quarta-feira, 9 de março de 2016

REFLEXÃO SOBRE A MULHER

A revolução feminista do início do século XX tinha um nobre objetivo: que a mulher não fosse mais vista como um ser inferior ao homem, tendo os mesmos direitos. Muitas mulheres deram sua vida por esta causa e comemoramos o Dia Internacional da Mulher no dia 08 de março, lembrando as 130 tecelãs que morreram queimadas na fábrica em Nova Iorque, onde fizeram suas reivindicações.

Porém, no decorrer dos anos esse feminismo deixou as origens de uma luta por direitos iguais para se tornar um movimento que ataca a raiz do próprio ser feminino, querendo tornar as mulheres uma triste cópia do homem, que quer ser tratada como o homem, assume as funções masculinas, quer ser totalmente independente e “dona” de seu corpo, fazendo dele mero objeto de prazer e de sedução.

O resultado desta reviravolta no ser feminino é uma sociedade decadente, onde as mulheres e mães verdadeiras são cada vez mais raras; os filhos perdem o referencial e a identidade e os homens estão cada vez mais perdidos, buscando muitas vezes dentro de si mesmos este lado feminino que está faltando na sociedade, tornando-se mais “afeminados” e mais infelizes.

As mulheres ganharam o direito de votar, de dirigir, de ter um emprego. Mas perdemos muito. Perdemos o direito de sermos sustentadas por nossos maridos. Perdemos o direito de sair para jantar com o namorado e não precisar dividir a conta. Perdemos o direito de ter a porta do carro aberta pelo homem para podermos entrar. Perdemos o direito do homem se levantar para ceder seu lugar no metrô. Perdemos o direito de sermos cuidadas e respeitadas como algo precioso que precisa de muito carinho e atenção. Mas agora, o que fazer?

As nossas jovens precisam saber que para se realizarem como mulheres não precisam de um bom emprego. Serão verdadeiramente realizadas e felizes cuidando da casa e dos filhos! Claro que devem estudar e se capacitar, afinal, o maior tesouro que possuímos são os filhos e eles merecem ter uma mãe capacitada para educa-los. A profissão deveria ser uma escolha e não uma imposição das sociedade. E deveria ser escolhida pensando, em primeiro lugar, não no dinheiro, mas na flexibilidade para poder exercer de maneira digna, o papel de esposa e mãe.

Elas precisam saber que quanto mais expõem seus corpos, mais se tornam objetos, coisas para serem usadas e não pessoas para serem amadas. A modéstia protege a mulher, não porque os homens são “animais” e não conseguem “resistir” a um par de pernas a mostra, mas porque somos psicologicamente conectados de maneira diferente. A mulher mostra o corpo porque quer ser desejada e amada como pessoa, porém o homem quando vê o corpo, deseja apenas o corpo. Para um homem amar uma mulher por inteiro (corpo e alma), precisa ver além do corpo. E facilitamos muito esse trabalho para os nossos queridos homens se conseguirmos esconder mais do que mostrar.  

O Papa Paulo VI sustenta que, para a realização do plano divino sobre a humanidade, é necessária a “complementaridade efetiva” de ambos os sexos: “Os problemas são delicados; falar de igualdade de direitos não resolve os problemas, que são muito mais profundos. É necessário tender a uma complementaridade efetiva, para que os homens e as mulheres contribuam com suas riquezas e seu dinamismo específicos para a construção não de um mundo nivelado e uniforme, porém harmonioso e unificado, segundo o desígnio do Criador.”

Portanto é urgente que a mulher assuma realmente sua responsabilidade em ser feminina, em ser mãe, pois segundo as palavras de São Bernardo “o homem não será remido sem a mulher”. Somente se a mulher se conscientizar de sua função primordial na sociedade atual, ela poderá contribuir imensamente para que o mundo seja mais justo e mais fraterno.



photo credit: <a href="http://www.flickr.com/photos/32524114@N07/24983075324">Mirada perdida</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0/">(license)</a>

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