sábado, 30 de maio de 2015

LIVRAI-OS DO MAL: ENSINANDO SEUS FILHOS A RESISTIR AO OCULTISMO

Este post foi escrito por Gregory Popcak, um escritor católico americano e achei muito importante, por isso pedi sua autorização para adaptá-lo e traduzi-lo. O post original pode ser visto  no link http://www.patheos.com/blogs/faithonthecouch/2015/05/deliver-them-from-evil-teaching-your-children-to-resist-the-occult/ 

(...)Uma das questões que emergem de histórias de jogos de adivinhação, do tipo da "brincadeira do copo" ou mais recentemente da "Charlie, Charlie" é: por que somos tão fascinados pelo oculto? Os horóscopos, cartomantes, ou tabuleiro ouija, ou outras formas de adivinhação do tipo "Charlie, Charlie", fascinam tanto crianças quanto adultos pela possibilidade de avenidas espirituais que levam ao conhecimento secreto. Do que realmente se trata? E mais importante, como podemos ter certeza de que nossos filhos não sejam vítimas dos perigos contidos nestas práticas.

O que estamos buscando?
(...)O discernimento cristão nos diz que por trás de nossos desejos, mesmo os mais sombrios, existe um anseio pelo divino que permanece frustrado e não preenchido quando tentamos expressar este desejo de uma forma não saudável e errada. Como diz Chesterton, até mesmo o homem que bate na porta de um bordel está procurando Deus. Se quisermos mudar uma atração não saudável por alguma coisa, devemos primeiro descobrir o desejo divino atrás dessa atração e procurar, através da oração, maneiras boas e saudáveis de satisfazer tal desejo. Se falharmos em fazer isso, nossas tentativas de simplesmente ignorar ou esmagar nossos desejos inapropriados nos prenderão em um círculo perpétuo de indulgência seguida por culpa e repressão seguida por culpa. Enxaguar. Lavar. Repetir. Se aplicarmos este discernimento para a atração ao oculto, o que nos ensinaria?

O anseio pelo divino por trás da atração ao Mal
Toda pessoa intui uma necessidade natural por orientação espiritual. Cada pessoa sabe, pelo menos em um nível visceral, que não estamos sozinhos e que devemos buscar respostas fora de nós mesmos. De fato, pesquisas mostram que nossos cérebros estão primitivamente ligados para buscar o transcendente, para buscar por conexões espirituais. Este impulso é tão profundo, tão essencialmente humano, que é quase impossível de ignorá-lo. Deus criou este impulso biológico dentro de nós para que sempre o procurássemos, não importando o quanto tivéssemos desviado psicológica e emocionalmente. Nós podemos correr dele emocional e espiritualmente, mas até mesmo nossos impulsos físicos estão conectados para nos reorientar para buscar a Deus. MAS este impulso precisa ser treinado. Precisa ser cultivado. Deus quer que o impulso nos leve a ele, mas a menos que aprendamos a ter uma vida de oração pessoal e significativa; a menos que aprendemos a ouvir sua voz e conhecer sua vontade, este desejo divino por uma orientação espiritual pode nos impulsionar para métodos falsos de "discernimento", em práticas ocultistas que tem a promessa de conhecimento secreto.

O que os pais podem fazer?
Quando um pai cristão descobre que seus filhos estão se intrometendo com o ocultou ou estão sendo tentados para isso (através de jogos como o "Charlie, Charlie", a "brincadeira do copo" ou outras práticas de adivinhação) é comum querer responder tentando punir este impulso de nossos filhos ou pelo menos amedrontá-los de cara. Nosso receio pelo seu bem estar espiritual nos faz querer arrancar seu interesse pelo ocultismo de uma vez por todas. Infelizmente, estas atitudes, no melhor dos casos, falharão (...) ou no pior, simplesmente tendem a confirmar para muitas crianças que existe poder real nestas práticas, um poder tão grande que os cristãos tem medo de até mesmo reconhecê-lo. Essa é exatamente a mensagem errada para dar a seus filhos. Então, o que PODEMOS fazer?

