quinta-feira, 30 de julho de 2015

COMO TRANSMITIR A FÉ AOS FILHOS - E TER SUCESSO!


Normalmente, para transmitir a fé aos filhos, os pais acentuavam particularmente o elemento racional e volitivo, ou seja, as ideias e a vontade eram predominantes. Também as práticas devocionais eram destacadas.

Ultimamente, ganhou destaque também uma fé "dessacralizada", ou seja, voltada para o social, deixando para segundo plano o vínculo pessoal com o Deus vivo.

Como podemos ver pelo crescente "ateísmo prático" (acredita-se em Deus, mas vive-se como pagãos), principalmente entre a juventude, esta forma de transmitir a fé não funciona mais.

Como podemos, então, transmitir a fé a nossos filhos e sermos bem sucedidos nessa empreitada?

A chave está na Fé Prática na Divina Providência. Se conseguirmos descobrir o Deus de nossa vida, nos acontecimentos diários, poderemos transmitir aos nossos filhos uma fé que não apenas se enraizará em suas cabeças e vontade, mas penetrará em seus corações. Então será natural para eles contar com Deus, com sua presença e companhia.

Nossa meta deve ser a união entre a fé e a vida. Queremos cultivar em nossos filhos uma fé que os leve a um encontro pessoal com Cristo e que permaneça indelével em sua alma, em meio a um mundo cada vez mais afastado e indiferente a Deus.

Como esposos, devemos ter a consciência que Deus nos uniu e que deseja ter conosco uma história de amor, para o nosso bem e o bem de nossos filhos. Ele tem um projeto de vida conosco e somos chamados a descobri-lo e realiza-lo progressivamente na fé.

Assim, o primeiro passo é mostrar aos filhos que somos uma família com história, com uma história repleta de Deus, que estava presente em todos os acontecimentos, tanto os alegres como os tristes.

Podemos relacionar os acontecimentos de nossa história familiar com a história da nossa salvação, com a vida de Jesus, em seus mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos. Desta forma, a compreensão da grande história da salvação iluminará vitalmente o sentido de sua história familiar e pessoal.

Uma forma de fazer isso diariamente é, por exemplo, na oração da noite pedir que cada um fale como Deus Pai atuou em sua vida naquele dia. Pode ter sido um pedido atendido, ou o reencontro com alguém querido, ou simplesmente que a mamãe fez sua comida favorita. Os pais também devem mostrar Deus agindo em suas próprias vidas. Assim, pouco a pouco os filhos criarão este hábito de em tudo ver a Providência Divina.

Outra forma é, numa reunião familiar, mostrar que nos acontecimentos mais importantes da história da família, Deus estava presente e atuou, sempre com amor e para o bem da família.

Essa é a fé viva que devemos transmitir-lhes. Então, a fé deixa de ser algo teórico: converte-se em uma forma de vida difícil de perder.

Para refletir:
1. Podemos destacar alguns marcos mais importantes de nossa história familiar e descobrir a presença de Deus neles?
2.Temos consciência que revivemos em nossa própria história os acontecimentos da vida de Cristo? Quais são nossos mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos?
3. A nossa fé é uma fé pessoal, ou seja, um encontro pessoal com o Senhor, com Deus Pai, com Maria no Espírito Santo?

* post baseado no livro "Caminos de Alegría", do Pe. Rafael Fernández
* crédito da foto: photopin.com  


quinta-feira, 23 de julho de 2015

O CRESCIMENTO DO AMOR MATRIMONIAL


O Pe. Nicolás Schwizer nos dá dicas de como cultivar o nosso amor matrimonial. Esse texto foi publicado em suas Reflexões, No. 41, de 15.08.08.

No matrimônio, nossa tarefa permanente deve ser cultivar o amor, crescer nele até chegar a um amor perfeito e maduro. No começo, todo amor é egoísta. E só aos poucos esse amor primitivo se converte em um amor maduro.

