“A mulher é toda
alma, toda pureza e toda dedicação.” (Pe. Kentenich)
O ser feminino é voltado para o amor, para a
receptividade à vida e o cultivo da vida, desta forma a mulher só poderá
encontrar sua plena realização na medida em que cumpra sua missão de doar amor aos outros.
São João Paulo II nos diz: “A
dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela recebe pelo
próprio fato da sua feminilidade e também com o amor que ela, por sua vez, doa. Confirma-se assim a verdade sobre a
pessoa e sobre o amor. Acerca da verdade da pessoa, deve-se uma vez mais
recorrer ao Concílio Vaticano II: « O homem, a única criatura na terra que Deus
quis por si mesma, não pode se encontrar plenamente senão por um dom sincero de
si mesmo ». Isto se refere a todo homem, como pessoa criada à imagem de Deus,
quer homem quer mulher. A afirmação de natureza ontológica aqui contida está a
indicar também a dimensão ética da vocação da pessoa. A mulher não pode se encontrar
a si mesma senão doando amor aos outros.”[1]
A vocação da mulher abrange mais especificamente o
cuidado pelo homem, pela sua salvação. Toda mulher precisa adquirir esta
consciência de que Deus lhe confiou de uma maneira especial o homem, para que
ela o auxilie a permanecer firme no caminho que conduz novamente ao Pai, ao
Paraíso e eterna felicidade.
O próprio Deus, ao se fazer homem, se confiou ao
cuidado de uma mulher: Maria. Ela gerou Jesus em seu seio e o trouxe ao mundo
para que ele cumprisse sua missão de Redentor do homem.
“A força moral da mulher, a sua força espiritual une-se à consciência de
que Deus lhe confia de uma maneira
especial o homem, o ser humano. Naturalmente, Deus confia todo homem
a todos e a cada um. Todavia, este ato de confiar refere-se de modo especial à
mulher — precisamente pelo fato da sua feminilidade — e isso decide
particularmente da sua vocação.(...)
A mulher é forte pela consciência dessa missão, forte pelo fato de que Deus « lhe confia o homem »,
sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que
ela se possa encontrar. Esta consciência
e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus
mesmo, e isto a torna « forte » e consolida a sua vocação. Deste modo, a «
mulher perfeita » (cf. Prov 31,
10) torna-se um amparo insubstituível e uma fonte de força espiritual para os
outros, que percebem as grandes energias do seu espírito. A estas « mulheres
perfeitas » muito devem as suas famílias e, por vezes, inteiras Nações.”[2]
O mundo de hoje precisa cada vez mais de mulheres autênticas, que
assumam sua vocação de serem portadoras do amor, que se responsabilizem pelo
cuidado do homem e que não permitam que as conquistas alcançadas na ciência e
da tecnologia façam desaparecer a sensibilidade e o verdadeiro valor da vida
humana, pelo que é essencialmente o ser humano: imagem e semelhança de Deus.
A mulher deve sempre cultivar o seu coração, seu amor. Purificá-lo e
distribuí-lo para todos que a cercam. “Todo
o seu trabalho dentro e fora do lar deve ser dirigido pelo coração, pelo amor. Por isso,
a obra-mestra de educação da mulher e da mãe é a educação do amor, a educação
do coração”. [3]
“A mulher atual é chamada a uma ação de salvamento dos
valores femininos, tanto em si mesma como na cultura, desenvolvendo ao máximo
sua capacidade para a criação de vínculos. Por sua tendência inata à vida e às
pessoas, ela tem a missão de integrar, de estabelecer coesão, de unir. A mulher
deve ser toda alma, personalizando todas as suas manifestações e animando todos
os âmbitos de seu ser e atuar.”[4]
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