terça-feira, 16 de setembro de 2014

SER DA MULHER

A mulher foi criada por Deus, a partir da “costela de Adão”, para ser “coração” e auxiliar permanente do homem no governo da Criação[1]. Assim, homem e mulher criados à imagem e semelhança da Santíssima Trindade são iguais em dignidade, porém diferentes em sua psicologia e em sua missão perante a sociedade. Foram criados para se complementarem, formando uma unidade, “uma só carne” e desta forma unidos, cada um cumprindo seu papel, poderão ser plenamente felizes.

Atualmente, as mulheres enfrentam muitos desafios e o maior deles é justamente saber qual é a sua função, a sua missão na sociedade de hoje. A busca do equilíbrio para ser esposa, mãe, profissional, filha, irmã, amiga; a luta por uma “igualdade” no mundo do trabalho; a super exposição do corpo e a utilização da força da sedução como “arma” para conseguir o que deseja; o anseio pela maternidade e ao mesmo tempo o receio de ser mãe, de precisar abrir mão de “suas conquistas” para cuidar de um filho; a cobrança cada vez maior para produzir, para ganhar dinheiro, para ser independente.

Portanto é urgente que a mulher assuma realmente sua responsabilidade em ser feminina, em ser mãe, pois segundo as palavras de São Bernardo “o homem não será remido sem a mulher”.[2] Se a mulher se conscientizar de sua função primordial na sociedade atual, ela poderá contribuir imensamente para que o mundo seja mais justo e mais fraterno.

"Mas a hora vem, a hora chegou, em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um alcance, um poder jamais alcançados até agora. Por isso, no momento em que a humanidade conhece uma mudança tão profunda, as mulheres iluminadas pelo espírito do Evangelho podem ajudar muito para que a humanidade não decaia." João Paulo II, Carta Apostólica sobre a Dignidade e a Vocação da Mulher.

Ao se contemplar a Santíssima Trindade pode-se observar que o seu membro mais “feminino” é o Espírito Santo, que corporifica o amor entre o Pai e o Filho, sendo assim, a mulher, ao ser criada como imagem e semelhança de Deus Trino, é a semelhante ao Espírito Santo, que é o Amor.

Portanto, a grande riqueza da mulher é ser a terra fértil para semear o amor, fazer brotar o amor e distribuir o amor para toda a humanidade. O ser feminino orientado para o amor deve ser sempre cultivado e desenvolvido pela mulher, para equilibrar o ser masculino que é voltado mais para a razão e a realização. Sem este equilíbrio o mundo se tornará cada vez mais frio e desumano.

Um dos grandes problemas da atualidade é que a mulher, ao buscar ser reconhecida pela sociedade, se “masculinizou”, procurando imitar o ser do homem, pois imaginava que se fosse igual ao homem, teria o merecido reconhecimento.  Todavia, ao invés de conduzir a “libertação” buscada pelas mulheres, o agir como homem só trouxe mais escravidão, sentimento de culpa e infelicidade para as mulheres e para aqueles que convivem com elas, maridos, filhos, familiares e a sociedade em geral.

Nós mulheres precisamos resgatar o ser feminino, o ser mulher idealizado por Deus desde toda a eternidade: sermos toda alma, toda pureza e toda dedicação!




[1] Gn 2, 20-22
[2] “A dignidade da mulher” – Herança do Tabor 5, Palestras do Pe. José Kentenich proferidas no Brasil de 1948 a 1952, pg. 8, publicado pelas Irmãs de Maria de Schoenstatt – Centro Mariano, Santa Maria, 1995 

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