Como temos que cultivar nosso amor matrimonial? O Padre Kentenich fundador do Movimento de Schoenstatt, nos dá três respostas:

1. Devemos querer fazer-nos felizes mutuamente. Significa fazer feliz em primeiro lugar não a mim mesmo, mas sim ao outro; passar do amor egoísta ao amor desinteressado ao tu. Exige perguntar-me permanentemente: Com o que estou fazendo, com o que estou dizendo, farei mais feliz a meu cônjuge?

É um crescimento muito grande no amor. É uma altura de entrega e generosidade fora do comum.

2. Devemos ajudar-nos mutuamente a nos aperfeiçoar. Quantas oportunidades de aperfeiçoamento se nos apresentam na vida cotidiana! Por exemplo: quando as pessoas vivem permanentemente juntas, que difícil resulta manter o respeito de um pelo outro.

De que maneira nós fazemos ver nossas faltas? É um sentir e aprofundar na debilidade do outro, um “aguentar” paciente suas limitações, ou é um gritar-se e ofender-se mutuo?

E os sacrifícios podem tornar-se una carga pesada. Todos o sabemos e o havemos sentido já em alguns momentos. E o Padre Kentenich, também o sabia e por isso disse uma vez, citando a um antigo filósofo: “Se comparamos a vida matrimonial com a vida dos mártires, encontramos poucos mártires que aguentaram tanto sofrimento como muitos casais devem suportar”.

Tudo isso exige um alto grau de amor e de santidade. É impossível chegar a isso, se nosso amor matrimonial não tem suas raízes em Deus.

3. O amor conjugal culmina numa fidelidade a toda prova. Conhecemos a descrição de fidelidade que nos dá o Padre Kentenich: a manutenção pura, vigorosa e criadora do primeiro amor. É mantê-lo através das provas do tempo para eternizá-lo. Fidelidade neste sentido profundo e amplo é presentear-lhe sempre ao cônjuge todo meu coração, doar-lhe meu tempo privilegiado, meus interesses prioritários.

É impossível ser fiel neste sentido, sem um grande espírito de sacrifício e sem um contato direto com Deus através dos sacramentos e da oração.

De toda maneira, se olharmos a vida matrimonial desde este ponto de vista, converte-se numa escola de santidade de primeira magnitude. Trata-se de viver a santidade da vida diária matrimonial e ademais viver também a espiritualidade da aliança matrimonial.

O matrimônio não é somente uma comunidade de amor, se não que se fundamenta sobre uma aliança de amor mútua. E essa aliança tende a aprofundar-se. Quer dar ao outro todos os direitos sobre mim, para que ele seja feliz: eu não quero outra coisa se não o que tu queres.

E, depois, podemos ir mais longe ainda: Estou disposto a renunciar e doar-lhe até o mais difícil, o mais pesado, se tu o desejas. Se quiseres essa renúncia, te rogo que me o peças. É assim como quero mostrar-te meu amor.

Perguntas para a reflexão

1.      Rimos como casal, como família?
2.      Ferimo-nos ao criticar-nos?
3.      Estou disposto a aceitar o que meu cônjuge me peça?

photo credit: mariadelajuana <a href="http://www.flickr.com/photos/72933117@N07/15852099057">Promise</a> via <a href="http://photopin.com">photopin</a> <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/">(license)</a>

sábado, 4 de julho de 2015

CONTRACEPÇÃO X PROMESSAS MATRIMONIAIS

A utilização da contracepção pelo casal, afeta não só a promessa feita no altar de receberem os filhos que Deus planejou para o casal, mas também outros aspectos dessas promessas como a liberdade, totalidade e fidelidade. Vejamos cada um deles através da lente da relação sexual com contraceptivos.

Liberdade. O conceito de "liberdade sexual" pode ser entendido como a licença para ter relações sexuais sem nunca precisar dizer não. A relação sexual está disponível quando e como a pessoa quiser (isso é exatamente o que a contracepção permite). Mas apenas aqueles que conseguem dizer não ao sexo (apenas aqueles que podem se abster) demonstram que quando eles dizem sim, eles o fazem livremente. Contracepção, promovida em nome da "liberdade sexual", atualmente cria uma escravidão autoimposta. Ela cria uma cultura de pessoas incapazes de dizer não a seus hormônios.

