sexta-feira, 13 de março de 2015

PAI, MÃE E FILHOS ESTÃO ENTRELAÇADOS POR UM PROFUNDO E ÍNTIMO AMOR

Na Sagrada Família de Nazaré tudo girava em torno do amor: afinal o próprio Amor se encarnou e tornou-se pessoa em Jesus Cristo. O amor puro que reinava naquele lar e envolvia todos os seus membros deve ser o ideal máximo de cada família cristã.
No lar de Nazaré este amor era vivenciado através do serviço, da doação de si mesmo de cada membro em prol de toda a família.
“A vida de Cristo nos diz que ‘Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos’ (Mt 20,28); na hora da Anunciação, Maria se define como a ‘serva do Senhor’ e permanece fiel durante toda a sua vida a esta proclamação, vivendo plenamente tudo que encerra o servir, torna-se ‘discípula’ de Cristo. É a primeira entre aqueles que ‘servindo a Cristo também nos outros, conduzem os seus irmãos, com humildade e paciência, àquele Rei, a quem servir é reinar.’ O servir de Maria foi um reinar, pois alcançou plenamente o ‘estado de liberdade real’, que é próprio dos discípulos de Cristo.
Com José, mestre singular no serviço da missão salvífica de Cristo, podemos aprender a servir a ‘economia da salvação’.
Assim como Jesus, Maria e José expressaram o dom de si mesmo, servindo um ao outro reciprocamente, cada família também é chamada, através do empenho diário, a este serviço, promovendo a autêntica comunidade de pessoas, fundada e alimentada na íntima comunhão de amor.”[1]
O amor é também sinônimo de sacrifício. “O amor genuíno é sempre um amor sacrifical.”[2]Assim, caso o marido, a esposa ou até mesmo os filhos não se sintam bem dentro de seu lar, devem se questionar em primeiro lugar como poderiam se sacrificar mais, o que mais poderiam oferecer aos outros membros da família e não o que a família não lhe ofereceu. “O que eu oferecer à família, como pai ou mãe, retorna enriquecido. Se eu apenas faço exigências, nada recebo. Amor sacrifical! Vejam então: a autenticidade do amor se confirma pelo sacrifício, não apenas pelo trabalho, sim especialmente pelo esforço de carregar e suportar as contrariedades. (...) Temos de aprender a suportar-nos mutuamente, a complementar-nos e a confirmar que existe de nobre no outro, compreendendo suas fraquezas.”[3]
Portanto, o amor nas famílias deve ser refletido nas atitudes do pai, da mãe e dos filhos, através do serviço que cada um presta aos demais e dos sacrifícios que fazem para o bem da família. Deve ser também um amor que mutuamente se aceitam, se sustentam e se suportam, independente das falhas e limitações de cada um, pois foi Deus quem uniu a família e proverá todos os meios para que ela se torne esta comunidade de amor, dependendo unicamente da boa vontade de seus membros.



[1] “A Sagrada Família – Fundamento da espiritualidade familiar segundo João Paulo II”, PRATES, Ir. M. Teresila p.83-84, Editora FV

[2] “Família Serviço à Vida”, Pe. José Kentenich, Vol. I, pg. 95, 1994, Editado pelo Instituto das Famílias de Schoenstatt, Vallendar/Alemanha
[3] idem

Nenhum comentário:

Postar um comentário