quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A FAMÍLIA NO MUNDO DE HOJE


O conceito de família tem se modificado ao longo dos séculos, porém o pensamento de Deus sobre a família, sua intenção ao criá-la permanece sempre o mesmo: ser a mais bela comunidade de vida e de amor.Assim, é necessário ficar atentos para não se deixar levar por idealismos ou modismos que venham a destruir este grande ideal para o qual a família foi instituída.
Na “Carta às Famílias”, o Papa João Paulo II alerta: "Nos nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados por meios muito poderosos parecem apostados na desagregação da família. Às vezes até parece que se procure, de todas as formas possíveis, apresentar como "regulares" e atraentes, conferindo-lhes externas aparências de fascínio, situações que, de fato, são "irregulares"... Fica obscurecida a consciência moral, aparece deformado o que é verdadeiro, bom e belo, e a liberdade acaba suplantada por uma verdadeira e própria escravidão".

A grande maioria das pessoas já pode sentir os efeitos concretos destas ameaças, às vezes até mesmo dentro de suas próprias famílias. Separação, divórcio, dependência química e alcoólica, violência, são apenas algumas das consequências devastadoras de uma família desestruturada.
Identificam-se três grandes perigos à subsistência da família: a ideologia do gênero, a cultura do prazer e uma visão equivocada sobre o matrimônio, a paternidade e maternidade. O intuito aqui é analisar estas ameaças e lançar mão de ferramentas para que se possa salvar a família, resgatando seu papel fundamental de célula-mãe da sociedade, pois é  certo que se a família for socorrida, muitos dos problemas sociais, políticos e econômicos  enfrentados serão resolvidos.
1. IDEOLOGIA DO GÊNERO
A Ideologia do Gênero parte do pressuposto que “O sentido do termo 'gênero' evoluiu, diferenciando-se da palavra 'sexo' para expressar a realidade de que a situação e os papéis da mulher e do homem são construções sociais sujeitas à mudança".[2]
Desta forma, cada um deveria ter a “liberdade” para poder escolher se quer ser homem ou mulher, ou até mesmo ambos, sem qualquer pressão social. O ataque à estrutura familiar é direto, pois pretende que substitua as expressões pai, mãe, marido e mulher (termos “gêneros-específicos) por palavras "gênero-neutras", como também aspiram a que não haja diferenças de conduta nem responsabilidade entre o homem e a mulher na família.
Recentemente li que a família dos atores americanos Brad Pitt e Angelina Jolie adotam este tipo de ideologia para a educação de seus seis filhos. Para eles, cada filho pode optar se quer se comportar como menino ou como menina, sem qualquer influência dos pais. Assim, vi uma foto de sua filha de 8 anos, com cabelos curtos e vestindo terno e gravata, exatamente como seus outros dois irmãos mais velhos, no lançamento de um filme. 
Para os seguidores desta ideologia a relação sexual é vista como meio de obter o prazer individual, sendo “natural” que o indivíduo busque sua satisfação seja com o sexo oposto, seja com o mesmo sexo, ou com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, enfim, satisfazendo qualquer impulso de seus instintos.
Além disso, para os defensores do “gênero”, a geração de filhos deve ocorrer independente do sexo, cabendo a cada pessoa decidir quando e como quer se reproduzir, seja por inseminação artificial, “barriga de aluguel”, ou qualquer outro meio que a ciência disponibilizar.  Depois de gerado, o filho deve, preferencialmente, ser colocado aos cuidados do Estado, para ficar independente de qualquer influência  dos pais, principalmente no tocante a escolha do “gênero” que irão optar.

Infelizmente esta ideologia ganha cada vez mais espaço em nossa sociedade e pouco a pouco invade os lares, lançando suas sementes principalmente na cabeça de crianças e jovens.
Constata-se esta realidade especialmente quando se analisa as novelas televisivas, tão assistidas e aceitas pela sociedade brasileira em geral. O que se vê nestes programas é a difusão da ideologia do gênero, através de mensagens do tipo:

·       a mulher tem que ser “independente” e buscar seu prazer a todo custo;
·      o cuidado com a casa, os filhos e o marido é uma situação “degradante” não sendo digna de uma mulher moderna;
·    o homossexualismo é uma atitude “natural” que deve ser estimulada e jamais pode ser reprimida;
·   o cuidado com as crianças deve ser “terceirizado”, seja para babás ou escolas em período integral, pois os pais devem estar “livres” para dedicarem-se à carreira profissional ou a atividades mais prazerosas; 
·  o sexo deve ser usado como instrumento de manipulação das pessoas, para obter vantagens ou simplesmente para sentir o prazer pelo prazer, independente de suas consequências;
             
É de conhecimento geral que se uma ideia é repetida muitas vezes e por um período longo de tempo, por mais absurda que no início possa parecer, com o tempo ela é aceita como uma “verdade” incontestável. Portanto, é urgente a insurgência sobre o real absurdo que representa esta ideologia, antes que ela consiga seu principal objetivo: destruir a família e seus valores.



 [2] Citação de Bella Abzug, ex-deputada do Congresso dos Estados Unidos, na Conferência de Pequim, in A IDEOLOGIA DO GÊNERO: SEUS PERIGOS E ALCANCES, Comissão Ad-Hoc da Mulher
Comissão Episcopal do Apostolado Leigo, Conferência Episcopal Peruana, Abril de 1998
credito da foto: photopin.com

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