Totalidade. Não existe uma entrega total ao outro se, no ato sexual, reservamos parte de nós mesmos ao nosso cônjuge. Isso inclui nossa fertilidade. Relação sexual com contracepção contradiz a "linguagem do amor" ao dizer: "Eu me dou a você, exceto minha fertilidade. Eu recebo tudo de você, exceto sua fertilidade."
A escolha em reter a própria fertilidade durante a relação sexual, ou recusar a recebê-la como um presente do cônjuge, é uma contradição da profunda essência do amor conjugal bem no momento em que ele deveria encontrar sua mais sincera expressão.

Fidelidade. Ser fiel ao cônjuge não significa apenas não cometer adultério, seja ele físico ou na fantasia. Fidelidade significa permanecer firme nas promessas feitas diante do altar, não importando o quanto de sacrifício possa ser exigido. Casais que esterilizam seus atos sexuais consciente ou inconscientemente decidiram que a fidelidade a suas promessas matrimoniais é muito exigente. Consciente ou inconscientemente eles escolhem ser infiéis a estas promessas.

Não é possível separar o seu esposo ou a sua esposa de sua fertilidade. O corpo expressa a pessoa. Rejeitar a fertilidade de seu cônjuge é rejeitar o seu cônjuge. O verdadeiro amor esponsal exige uma entrega total.




crédito da foto: photopin.com

quarta-feira, 17 de junho de 2015

ALERTA E PEDIDO PARA OS PAIS!

Este post foi baseado em um outro chamado "One thing every parent need to stop doing", de Kathryn Withaker. Você pode ver o post original acessando este link:http://teamwhitaker.org/2015/06/the-one-thing-every-parent-needs-to-stop-doing/

Esta é uma reflexão sobre a atitude dos pais (eu incluída) com relação as roupas e atitudes de nossos filhos, principalmente os adolescentes. 

Nós pais precisamos parar de delegar nosso papel de educadores, acreditando que nossos filhos conseguirão resolver tudo sozinhos.

Confiamos um pouco demais nos pais dos amigos e conhecidos de nossos filhos. Nós cedemos em comprar aquela  roupa porque nossa filha está implorando. Implorando. Então, encolhemos os ombros e compramos de qualquer forma.  Nós damos o celular mais equipado e mais moderno porque,,, por que não? Internet ilimitada e sem censura? Nosso filho tem uma conta no Instagram e nós não nos preocupamos nem mesmo em checar as fotos que ele é marcado, porque certamente seus amigos não postariam nada tão inapropriado. Certo?

Nosso lar é um lar amoroso e com uma educação baseada na lógica. Se fizer uma má escolha, você arcará com as consequências. Mas se eu não estou me preocupando nem mesmo em checar as más escolhas, então por que me preocupar com as consequências?

Vejamos um exemplo. Um menino de 13 anos vai a uma festinha  de aniversário, onde tem pista de dança, com as músicas "modernas". Como as meninas estão vestidas? Mini-shorts, mini-blusas, super decotes, salto alto... E as danças? Mais parece um filme pornográfico com roupas... E é claro, todos tiram fotos e postam no Instagram e Facebook.

Mães. Pais. Isto não está certo. Vamos ensinar nossas meninas que o mais sexy não é o mais modesto. Faça com que ela apague aquelas fotos. Ensine-as que é mais elegante ser uma menina que se veste e se porta com respeito, do que a mais badalada, ou assanhada.

O que mais me perturba é que essas meninas tem uma mãe ou pai (na maioria das vezes) que compraram aquele tipo de roupa para elas. Por que temos tanta dificuldade em ensinar a nossos filhos sobre modéstia, decência e idade apropriada para fazer certas coisas?

E os meninos? Agora tem um linguajar cada vez mais vulgar para aparecerem legais, ou na moda. São arrogantes e agressivos e ainda colocam tudo no Facebook! Pais, ensinem seus filhos a mostrarem respeito. Mães, se eles fazem isso com você, por que respeitariam qualquer outra mulher no planeta? Começa com você.

