quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A MISSÃO DA MULHER


“A mulher é toda alma, toda pureza e toda dedicação.” (Pe. Kentenich)

O ser feminino é voltado para o amor, para a receptividade à vida e o cultivo da vida, desta forma a mulher só poderá encontrar sua plena realização na medida em que cumpra sua missão de doar amor aos outros.

São João Paulo II nos diz: “A dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela recebe pelo próprio fato da sua feminilidade e também com o amor que ela, por sua vez, doa. Confirma-se assim a verdade sobre a pessoa e sobre o amor. Acerca da verdade da pessoa, deve-se uma vez mais recorrer ao Concílio Vaticano II: « O homem, a única criatura na terra que Deus quis por si mesma, não pode se encontrar plenamente senão por um dom sincero de si mesmo ». Isto se refere a todo homem, como pessoa criada à imagem de Deus, quer homem quer mulher. A afirmação de natureza ontológica aqui contida está a indicar também a dimensão ética da vocação da pessoa. A mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros.”[1]

A vocação da mulher abrange mais especificamente o cuidado pelo homem, pela sua salvação. Toda mulher precisa adquirir esta consciência de que Deus lhe confiou de uma maneira especial o homem, para que ela o auxilie a permanecer firme no caminho que conduz novamente ao Pai, ao Paraíso e eterna felicidade.

O próprio Deus, ao se fazer homem, se confiou ao cuidado de uma mulher: Maria. Ela gerou Jesus em seu seio e o trouxe ao mundo para que ele cumprisse sua missão de Redentor do homem.

A força moral da mulher, a sua força espiritual une-se à consciência de que Deus lhe confia de uma maneira especial o homem, o ser humano. Naturalmente, Deus confia todo homem a todos e a cada um. Todavia, este ato de confiar refere-se de modo especial à mulher — precisamente pelo fato da sua feminilidade — e isso decide particularmente da sua vocação.(...)

A mulher é forte pela consciência dessa missão, forte pelo fato de que Deus « lhe confia o homem », sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que ela se possa encontrar. Esta consciência e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus mesmo, e isto a torna « forte » e consolida a sua vocação. Deste modo, a « mulher perfeita » (cf. Prov 31, 10) torna-se um amparo insubstituível e uma fonte de força espiritual para os outros, que percebem as grandes energias do seu espírito. A estas « mulheres perfeitas » muito devem as suas famílias e, por vezes, inteiras Nações.”[2]

O mundo de hoje precisa cada vez mais de mulheres autênticas, que assumam sua vocação de serem portadoras do amor, que se responsabilizem pelo cuidado do homem e que não permitam que as conquistas alcançadas na ciência e da tecnologia façam desaparecer a sensibilidade e o verdadeiro valor da vida humana, pelo que é essencialmente o ser humano: imagem e semelhança de Deus.

A mulher deve sempre cultivar o seu coração, seu amor. Purificá-lo e distribuí-lo para todos que a cercam. “Todo o seu trabalho dentro e fora do lar deve ser dirigido pelo coração, pelo amor. Por isso, a obra-mestra de educação da mulher e da mãe é a educação do amor, a educação do coração”. [3]

“A mulher atual é chamada a uma ação de salvamento dos valores femininos, tanto em si mesma como na cultura, desenvolvendo ao máximo sua capacidade para a criação de vínculos. Por sua tendência inata à vida e às pessoas, ela tem a missão de integrar, de estabelecer coesão, de unir. A mulher deve ser toda alma, personalizando todas as suas manifestações e animando todos os âmbitos de seu ser e atuar.”[4]



[1] Mulieris Dignitatem No. 30
[2] idem
[3] Reflexões Pe. Nicolás Schweizer, No. 10, de 01.05.2007
[4] “Maria: um exemplo de Mulher”, STRADA, Angel L., pgs. 241 e 242, 3ª edição, Editora Ave-Maria, São Paulo, 1998

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