terça-feira, 5 de novembro de 2019

OS PILARES PARA A NOSSA SALVAÇÃO

Não há nada mais importante em nossa vida do que cuidar da salvação de nossa alma. Sabemos que tudo nessa vida passa e que só a nossa alma é eterna, então cuidar do lugar onde passaremos a eternidade deve ser nossa prioridade.

O Céu pode ser definido como uma união completa com Deus, nosso Criador, que é Amor. Então, para um dia estarmos unidos ao Amor, precisamos procurar, ainda aqui nessa vida, um pouco dessa união. Para isso, a Igreja, nossa Mãe e que deseja que todos os seus filhos sejam salvos, oferece todos os meios necessários para que isso seja possível.

Além dos requisitos essenciais (ser batizado e ter fé), existem três pilares sobre os quais a nossa salvação se sustenta: a oração, a confissão e a eucaristia. Sem eles, a união total com o Amor na eternidade é muito difícil, ou praticamente impossível.

A oração é o diálogo pessoal com Deus. Não é possível passar a eternidade com uma pessoa com quem nunca conversamos, ou falamos muito pouco, ou ainda só falamos quando precisamos de alguma coisa. Para nos unirmos a Deus, precisamos procurar conhecê-lo, ver sua atuação em nossa vida e para isso que serve a oração. Existem muitas formas de rezar, mas a mais propícia para esse encontro com o Deus da minha vida é a oração meditativa.

São várias as técnicas para uma boa meditação e a vida dos santos está repleta delas. A que sugiro aqui é uma ensinada pelo Pe. José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Ele ensina que devemos saborear os acontecimentos da nossa vida, tentando enxergar a mão de Deus em cada coisa que nos acontece, tanto as boas como as que não são agradáveis.

Para isso, precisamos reservar algum tempo do nosso dia (no mínimo 15 minutos) onde nos colocamos em um lugar calmo, pedimos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos ajude a encontrar com o Pai e escolhemos um acontecimento do dia anterior para meditarmos. Em vista desse fato, fazemos três perguntas: 1) O que Deus quer me dizer com isso? 2) o que eu digo a mim mesmo? 3) O que respondo a Deus?

A resposta a essas perguntas nos ajuda a enxergar a divina providência em nossa vida. O objetivo principal da meditação é conhecer para amar. Se conseguimos ver Deus por trás desses acontecimentos, vemos como Ele cuida de nós com amor infinito e assim, conseguimos também responder a esse amor. Só ama quem se sente primeiro amado. E Deus nos amou primeiro!

Outro pilar para a nossa salvação é o sacramento da confissão. O pecado nos afasta de Deus, pois escolhemos a satisfação de um desejo que nos faz mal, ao invés de permanecermos fiéis aos ensinamentos de nosso Pai. Assim, a confissão nos reconcilia com Deus, retoma o estado de amizade que o pecado havia desfeito. Devemos recorrer a esse sacramento com a maior frequência possível, mesmo que não tenhamos pecado gravemente, pois ele também nos ajuda a crescer em santidade, nos dando forças para resistirmos às tentações.

Por fim temos o mais importante, o mais sublime ato de amor que Deus poderia ter feito: a eucaristia. Na Sagrada Comunhão Deus se dá a si mesmo como alimento, para se unir a nós e se tornar uma só carne conosco! Nossa inteligência é muito limitada para entender a grandeza da eucaristia e nossa fé também é muito fraca. Quem realmente tem um pequeno vislumbre dessa maravilha, não quer passar um dia sequer sem receber Jesus Eucarístico.

Receber a eucaristia é já possuir o Céu aqui na terra. É unir-se a Jesus da maneira mais perfeita possível que podemos ainda nesse mundo. Durante os cerca de quinze minutos que a sagrada espécie está em nosso corpo, mesmo que nossos sentidos não percebam, somos um com Deus, como seremos um dia na eternidade. “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,20). A forma pela qual Jesus cumpre essa promessa é através da sua Real Presença do Santíssimo Sacramento.

Assim, para chegarmos um dia ao Céu, precisamos buscar incessantemente a santidade, que consiste basicamente em aprendermos a amar para podermos nos unir ao Amor. Para isso, precisamos, pouco a pouco, acabar com o nosso egoísmo que nos aprisiona em nossos desejos, buscando uma maior vinculação a Deus, procurando amá-lo cada dia mais e provando nosso amor saindo de nós mesmos para nos entregar ao serviço do outro.

photo credit: Tom Van de Peer <a href="http://www.flickr.com/photos/110112922@N02/40175277705">Laon Cathedral France</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nd/2.0/">(license)</a>

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