Parem de dizer a si mesmas que isso é uma fase, que ele é apenas um adolescente, e que vai passar. Quando o desrespeito acontecer (e acredite, vai acontecer), enfrente com cabeça erguida e de uma forma firme, abra mão de seu papel de educadora. Logo logo, quando precisar ter as conversas importantes, você não terá qualquer autoridade.

Agora vamos falar um pouco dos "pré-adolescentes". Crianças de 9, 10 anos. Eles já querem namorar!  Os meninos estão "pedindo em namoro" e sofrendo com rejeição. As meninas já estão sendo pressionadas pelas amigas para "aceitar" como namorados, dizendo que "só vai mudar o nome, de amigo pra namorado..."

MÃES! PAIS! Aqui uma novidade. Nesta idade, nossos filhos não sabem, não podem saber o significado de namorar. Procurar por uma esposa no ensino fundamental não devia nem estar no radar de nossos filhos. Ver o Campeonato Brasileiro, brincar de figurinha, jogar bola e principalmente ter muitos amigos. Isto deveria ser a preocupação de meu filho. O namoro virá. Mas não sem respeito. Não sem comunicação. E não sem um relacionamento saudável entre pais e filhos.

Eu vejo muitos pais não se importarem. Falam "é assim o mundo hoje" ou "ah, isso passa". E é isso que nos traz problemas. E é assim que perdemos nossos filhos. Eu não sei você, mas eu não vou desistir da minha moralidade, da santidade deles e de sua alegria para os caminhos do mundo.

Eu acho que temos tanto medo de colocar limites, de dizer não, de ter uma conversa difícil porque temos medo da reação. Você sabe o que penso? Adolescentes querem ser amados. Eles querem ser ouvidos e querem alguém para cuidar deles. Eles podem te achar louca, mas coloque limite do mesmo jeito. Diga não do mesmo jeito. Tenha a conversa difícil do mesmo jeito.

Nós devemos aos nossos filhos permanecermos ligados. Perguntar as perguntas difíceis e estar preparados para as respostas difíceis. Perceber que não temos tudo resolvido, mas desistir não significa que estamos apenas desistindo da situação - estamos falhando com nossos filhos.

Eles valem mais que isso. 

crédito da foto: photopin.com

terça-feira, 9 de junho de 2015

FIDELIDADE ÀS PROMESSAS MATRIMONIAIS

O uso de contraceptivos representa uma negativa frente à fertilidade do casal e esta negativa afeta as promessas matrimonias, ou seja, aquelas promessas feitas no altar no dia do casamento, onde o casal promete ser fiel um ao outro até a morte e promete receber os filhos que Deus quiser enviar e educá-los com amor. 

Vejamos como isso se dá, analisando a relação sexual com contraceptivos: [1].

Liberdade. O conceito de "liberdade sexual" pode ser entendido como a licença para ter relações sexuais sem nunca precisar dizer não. A relação sexual está disponível quando e como a pessoa quiser (isso é exatamente o que a contracepção permite). Todavia apenas aqueles que conseguem dizer não ao sexo (apenas aqueles que podem se abster) demonstram que quando eles dizem sim, eles o fazem livremente. Contracepção, promovida em nome da "liberdade sexual", atualmente cria uma escravidão autoimposta. Ela cria uma cultura de pessoas incapazes de dizer não a seus hormônios.

Totalidade. Não existe uma entrega total ao outro se, no ato sexual, reservamos parte de nós mesmos ao nosso cônjuge. Isso inclui nossa fertilidade. Relação sexual com contracepção contradiz a "linguagem do amor" ao dizer: "Eu me dou a você, exceto minha fertilidade. Eu recebo tudo de você, exceto sua fertilidade."
A escolha em reter a própria fertilidade durante a relação sexual, ou recusar a recebê-la como um presente do cônjuge, é uma contradição da profunda essência do amor conjugal bem no momento em que ele deveria encontrar sua mais sincera expressão.

