua concepção, somos chamados a parar de
pensar em nós mesmos e coloca-los em primeiro lugar, em nos sacrificarmos pelo
bem deles. E eles nos levarão ao Céu!
Respeito a visão de vocês. Mas, a forma com que colocam isto está semelhante à ideia que condenam de ter poucos filhos. Pois, pareceu-me uma certa "ditadura" na qual todos deveriam pensar assim. Acaso há algo de errado em planejar a constituição familiar?
ResponderExcluirA ideia condenada aqui não é ter poucos filhos, mesmo porque a pessoa pode querer ter 10 e não conseguir ter nenhum. O que estamos tentando mostrar é que hoje os filhos não são vistos como um bem, como um dom, mas como algo que precisa ser evitado e limitado. Respondendo sua pergunta, dependendo do motivo e da forma com que esse planejamento familiar é feito, ele pode sim ser muito errado, porque faz mal para o casal e consequentemente para a sociedade. O amor verdadeiro exige que nos entreguemos por inteiro ao outro e entregar tudo, menos a nossa fertilidade, não é entrega total, por isso, acaba por corroer o amor e acabar com o casamento. O que falta muito hoje é essa visão do que significa amar, do que significa um matrimônio e da importância e da beleza de constituir uma família.
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