Ao
longo da história, muitas pessoas reconheceram que o respeito à função
procriativa é a chave de toda moralidade sexual. Até Freud reconheceu isto ao
dizer: "O abandono da função
reprodutiva é a característica comum de todas as perversões. Na verdade, nós
qualificamos como perversa uma atividade sexual, se ela deixa de lado o
objetivo da reprodução, procurando apenas o prazer como um objetivo
independente dela." (Introductory Lectures in Psychoanaalysis)[1]
Caso
aceitemos separar o ato sexual de sua orientação natural para a geração de uma
nova vida, não há mais argumentos para justificar qualquer meio de chegar ao
orgasmo. O prazer fica justificado pelo prazer, sem aceitar as consequências
que deveriam acompanhá-lo. A relação sexual estéril desorienta o ato em si: a
relação sexual vaginal passa a ser apenas uma das formas, entre muitas outras,
de satisfazer o desejo. Portanto, ao separar o sexo de sua consequência
natural, perde-se a bússola moral, exatamente o tipo de cultura que
presenciamos em nossos dias.
A
vida matrimonial é uma vida sacramental, ou seja, deve ser testemunha do amor
de Deus para a humanidade. É no momento quando marido e esposa se unem no ato
conjugal que eles participam de forma mais perfeita no grande mistério do amor
de Deus. Porém isso só acontecerá se esta relação sexual expressar corretamente
o amor de Deus, e uma das características desse amor, é a fecundidade.
"Por último, todas as
perguntas sobre a moral sexual se reduzem a uma, bem simples: Será que este meu
procedimento retrata o amor livre, total, fiel e frutuoso de Deus? Se a
resposta for negativa, temos um amor falso que nunca será capaz de nos
satisfazer. Em termos práticos, pode ser sadio um casamento em que marido e
mulher são habitualmente infiéis às suas promessas matrimoniais? Em contrapartida, não seria muito mais sadio
um casamento em que marido e mulher vivessem na fidelidade ao seu juramento,
expressando de maneira cada vez mais intensa a sua mútua doação?"[2]
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