Fidelidade. Ser fiel ao cônjuge não significa apenas não cometer adultério, seja ele físico ou na fantasia. Fidelidade significa permanecer firme nas promessas feitas diante do altar, não importando o quanto de sacrifício possa ser exigido. Casais que esterilizam seus atos sexuais consciente ou inconscientemente decidiram que a fidelidade a suas promessas matrimoniais é muito exigente. Consciente ou inconscientemente eles escolhem ser infiéis a estas promessas.

Não é possível separar o seu esposo ou a sua esposa de sua fertilidade. O corpo expressa a pessoa. Rejeitar a fertilidade de seu cônjuge é rejeitar o seu cônjuge. O verdadeiro amor esponsal exige uma entrega total.



[1] WEST, Christopher. Good News About Sex & Marriage - Answers to your honest questions about Catholic Teaching", Ed. Servant Books, tradução livre da autora.
créditos da foto: photopin.com

quarta-feira, 3 de junho de 2015

MÉDICA GINECOLOGISTA ADOTA O PLANEJAMENTO NATURAL FAMILIAR E DIZ NÃO AOS CONTRACEPTIVOS

Hoje compartilho o testemunho da Dra. Elizabeth Cox, médica ginecologista americana, que decidiu adotar em sua vida e em seu consultório o Planejamento Natural Familiar, abolindo de vez os contraceptivos. A história original pode ser vista no link http://fiatwomenshealth.com/2015/05/obgyn-doctor-embraces-natural-family-planning-says-no-to-contraception/#comment-64
A Dra. Elizabeth Cox encontrou uma nova mensagem de amor em sua vocação como médica que provê a saúde das mulheres.
“O que me inspira todos os dias é quando encontro as mulheres e posso ensinar a elas a beleza sobre quem elas são", diz ela sobre seu papel como ginecologista e instrutora do PNF.
Elizabeth mora em Wichita, Kansas, EUA e pratica a ginecologia desde 2007. Ela recentemente completou sua educação como médica consultora no Creighton Model Fertility Care System e NaPro Technology (Natural Procreative Technology).
Até o ano passado, Elizabeth tinha o que ela chama de "mentalidade contraceptiva". Somente quando ela experimentou os efeitos maléficos desta mentalidade em sua própria vida e nas vidas de suas pacientes é que ela começou a questionar e finalmente entender o que a Igreja Católica ensina. Esta busca da verdade a levou a uma conversão bela e inspiradora que refletiu em grandes mudanças em sua vocação como provedora da saúde da mulher.
 “Nós todos recebemos sinais,” diz Elizabeth. “Até escolhermos pegar uma estrada diferente, ou sermos abertos a isso, nós perderemos todos eles."  (…)
Depois da faculdade de medicina, ela conheceu seu marido Michael. Os efeitos de sua atitude feminista teve impacto em seu casamento. Elizabeth admite que tinha uma mentalidade em seu subconsciente de pensar em termos de "eu" ao invés de "nós". Isto causou stress em seu relacionamento e a compeliu buscar por mudanças.
Ao mesmo tempo, (…) ela via as várias instâncias da dor que as mulheres experimentam por causa, do que agora ela sabe, o mal causado pela mentalidade contraceptiva em seus relacionamentos. "Eu podia sentir a dor e a confusão que as mulheres tinham", ela explica.
Pacientes que eram casadas, pedindo exames para chegar DST (doenças sexualmente transmissíveis), ou pacientes i contavam que estavam se divorciando. Algumas compartilhavam que haviam perdido o desejo por seu esposos. "Eu comecei a me questionar se realmente estava ajudando estas mulheres."
Elizabeth sabia que Deus era a resposta. Ela mergulhou em informações obre o matrimônio, amor e intimidade. (...) Quanto mais ela lia, a comunicação em seu próprio matrimônio começou a melhorar. "Nós estávamos aprendendo a ver a integridade (e dignidade) um do outro", ela diz.
Isso acabou refletindo em seu trabalho. Ela começou a falar mais para suas pacientes sobre amor, fé e perdão em seus próprios relacionamentos e casamentos. Neste ponto, ela começou a "ver os sinais", mas ela ainda iria descobrir o efeito de bola de neve da mentalidade contraceptiva nas mulheres, matrimônios, famílias e sociedade.