Ensine bem seus filhos
Em resumo, se quisermos realmente proteger nossos filhos do glamour do mal que circunda os métodos populares de adivinhação, precisamos ensinar nossos filhos a satisfazer o desejo divino por trás dessa atração distorcida pelo oculto. Precisamos ensinar nossos filhos como ter uma vida de oração pessoal e significativa e como ouvir a voz de Deus e discernir sua vontade para suas vidas. Quanto mais a pessoa dominar essas habilidades, menos interesse terá naturalmente pelo oculto - e também terão menos medo disso. Ao invés de parecer poderoso, excitante e obscuramente atrativo, a pessoa que tem uma verdadeira conexão pessoal com Jesus Cristo e está treinada na arte do discernimento e no ouvir a voz de Deus, acha as práticas ocultistas chatas, de mau gosto, infantis e bobas. Isto não significa que a pessoa não reconheça o perigo inerente a estas práticas, mas o medo e a fascinação foram embora, da mesma forma que uma pessoa que sabe se divertir sem precisar ficar bêbada tem pouco interesse em beber. Não é o medo de se deixar levar pela bebida que mantém esta pessoa sóbria, é o conhecimento que existe formas melhores de satisfazer a necessidade de alegria que ficar bêbado parece bobo e não atrativo em comparação.

Quanto mais pudermos dizer que somos confirmados em uma experiência pessoal com o amor de Deus, menos tendemos a ter medo que Satanás esteja escondido atrás de cada arbusto. Quanto mais pudermos dizer que sabemos ouvir a voz de Deus e discernir sua vontade, menos somos atraídos à práticas ocultistas que prometem uma espiada atrás da cortina espiritual - não porque temos medo de olhar, mas porque já estamos conseguindo uma orientação espiritual de melhor qualidade que nossos corações possam desejar.

A coisa certa
Tem uma história que ouvi de S. João Vianney que ilustra a atitude que estou falando. Satanás costumava adorar insultar a S. João. Ele aparecia para ele e o xingava (...) e causava males físicos na tentativa de distraí-lo de fazer o trabalho de Deus. Uma noite, S. João acordou com um grande barulho na cozinha. Ele saiu da cama para investigar o que estava acontecendo e descobriu que era Satanás quem estava jogando os potes e as panelas pela cozinha. O que o Santo fez? (...) Ele apenas disse: "Ah, é você". E voltou para cama.

Esta é EXATAMENTE a atitude que queremos cultivar em nós mesmos e nos nossos filhos sobre o ocultismo. Claro que reconhecemos que existe um poder real e um perigo real no que é demoníaco, mas esse poder é muito inferior ao poder de Deus e sua graça. A pessoa que está realmente consciente do poder superabundante do amor de Deus em suas vidas e que sabe realmente como ouvir a voz de Deus e conhece a vontade de Deus não está interessada em Satanás e suas pompas, trabalhos e pretensões. A pessoa que teve um encontro pessoal com o poder da graça de Deus não se impressiona com a habilidade de Satanás de girar um lápis num pedaço de papel ou de conduzir um copo d´água. Simplesmente não é tão interessante.

Onde começar
(...) As crianças são mais capazes de se aprofundar espiritualmente do que podemos imaginar. Os pais podem cultivar rituais cheios de significados na oração familiar e no culto, trabalhar o tempo para que seus filhos possam ter um tempo pessoal de oração, tornar a sua própria vida de oração - e o que Deus está comunicando para vocês através de sua vida de oração - como uma parte regular de suas conversas familiares e regularmente discutir como vocês experimentam Deus falando com vocês e provendo orientação para sua vida. Quanto mais ensinarmos as crianças a correr para Deus com todo seu coração e mente, menos teremos que nos preocupar se eles saberão como correr do pecado e do glamour do mal.

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