sábado, 22 de agosto de 2015

PARA QUE REALMENTE FORAM CRIADOS OS CONTRACEPTIVOS?

Essa é uma pergunta que, a primeira vista, parece óbvia: os contraceptivos foram inventados para evitar uma gravidez indesejada. Será??? Para evitar uma gravidez sempre existiu um método cem por cento seguro e eficaz, chamado abstinência. Portanto, a única conclusão possível é que os métodos contraceptivos foram criados para justificar nossa entrega à luxúria, pois querem nos poupar do trabalho que experimentamos ao ter que optar pela abstinência.[1]

Os animais não possuem controle sobre a sua vontade e seus instintos, por isso precisamos castrá-los caso não desejamos que eles se reproduzam. Ao utilizar os contraceptivos, estamos nos rebaixando ao nível dos animais, pois estamos dizendo que porque não conseguimos controlar o nosso instinto sexual, então precisamos nos "castrar" (temporária ou permanentemente) para não procriarmos.

Desta forma a contracepção está nos negando a liberdade que nos foi dada por Deus para amar, pois está afirmando que a pessoa não pode se abster.

Esses métodos são ilícitos porque desvirtuam as leis da natureza e as leis de Deus; podem também prejudicar a saúde e alguns deles chegam a provocar o aborto. Por isso São João Paulo II diz que "os métodos anticoncepcionais são algo profundamente ilícito, que nunca, por nenhuma razão, poderão ser justificados" (Audiência de 17.09.83)

Os meios contraceptivos ainda facilitam a infidelidade conjugal; cooperam para o descontrole sexual ou fomentam a falta de domínio dos impulsos mais primários; propiciam o perigo de instrumentalizar a mulher colocando-a ao serviço do egoísmo masculino; facilita-se à autoridade pública invadir com diferentes métodos a intimidade conjugal.

"Portanto, se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e sobre as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar. E esses mesmos limites não podem ser determinados senão pelo respeito devido à integridade do organismo humano e das suas funções." (HV 17)

Os métodos contraceptivos abriram a porta a uma sexualidade cada vez mais egoísta e impessoal. Se usa e abusa da relação sexual "segura", pois já não existe o "perigo" de uma gravidez indesejada. Isto ajudou a aumentar a trágica realidade que se dá na vida íntima dos esposos, na qual o ato conjugal se pratica desligado da comunicação pessoal, do diálogo e da afetividade.

Enquanto nossa cultura ensina que usar a contracepção é a coisa responsável a se fazer, que torna o casamento melhor e uma sociedade melhor, a Igreja Católica está como a voz solitária dizendo que a contracepção é sempre errada e terrivelmente danosa para o casamento e a sociedade.

Ao contrário da crença popular, a Igreja não se opõe ao controle da natalidade porque ele é artificial. Ela se opõe porque ele é contraceptivo. Contracepção é a escolha que por qualquer meio impede o potencial procriativo de um ato sexual. Em outras palavras, o casal que escolhe a contracepção escolhe ter uma relação sexual e vendo que seu ato pode gerar uma nova vida, eles intencionalmente suprimem sua fertilidade.

Isto pode ser feito ao empregar uma grande variedade de dispositivos artificiais e hormônios, ou a esterilização por procedimentos cirúrgicos. Isso pode ser feito sem usar nada artificial, como o caso do coito interrompido. Então para evitar uma grande confusão, contracepção é a melhor palavra para ser usada quando descrever o que a Igreja especificamente se opõe.

Além disso, a Igreja aprova o Planejamento Familiar Natural (quando houver justa razão para evitar a gravidez) não porque é "natural" como oposto a "artificial", mas porque não é de maneira alguma  contraceptivo. Nunca um casal praticando o PNF escolhe impedir o potencial procriativo de um ato sexual - nunca. PNF não é "contracepção natural". Não é de nenhuma forma contracepção..

A promiscuidade sexual tem conexão direta com a cultura atual, onde se vende a relação sexual como algo que se deve ter e sem qualquer limite ou barreira. Tudo é permitido, desde que a pessoa tenha prazer. Partindo dessa premissa, se devemos ter a relação sexual quando queremos, devemos também ter a contracepção para atender essa demanda. E seguindo os passos da contracepção, temos o aborto como plano alternativo caso a contracepção falhe. As mulheres são as que mais sofrem as consequências nefastas deste comportamento e o advento da pílula anticoncepcional foi o catalisador do aumento de outros grandes males sociais, como o divórcio, as doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez fora do casamento e o aborto.[2]

Usar a contracepção é ter a mentalidade do "toma lá da cá" dentro do casamento, tornando-o mais como um relacionamento contratual do que um matrimônio  fundado na vontade de tornarem-se "uma só carne".

"(...) um ato conjugal imposto ao próprio cônjuge, sem consideração pelas suas condições e pelos seus desejos legítimos, não é um verdadeiro ato de amor e nega, por isso mesmo, uma exigência da reta ordem moral, nas relações entre esposos. Assim, quem refletir bem, deverá reconhecer de igual modo que um ato de amor recíproco que prejudique a disponibilidade para transmitir a vida que Deus Criador de todas as coisas nele inseriu segundo leis particulares, está em contradição com o desígnio constitutivo do casamento e com a vontade do Autor da vida humana. Usar deste dom divino destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem, bem como com a da mulher e da sua relação mais íntima; e, por conseguinte, é estar em contradição com o plano de Deus e com sua vontade." (Humanae Vitae no. 13)

O Papa Paulo VI, fez ainda previsões muito acertadas em 1968, pois na Encíclica Humanae Vitae, disse que aconteceriam quatro grandes problemas sociais  caso a contracepção fosse disponível amplamente: (1) haveria um rebaixamento generalizado da moralidade; (2) o respeito à mulher decairia dramaticamente; (3) os governos adotariam políticas coercitivas de controle da natalidade; (4) nós "perderíamos a reverência ao organismo como um todo e suas funções naturais." Infelizmente todas estas previsões se concretizaram, como facilmente se comprova hoje.

Pelo bem de sua família, diga não à contracepção!!




[1]WEST, Christopher Teologia do Corpo para Principiantes - Uma introdução básica à revolução Sexual de João Paulo II. Ed. Myriam. Porto Alegre. 2008 pg 119
[2] http://www.eumed.net/rev/cccss/11/ntrs.htm, acessado em 05.01.2015
http://new.d24am.com/noticias/saude/pesquisa-revela-que-pilula-anticoncepcional-pode-aumentar-incidencia-de-dsts/16410, acessado em 05.01.2015
http://providafamilia.org/doc.php?doc=doc58376, acessado em 05.01.2015
http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc97368, acessado em 05.01.2015
crédito da foto: photopin.com

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