Numa cultura em cada vez mais os papeis do homem e da mulher estão confusos, é importante ressaltar que o ser masculino e o ser feminino são diferentes e complementares e para uma educação saudável e equilibrada, a criança precisa experimentar a influência dessas duas maneiras de ser, a masculina e a feminina, o paternal e o maternal.
O Catecismo da Igreja
Católica nos diz que devemos complementar um ao outro não apenas sexualmente,
mas também como auxiliares um do outro, pois homem e mulher foram “feitos um
para o outro” e “como esposos e pais cooperam de forma única na obra do
criador”.
Quando uma criança cai
e rala o joelho, geralmente ela vai correr para sua mãe, antes de correr para o
seu pai. Isso não é uma ofensa para o seu pai; simplesmente significa que
intuitivamente ela reconhece sua mãe como sendo a mais cuidadosa dos dois. Em
geral, as mães são aquelas que aconchegam, abraçam e agradam. Olhem para o
valor simbólico do corpo da mulher. Seus órgãos sexuais primários mostram uma
forte abertura, sinalizando uma grande receptividade, ou seja, a habilidade e a
necessidade de receber. Seus órgãos sexuais secundários, simbolizam a doação de
si mesma. A característica espiritual da alma da mulher é uma pronunciada
doação de si mesma, formando assim uma necessidade dentro dela de dar a si
mesma e receber de outros.
Em virtude de suas
qualidades inerentes, a mulher realiza três tarefas principais. Primeira, é ela
quem dá e protege a vida. Ela cuida daquela vida antes e depois do nascimento
da criança de uma maneira muito íntima e continua a desenvolver a vida através
do serviço para sua família. Segundo, ela desenvolve a vida emocional e intelectual.
A mãe desperta a criança para o mundo a seu redor é a principal influência para
a socialização da criança no início de sua vida. Através da mãe, a criança
aprende como se relacionar com outras pessoas, apesar disso ser verdade também
para o relacionamento com o pai. A mãe ajuda a criança a combinar as ideias com
a vida e ensina a criança sobre o amor, lealdade, preocupação, consideração,
serviço e dedicação através de sua orientação e por ela assumir essas
características em si mesma. Terceiro, ela tende a ser a principal influência
religiosa no lar. A mãe geralmente lidera na criação de uma atmosfera religiosa
em seu lar e no fornecimento de experiências religiosas tangíveis para a
família. Em geral, é a mãe quem nutre os costumes religiosos no lar e inicia as
práticas religiosas.
De outro lado, sempre
que a criança tem o anseio de fazer alguma aventura, ela geralmente se dirige a
seu pai. Os pais são destemidos, estimulam a criança a desafiar o perigo, a não
temerem o mundo, mas sim desbravá-lo. Os órgãos sexuais masculinos são para
fora do seu corpo, mostrando essa tendência de sair para o mundo. Homens são os
conquistadores, os provedores, os protetores. Eles oferecem segurança e força.
Sua maior recompensa é saber que sua esposa e seus filhos estão bem cuidados.
Em virtude disso, o pai
é a autoridade fundamental da família. Como tal, ele é chamado a ser um reflexo
de Deus Pai para seus filhos. As palavras de Jesus “Sejam perfeitos, como é
perfeito o Pai de vocês que está no céu” (Mt 5,48) se aplicam aos pais de uma
forma muito especial. Sem a experiência de um pai amoroso em nível humano, as
crianças podem ter uma dificuldade muito grande de ter um relacionamento
amoroso com Deus Pai quando forem adultos. O maior apostolado que um homem pode
fazer como homem e como pai é mostrar Deus para seus filhos.
Os pais devem ser bons
para seus filhos mesmo se seus filhos não são bons com eles, para refletirem a
bondade e misericórdia de Deus Pai. Lembrem da história do filho pródigo: mesmo
tendo errado, o pai recebeu o filho de braços abertos. Isso não significa que
os pais (nem as mães) devem aceitar desrespeito ou mal comportamento de seus
filhos. Significa que o pai carrega sua família em seu coração e age sempre com
a máxima benevolência com ela enquanto guia seus filhos pelo caminho do bem.
Para
reflexão:
1. De que maneiras você
demonstra a paternidade/maternidade para seus filhos?
2. Como vocês podem
ajudar um ao outro a ser mais paterno ou materno?
3. O pai é a autoridade
fundamental em sua família? Se não é, como vocês podem trabalhar juntos para
assegurar que ele seja, ao mesmo tempo mantendo o papel da mãe como uma
autoridade de apoio?
* as reflexões de hoje foram inspiradas no livro "Strenghtening your family", de Marge Fenelon.
photo credit: MjZ Photography <a href="http://www.flickr.com/photos/51590961@N04/14901744905">Family</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.0/">(license)</a>
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