Depois de meses de pesquisa contínua, uma catálise aconteceu quando ela viu um vídeo de um padre explicando o Capítulo 5 da Carta aos Efésios. Ele foi capaz de esclarecer e colocar em palavras o porquê o matrimônio é um sacramento e o que é o amor sacramental.  
Ouvi-lo explicar como o amor do marido pela esposa deve ser igual ao amor de Cristo pela Igreja a comoveu profundamente. Juntamente com as leituras de autores como  Jason Everett, Christopher West, e Janet Smith, a mente de Elizabeth vagarosamente se abriu para a verdade. (...)
Elizabeth chegou num o momento decisivo e ela precisava compartilhar o que havia aprendido e o que estava pensando com seu marido. Uma noite, ela se abriu e contou tudo para ele.
A verdade é que ela não tinha certeza se poderia continuar sendo ginecologista. Michael estava surpreso e sugeriu que eles mudassem para algum lugar onde as pessoas a entenderiam e ela pudesse praticar a ginecologia sem prescrever contraceptivos. Elizabeth estava com medo de perder tudo, inclusive perder tudo o que eles conseguiram. Ela sabia que não queria deixar Wichita. (...)
Depois de muita pesquisa, ela encontrou o Instituto Papa Paulo VI em Nebraska. (...) Ela decidiu participar da conferência Love and Life em novembro (2014) e seu coração se converteu completamente. Ela foi capaz de colocar a dor e sofrimento que ela estava  vendo em suas pacientes em palavras. A Encíclica Humanae Vitae do Papa Paulo VI explicava perfeitamente o que ela estava testemunhando. "Tudo o que estava sentindo e vendo e tentando entender - eu finalmente aprendi o que era e como explicar." (...)
Depois de ouvir os padres e teólogos Elizabeth entendeu os ensinamentos de João Paulo II sobre a Teologia do Corpo e saiu da conferência com a certeza de que ela jamais prescreveria contraceptivos novamente.
A conferência teve um grande impacto na missão de Elizabeth como ginecologista. Ela começou a promover a dignidade da mulher enquanto as encorajava a se ver como corpo e alma. (...)
Elizabeth começou a contar a suas pacientes que ela não mais prescreveria anticoncepcionais. "Plantei muitas sementes, mudei muitos corações em conversas de 10 minutos. Algumas mulheres choravam. Outras não estavam prontas para a mensagem. Mas todos os dias alguém estava." (…)
Elizabeth geralmente fala para as  pessoas que ela "entrou nesse mundo que ela nem sabia que existia". E ele é tão belo.
Por causa de muitas coisas que estavam acontecendo no consultório, ela foi capaz de fazer essas mudanças sem muita oposição de seus colegas. Entretanto, alguns dias depois que voltou de seu segundo treinamento, os sócios pediram uma reunião para discutir sobre o Planejamento Natural Familiar e a Tecnologia NaPro.
Nessa reunião, Elizabeth apresentou o que ela havia aprendido para os outros médicos. Ela tentou alcançá-los intelectualmente, mas ela percebeu que eles não estavam abertos para o que ela tinha a dizer.
Infelizmente, poucos dias depois dessa reunião (…) eles votaram por sua saída da clínica. Agora, para continuar a praticar a ginecologia em Wichita, ela precisará pagar uma taxa muito alta.
Atualmente, Elizabeth e sua família esperam poder continuar em Wichita, mas estão abertos para ir onde Deus os chamar. Sua missão é "verdadeiramente entender o que significa amar o seu vizinho e a si mesmo." Ela diz que é capaz de fazer o que está fazendo porque ela viu a destruição que a mentalidade contraceptiva causou não apenas em sua vida mas como ela destrói a fundação do amor de Deus nos vínculos de todos os matrimônios e relacionamentos.
Ela admite que se alguém tivesse dito isso para ela no passado, ela r teria ouvido. Ela literalmente precisou ver em sua própria vida e na vida de suas pacientes. (...)
“Eu não sou teóloga, filósofa, cientista social ou orador motivacional. Mas depois de  prover cuidados com a saúde da mulher por anos, eu acho que tenho algo a dizer."Ela explica que algumas mulheres não querem ouvir sua mensagem, outras irão, e para algumas, pode ser a mensagem que elas não sabiam que estavam esperando por ouvir. (...)

