“Porque
necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus,
possais alcançar a promessa”[1]

O
desenvolvimento da paciência contribui para o fortalecimento do caráter, pois
quanto maior a capacidade de suportar as adversidades com calma, mais forte a
pessoa se torna interiormente e com o tempo nada mais a perturbará.
A
paciência auxilia em saber qual o melhor momento para agir e assim as atitudes
produzem mais frutos, pois a maior parte das ações impetuosas e irrefletidas
causa danos e não atingem seus objetivos.
Para se alcançar
um alto grau de paciência é necessário exercitar a fé na Divina Providência, ou
seja, acreditar que Deus é seu Pai que lhe ama com amor infinito e tudo o que
acontece em sua vida é fruto desse amor providente, que lhes cuida e protege,
mesmo nas tribulações.
É preciso
ter em mente que o Pai busca sempre a volta de seus filhos para sua casa, para
o lar eterno, para o Paraíso. Assim, tudo o que amorosamente provê para cada
ser humano, tem como missão principal trazê-lo para junto de si, para a felicidade
sem fim.
Esse Deus
que é o Criador de tudo o que existe, continua sua ação criadora governando o
mundo com sua sabedoria e amor e mais do que isso, Ele se ocupa com cada um de
seus filhos como se fosse o único, como se não existisse mais nada nem ninguém
além dele. Jesus mesmo nos disse:
“Quanto a vocês, até os cabelos da cabeça estão
contados. Não tenham medo!” [1]
Se
realmente a pessoa tiver uma fé profunda, que a faz viver na dependência filial
em relação a Deus, então sabe que é filha de um Pai infinitamente bom,
infinitamente poderoso e que deseja mais do que si mesmo sua felicidade e isso
a enche de tranquilidade e paz interior, tornando-a mestre da paciência.
As
tribulações, como diz a Bíblia Sagrada, são formas de fortalecer as pessoas, de
lhes tornarem perseverantes e assim, mais pacientes:
“Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo
que a tribulação produz a perseverança.”[2];
“Meus irmãos, fiquem muito alegres por terem que passar por todo tipo de
provações, pois vocês sabem que aprendem
a perseverar quando sua fé é posta à prova.”[3]
No
convívio familiar a paciência é fundamental para manter a tranquilidade no lar.
Inúmeras são as oportunidades no dia-a-dia onde a paciência é testada: o filho
que demora a comer, o esposo que se atrasa no trabalho, a esposa que nunca se
apronta na hora certa, a comida que queimou, o adolescente que só quer dormir,
aquela atitude que você tem que cobrar pela “milésima” vez... A lista é
infinita.
É preciso
ter muita paciência com os outros e também com si mesmos, se quiserem viver
juntos em paz. A paciência ensina a suportar aquele mal que não conseguem
eliminar. O que não puder mudar em si e o que os outros não conseguirem mudar
em si mesmos, devem aceitar com paciência, até que Deus disponha as coisas de
outro modo. Não se pode perder a oportunidade de amar e crescer, permitindo que
Deus molde o seu coração.
Deus
possui uma paciência infinita com os homens e mulheres que criou. Ele tolera
seus defeitos, sua falta de amor, e espera pacientemente que cumpram a Sua
vontade para serem felizes e retornarem à casa do Pai. Deus não os trata
conforme os seus pecados, mas demora, lhes dá tempo para a sua conversão.
A
paciência cria uma atmosfera que facilita a influência positiva. Ter paciência
não significa cruzar os braços. Paciência significa preocupar-se o suficiente
para ouvir com empatia, tentando entender o que se passa dentro do outro. Essa
escuta solidária exige tempo e é uma expressão de amor. Paciência pode
significar permanecer calmo quando o outro diz coisas que lhe magoa. Exige
esforço, é um processo cheio de recaídas, mas vale a pena.
Finaliza-se
este tópico com um pensamento muito profundo de Santa Tereza D´Ávila: “Nada te perturbe; nada te espante. Tudo
passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe
falta: Só Deus Basta!”
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