“Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês,
façam vocês também a eles.”[1]
O respeito é
o sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção,
profunda deferência, consideração e reverência. O respeito no amor é
fundamental: não é possível existir o amor sem o respeito.
"Respeito é a expressão concreta do amor, e respeitar é acreditar, valorizar o que e como o outro é, não invadindo o que 'lhe pertence' e não exigindo que este seja aquilo que queremos. Quem respeita não age impulsionado pelo egoísmo, pensando somente em seu próprio prazer e satisfação." [2]
O respeito o leva a tratar seu cônjuge, seus filhos e todas as pessoas que o cercam como seres únicos e originais, criados por Deus e com uma missão específica, perante os quais se deve ter reverência e consideração.
Dentro da convivência familiar o respeito é a chave que abrirá até o
coração mais endurecido, pois a partir do momento que a pessoa demonstra
interesse pelo outro, dedica-lhe sua atenção e aceita as diferenças existentes,
as máscaras são retiradas, sendo possível o início do diálogo.
Para agir sempre com o devido respeito, a pessoa precisa de muito
autocontrole, pois não é fácil aceitar que os outros possuam opiniões e
atitudes diferentes das dela. O respeito a leva a aceitar estas diferenças e a
conviver pacificamente e amadurecer com elas.
A riqueza de uma família está justamente na originalidade de cada membro.
Cada um é diferente e pode contribuir muito para o bem estar e o amadurecimento
de todos. Porém, sem o respeito, toda esta originalidade e oportunidade de
crescimento se perdem.
Atuar com respeito não significa que se deve ficar calado frente à
opinião dos outros; muito pelo contrário: deve-se sempre ser honestos,
principalmente com aqueles que convivem diariamente consigo e tem até o dever
de comunicar como se sente e o que acha de certos assuntos, todavia não deve
forçar que todos pensem da mesma forma.
É preciso deixar o outro ser ele mesmo, ninguém
consegue viver muito tempo escondendo quem é. Tem-se a obrigação de ajudar o
cônjuge a tentar melhorar, mas nunca forçando, apenas mostrando o que se acha
estar incorreto. Tem que dar espaço para o outro crescer e ter paciência, pois
cada um tem o seu ritmo e tem o seu tempo. O
meio mais rápido para conseguir que o outro mude em determinado aspecto é
mudando a si mesmo primeiro em algo que deva ser aprimorado.
Quando se dispõe a buscar melhorar naquele ponto que
incomoda o outro e oferece todo este esforço para o crescimento do seu amor,
automaticamente seu cônjuge também se sentirá impelido a corrigir suas falhas e
então, ambos poderão amadurecer e solidificar o seu relacionamento.

Nestes momentos, o melhor a se fazer é frear a língua. Conter a vontade
de demonstrar que está certo (mesmo que esteja). Dar um tempo para o outro
refletir e só depois dos ânimos acalmados e em um momento mais propício, se o
assunto for realmente essencial, retomar o diálogo.
Diz um velho ditado que os namorados falam baixinho um ao outro, porque
os corações estão próximos e não precisam falar alto. Eles estão tão juntinhos
que um sussurro já é suficiente. Mesmo que fisicamente estejam muito longe e se
falando pelo telefone, as almas estão entrelaçadas e falar baixo é uma
consequência desta proximidade.
Assim, quando dentro de um lar os gritos são muitos e frequentes, os corações
estão longe um do outro. Quanto mais se grita, mais se afasta, pois sem o
respeito o diálogo se esvai. É preciso aproximar os corações novamente. E quem
deve dar o primeiro passo? Aquele que mais ama e que é mais maduro, pois sabe
que é muito melhor abrir mão de uma opinião, ceder nas coisas não essenciais
para recuperar a harmonia e o respeito dentro do seu lar.
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