O
maior desejo dos pais é que os filhos não sofram; que sejam sempre felizes e se
realizem como pessoas. Todavia é
impossível afastar todos os sofrimentos dos filhos. O sofrimento é
necessário para o amadurecimento do ser humano. Assim, os pais não devem poupar
os filhos do sofrimento, mas ensiná-los
a sofrer.
Uma
das melhores coisas que se pode fazer pelas crianças, desde muito cedo, é
educá-las a enfrentarem seus sofrimentos, suas limitações, das pequenas
frustrações do dia-a-dia até problemas mais sérios, como dificuldades na escola
e questões de saúde.
Quando,
por exemplo, a criança precisa tomar uma vacina ou medicação através de
injeção, os pais podem utilizar esta oportunidade para explicar a criança que
realmente aquele procedimento será doloroso, mas que é para o seu próprio bem,
então ela precisa ter coragem e enfrentar este momento para se tornar mais
forte. Os pais também explicam que estarão lá, ao lado dela, segurando sua mão,
para que ela enfrente este momento de dor com o seu apoio, assim, tudo será
mais fácil.
Ao
procederem desta forma, não ocultando o sofrimento que está por vir ou muito
pior, mentindo que ela não sentirá dor, os pais ajudam a criança a se
fortalecer perante as dificuldades que a vida traz. Além disso, podem ser um
transparente de Deus para seus filhos, pois quando a pessoa sofre, precisa
saber que Deus está ao seu lado, segurando sua mão e a ajudando a passar aquele
momento de dificuldade.
Outra
atitude muito proveitosa para os filhos é quando os pais permitem que eles
resolvam seus próprios problemas. Muitas vezes no afã de poupar os filhos do
sofrimento, ou na vontade de resolver tudo para os filhos, os pais (neste caso
principalmente a mãe) já tomam a iniciativa de solucionar qualquer conflito ou
qualquer dificuldade que os filhos apresentam.
Porém,
ao invés de auxiliar os filhos, esta atitude superprotetora acaba por minar a
autoestima deles, pois demonstra que os pais não confiam que seus filhos possam
resolver seus problemas, precisando de sua interferência constante. Portanto, o
melhor a se fazer é orientar o filho, quando solicitado, sobre a maneira
de solucionar aquela determinada situação. Ou ainda melhor, questionar o
próprio filho de como ele acha que o problema deva ser resolvido. Desta
forma, a autoestima é fortalecida e o filho amadurece e se fortalece como
pessoa.
No
momento em que o sofrimento atinge toda a família, como no caso do falecimento
de um ente querido próximo, os pais também podem auxiliar seus filhos a
transformarem esta hora de dor em um tempo de crescimento. Este auxílio virá em
primeiro lugar no próprio exemplo dos pais de como enfrentam a situação, sem
desespero e com tranquilidade, como um fato muito triste, mas que é inevitável,
a hora da morte chega para todos.
Além
disso, mais uma oportunidade para mencionar a fé no Paraíso, no amor de Deus
que nos espera de braços abertos quando formos chamados de volta a sua casa e
que também ajudará e consolará toda a família no momento de luto.
É
preciso ainda dar espaço para os filhos falarem o que sentem sobre o
acontecimento que está causando o sofrimento, sem julgar o sentimento de cada
um, mas acolhendo e orientando se for demonstrada alguma revolta ou rancor.
Caso a criança seja muito pequena para conseguir expressar com palavras o que
sente, pode-se utilizar de desenhos ou brincadeiras utilizando bonecos ou
outros brinquedos onde ela possa demonstrar como está sentindo.
CRÉDITO DA FOTO: PHOTOPIN.COM
CRÉDITO DA FOTO: PHOTOPIN.COM
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