segunda-feira, 25 de maio de 2015

MORAL SEXUAL


Ao longo da história, muitas pessoas reconheceram que o respeito à função procriativa é a chave de toda moralidade sexual. Até Freud reconheceu isto ao dizer: "O abandono da função reprodutiva é a característica comum de todas as perversões. Na verdade, nós qualificamos como perversa uma atividade sexual, se ela deixa de lado o objetivo da reprodução, procurando apenas o prazer como um objetivo independente dela." (Introductory Lectures in Psychoanaalysis)[1]

Caso aceitemos separar o ato sexual de sua orientação natural para a geração de uma nova vida, não há mais argumentos para justificar qualquer meio de chegar ao orgasmo. O prazer fica justificado pelo prazer, sem aceitar as consequências que deveriam acompanhá-lo. A relação sexual estéril desorienta o ato em si: a relação sexual vaginal passa a ser apenas uma das formas, entre muitas outras, de satisfazer o desejo. Portanto, ao separar o sexo de sua consequência natural, perde-se a bússola moral, exatamente o tipo de cultura que presenciamos em nossos dias.

A vida matrimonial é uma vida sacramental, ou seja, deve ser testemunha do amor de Deus para a humanidade. É no momento quando marido e esposa se unem no ato conjugal que eles participam de forma mais perfeita no grande mistério do amor de Deus. Porém isso só acontecerá se esta relação sexual expressar corretamente o amor de Deus, e uma das características desse amor, é a fecundidade.

"Por último, todas as perguntas sobre a moral sexual se reduzem a uma, bem simples: Será que este meu procedimento retrata o amor livre, total, fiel e frutuoso de Deus? Se a resposta for negativa, temos um amor falso que nunca será capaz de nos satisfazer. Em termos práticos, pode ser sadio um casamento em que marido e mulher são habitualmente infiéis às suas promessas matrimoniais?  Em contrapartida, não seria muito mais sadio um casamento em que marido e mulher vivessem na fidelidade ao seu juramento, expressando de maneira cada vez mais intensa a sua mútua doação?"[2]





[1] WEST, Christopher Teologia do Corpo para Principiantes - Uma introdução básica à revolução Sexual de João Paulo II. Ed. Myriam. Porto Alegre. 2008 pg. 107
[2] Idem pg. 104
CRÉDITO DA FOTO: PHOTOPIN.COM

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