Ouvi
um testemunho de uma pessoa que estava numa sala de espera de um Pronto
Socorro, quando uma família chegou com uma criança doente. Assim que a criança
entrou para ser atendida, os demais membros da família se abraçaram e começaram
a rezar em voz alta, pedindo a Deus que tudo corresse bem e a saúde da criança
fosse restabelecida.
Quando
soube disso, fiquei pensando: será que faria o mesmo em tal situação? Sempre
achei que nossa família fosse uma família de oração, mas esse testemunho me fez
refletir de como podemos melhorar nesse quesito. Essa família não estava dando
um show; eles estavam em uma necessidade e pediram ao Pai Celestial por sua
ajuda. O ambiente não importava - eles fizeram o que ocorreu naturalmente a
eles, e ficou óbvio que a oração era parte de suas vidas diárias.
A
oração faz parte de nosso dia a dia? Ela é tão natural para nós que podemos
começar a rezar em qualquer hora, em qualquer lugar? Talvez não tenhamos uma
personalidade que nos leve a rezar em voz alta em lugares públicos, mesmo numa
crise. Mas no mínimo rezar - ter Deus em primeiro lugar em nossos pensamentos
em qualquer situação - é o que o Primeiro Mandamento requer de nós.
A
oração é muito mais do que apenas pedir a Deus o que nós queremos. Na oração,
reconhecemos o poder e a bondade de Deus e admitimos nossa própria necessidade
e dependência dele. Quando rezamos, expressamos nossa fé e esperança em Deus.
Através da oração, obtemos a graça e elevamos nossas mentes e corações para um
maior conhecimento e amor por Deus. Quanto mais rezamos, mas chegamos a
conhecer e amar a Deus. É como o exercício, quanto mais nos exercitamos, nossas
mentes ficam mais eficientes e nossos corpos mais fortes. Eventualmente, o
exercício se torna parte de nossa rotina e nós o fazemos sem mesmo refletir
muito. O mesmo acontece com a oração.
O
sinal mais óbvio de amor a Deus é a oração. Cada oração realmente boa contém
não apenas pedidos e expressões de pesar por nossas falhas, mas também louvor e
adoração a Deus.
A
oração não é apenas sobre falar, mas também sobre ouvir. Aqui lembro um
testemunho da Ir. Petra sobre nosso o Pe. José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Ela contou que após terminar
um trabalho importante, o padre pediu que ela levasse o texto ao Santuário e o
apresentasse a Nossa Senhora. Ela foi, colocou sobre o altar, fez alguns minutos de
oração pedindo que a Mãe de Deus cuidasse daquele trabalho e saiu. Então, o Pe. Kentenich perguntou o que a Mãe de Deus havia dito. Ela ficou confusa e quando contou a ele como
havia feito, ele respondeu que ela saiu muito rápido do Santuário, justamente
quando Nossa Senhora iria dar a resposta. Então, ela voltou ao Santuário, ficou em
silêncio e pediu que a Mãe de Deus lhe respondesse. Depois de algum tempo, ela começou
a sentir em seu coração aquilo que a Mãe queria lhe transmitir.
Como
todo bom hábito, a oração requer frequentes lembretes. Para nós católicos, os
sacramentais são sinais e símbolos que nos aproximam de Deus, como por exemplo,
água benta, a cruz, imagem de Nossa Senhora, terços, imagens de santos, etc.
Eles são como aqueles bilhetinhos que penduramos para não esquecer um
compromisso importante, nos lembrando de Deus e de sua bondade.
Não
existe um manual a se seguir quando se trata de oração, principalmente oração
em família. Cada um deve se ajustar de acordo com as necessidades e capacidades
da família. Mas o importante é rezar junto, pelo menos uma vez ao dia.
Para refletir:
1.
Como é a nossa vida de oração em família?
2.
Como podemos fazer dela um momento que dê mais fruto?
3.
Que tipo de oração funciona melhor para a nossa família? Como você pode
aproveitar isso para ajudar seus filhos a fomentar um relacionamento mais
animado e mais pessoal a Deus?
photo credit: ashley rose, <a href="http://www.flickr.com/photos/22196205@N03/3902458347">70.365 please God hear my cries</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.0/">(license)</a>
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