imagem usada com autorização da Dra. Elizabeth Cox. Todos os direitos reservados.

sábado, 30 de maio de 2015

LIVRAI-OS DO MAL: ENSINANDO SEUS FILHOS A RESISTIR AO OCULTISMO

Este post foi escrito por Gregory Popcak, um escritor católico americano e achei muito importante, por isso pedi sua autorização para adaptá-lo e traduzi-lo. O post original pode ser visto  no link http://www.patheos.com/blogs/faithonthecouch/2015/05/deliver-them-from-evil-teaching-your-children-to-resist-the-occult/ 

(...)Uma das questões que emergem de histórias de jogos de adivinhação, do tipo da "brincadeira do copo" ou mais recentemente da "Charlie, Charlie" é: por que somos tão fascinados pelo oculto? Os horóscopos, cartomantes, ou tabuleiro ouija, ou outras formas de adivinhação do tipo "Charlie, Charlie", fascinam tanto crianças quanto adultos pela possibilidade de avenidas espirituais que levam ao conhecimento secreto. Do que realmente se trata? E mais importante, como podemos ter certeza de que nossos filhos não sejam vítimas dos perigos contidos nestas práticas.

O que estamos buscando?
(...)O discernimento cristão nos diz que por trás de nossos desejos, mesmo os mais sombrios, existe um anseio pelo divino que permanece frustrado e não preenchido quando tentamos expressar este desejo de uma forma não saudável e errada. Como diz Chesterton, até mesmo o homem que bate na porta de um bordel está procurando Deus. Se quisermos mudar uma atração não saudável por alguma coisa, devemos primeiro descobrir o desejo divino atrás dessa atração e procurar, através da oração, maneiras boas e saudáveis de satisfazer tal desejo. Se falharmos em fazer isso, nossas tentativas de simplesmente ignorar ou esmagar nossos desejos inapropriados nos prenderão em um círculo perpétuo de indulgência seguida por culpa e repressão seguida por culpa. Enxaguar. Lavar. Repetir. Se aplicarmos este discernimento para a atração ao oculto, o que nos ensinaria?

O anseio pelo divino por trás da atração ao Mal
Toda pessoa intui uma necessidade natural por orientação espiritual. Cada pessoa sabe, pelo menos em um nível visceral, que não estamos sozinhos e que devemos buscar respostas fora de nós mesmos. De fato, pesquisas mostram que nossos cérebros estão primitivamente ligados para buscar o transcendente, para buscar por conexões espirituais. Este impulso é tão profundo, tão essencialmente humano, que é quase impossível de ignorá-lo. Deus criou este impulso biológico dentro de nós para que sempre o procurássemos, não importando o quanto tivéssemos desviado psicológica e emocionalmente. Nós podemos correr dele emocional e espiritualmente, mas até mesmo nossos impulsos físicos estão conectados para nos reorientar para buscar a Deus. MAS este impulso precisa ser treinado. Precisa ser cultivado. Deus quer que o impulso nos leve a ele, mas a menos que aprendamos a ter uma vida de oração pessoal e significativa; a menos que aprendemos a ouvir sua voz e conhecer sua vontade, este desejo divino por uma orientação espiritual pode nos impulsionar para métodos falsos de "discernimento", em práticas ocultistas que tem a promessa de conhecimento secreto.

O que os pais podem fazer?
Quando um pai cristão descobre que seus filhos estão se intrometendo com o ocultou ou estão sendo tentados para isso (através de jogos como o "Charlie, Charlie", a "brincadeira do copo" ou outras práticas de adivinhação) é comum querer responder tentando punir este impulso de nossos filhos ou pelo menos amedrontá-los de cara. Nosso receio pelo seu bem estar espiritual nos faz querer arrancar seu interesse pelo ocultismo de uma vez por todas. Infelizmente, estas atitudes, no melhor dos casos, falharão (...) ou no pior, simplesmente tendem a confirmar para muitas crianças que existe poder real nestas práticas, um poder tão grande que os cristãos tem medo de até mesmo reconhecê-lo. Essa é exatamente a mensagem errada para dar a seus filhos. Então, o que PODEMOS fazer?

