segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CUIDANDO DA COMUNIDADE FAMILIAR

Mais um post extraído das Reflexões do Pe. Nicolás Schweizer, publicado sob No. 27, de 15.01.2008.

O que podemos fazer, concretamente, para que nossa família natural seja uma verdadeira comunidade de amor?

1. Comunidade de amor matrimonial
Para sê-lo, temos de educar-nos para ir conquistando, de todas as maneiras possíveis, um encontro mútuo mais profundo: de maior confiança, interioridade, comunicação entre marido e mulher. É importante que possamos entreter-nos juntos, que não necessitemos de outros para estar à vontade. Devemos ter a alegria de ser esposos, a alegria de viver juntos e compartilhar tudo. Não deveria suceder que em nossos matrimônios haja homens ou mulheres que se sintam sozinhos, sem comunicação, que lhes falta companhia de parte do cônjuge.

Os perigosPara que aconteça esse encontro profundo, devemos evitar os perigos:
O perigo do trabalho (equilíbrio entre trabalho e vida familiar), o perigo dos amigos (que podem influir negativamente no matrimônio), o perigo dos parentes (que infelizmente às vezes são inimigos)...
E dos perigos internos, como por exemplo: a rotina, o egoísmo, a incompreensão, a desilusão...
Frente a esses perigos concretos temos que buscar os seguros para nossa comunidade de amor matrimonial.

a) A conversa ou o diálogo regular. Pode ser semanal, quinzenal ou mensal. É um momento no qual o matrimônio como tal se reúne expressamente e revisam a situação em que se encontram, os problemas que surgem e as possíveis soluções, intercambiam também sobre seus ideais, propósitos, etc.

b) Outro seguro pode ser: Pedir perdão cada vez que ocorre uma dificuldade e, principalmente, não dormir sem haver pedido perdão.

 c) Outra possibilidade é passar cada certo tempo alguns dias fora de casa, os dois sozinhos, ou pelo menos, fazer junto algo que lhes agrade, p. ex, comer fora. Com isso se trata de descobrir as coisas que nos acercam mutuamente. Porque a rotina constante faz que os ânimos se alterem, que as pilhas se descarreguem, e ao final se produzem curto circuitos e até sérios incêndios.

Ajuda de Deus. Por meio do sacramento, Deus não é só o terceiro, se não que é também o Deus presente no cônjuge. Então, ao mirar-nos temos que ver Deus no outro. E ao amar-nos temos que amar a Deus no cônjuge. Daí o significado das palavras de Saint‑Exupéry: “Amar não é mirar-se mutuamente, se não mirar juntos na mesma direção”. Traduzido para nós: amar é mirar juntos ao mesmo Deus transparente no outro.

2. Comunidade de amor paternal-maternal
Como pais e mães nossa tarefa mais importante é a de ser educadores. Nós somos os que, definitivamente, educamos nossos filhos. Todos os demais organismos se bem são importantes, são complementares: o colégio, a Igreja, os parentes.

E se quisermos ser bons educadores, temos que começar com nós mesmos. Diz o Padre Kentenich, fundador do Movimento de Schoenstatt: "Não há nada que interfira tão profundamente na educação como o educador educado. Na medida em que nos esforcemos vigorosamente por realizar em nós mesmos as exigências que nos colocamos partirá de nós uma influência misteriosa, uma força misteriosa.”.

Isto nos ajudará a assegurar a vida interior de nossos filhos, de orientá-la e servi-la. Ajudar-nos-á a preocupar-nos permanentemente por eles e prepará-los para sua tarefa de vida.

Perguntas para a reflexão
1.      Fazemos alguma atividade juntos, como casal?
2.      É fácil pedir perdão quando erro?
3.      Nossos diálogos costumam terminar em brigas?

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