Ensine bem seus filhos
Em resumo, se quisermos realmente proteger nossos filhos do glamour do mal que circunda os métodos populares de adivinhação, precisamos ensinar nossos filhos a satisfazer o desejo divino por trás dessa atração distorcida pelo oculto. Precisamos ensinar nossos filhos como ter uma vida de oração pessoal e significativa e como ouvir a voz de Deus e discernir sua vontade para suas vidas. Quanto mais a pessoa dominar essas habilidades, menos interesse terá naturalmente pelo oculto - e também terão menos medo disso. Ao invés de parecer poderoso, excitante e obscuramente atrativo, a pessoa que tem uma verdadeira conexão pessoal com Jesus Cristo e está treinada na arte do discernimento e no ouvir a voz de Deus, acha as práticas ocultistas chatas, de mau gosto, infantis e bobas. Isto não significa que a pessoa não reconheça o perigo inerente a estas práticas, mas o medo e a fascinação foram embora, da mesma forma que uma pessoa que sabe se divertir sem precisar ficar bêbada tem pouco interesse em beber. Não é o medo de se deixar levar pela bebida que mantém esta pessoa sóbria, é o conhecimento que existe formas melhores de satisfazer a necessidade de alegria que ficar bêbado parece bobo e não atrativo em comparação.

Quanto mais pudermos dizer que somos confirmados em uma experiência pessoal com o amor de Deus, menos tendemos a ter medo que Satanás esteja escondido atrás de cada arbusto. Quanto mais pudermos dizer que sabemos ouvir a voz de Deus e discernir sua vontade, menos somos atraídos à práticas ocultistas que prometem uma espiada atrás da cortina espiritual - não porque temos medo de olhar, mas porque já estamos conseguindo uma orientação espiritual de melhor qualidade que nossos corações possam desejar.

A coisa certa
Tem uma história que ouvi de S. João Vianney que ilustra a atitude que estou falando. Satanás costumava adorar insultar a S. João. Ele aparecia para ele e o xingava (...) e causava males físicos na tentativa de distraí-lo de fazer o trabalho de Deus. Uma noite, S. João acordou com um grande barulho na cozinha. Ele saiu da cama para investigar o que estava acontecendo e descobriu que era Satanás quem estava jogando os potes e as panelas pela cozinha. O que o Santo fez? (...) Ele apenas disse: "Ah, é você". E voltou para cama.

Esta é EXATAMENTE a atitude que queremos cultivar em nós mesmos e nos nossos filhos sobre o ocultismo. Claro que reconhecemos que existe um poder real e um perigo real no que é demoníaco, mas esse poder é muito inferior ao poder de Deus e sua graça. A pessoa que está realmente consciente do poder superabundante do amor de Deus em suas vidas e que sabe realmente como ouvir a voz de Deus e conhece a vontade de Deus não está interessada em Satanás e suas pompas, trabalhos e pretensões. A pessoa que teve um encontro pessoal com o poder da graça de Deus não se impressiona com a habilidade de Satanás de girar um lápis num pedaço de papel ou de conduzir um copo d´água. Simplesmente não é tão interessante.

Onde começar
(...) As crianças são mais capazes de se aprofundar espiritualmente do que podemos imaginar. Os pais podem cultivar rituais cheios de significados na oração familiar e no culto, trabalhar o tempo para que seus filhos possam ter um tempo pessoal de oração, tornar a sua própria vida de oração - e o que Deus está comunicando para vocês através de sua vida de oração - como uma parte regular de suas conversas familiares e regularmente discutir como vocês experimentam Deus falando com vocês e provendo orientação para sua vida. Quanto mais ensinarmos as crianças a correr para Deus com todo seu coração e mente, menos teremos que nos preocupar se eles saberão como correr do pecado e do glamour do mal.