domingo, 28 de setembro de 2014

EU QUERIA SER "APENAS UMA MÃE"?

Este post foi escrito por uma mãe católica que também escreve no blog CatholicMom.com, chamada Courtney Vallejo e foi publicado no dia 23.09.14. Gostei muito do que ela falou e compartilho de suas ideias, por isso reproduzo parte dele aqui. Espero que gostem! E vamos começar nossa revolução!

Enquanto eu crescia, na maior parte da minha infância, minha mãe não trabalhava fora de casa. Aos olhos das pessoas que lutavam pelos direitos das mulheres, ela estava desperdiçando sua educação e suas credenciais de professora ao ficar em casa para lavar roupa e cozinhar. Mas realmente, ela estava usando aquelas credenciais para ensinar a mim e a minha irmã a serem pessoas melhores para o mundo. Eu acredito que ela concordaria que estava utilizando sua educação para fazer pessoas melhores para o mundo. Ela esperava que nós seríamos o tipo de pessoas que iriam amar e inspirar e criar e inventar e perseguir nossos sonhos a qualquer custo. Enquanto eu crescia as pessoas me perguntavam o que eu gostaria de ser (...) e eu dizia que queria ser mãe. Tristemente, esta resposta encontrava hostilidade. Os questionamentos incluíam questões como: "Você quer ser apenas uma mãe?", "Você não quer ser 'alguma' coisa?" ou "Não, eu quero dizer que carreira você quer?"

Eu gostaria de dizer que seus comentários não importaram e que eu me mantive verdadeira aos meus sonhos, mas suas opiniões balançaram meus sonhos. Eu decidi que precisava de uma carreira "verdadeira", O que realmente me preenchia era cuidar de outras pessoas e estar a serviço, mas como isso não era bom "o suficiente" eu me formei em jornalismo. Minha família promoveu uma educação superior, então gastei $80.000 (dólares) em um mestrado em Produção de Filmes, porque eu não sabia o que fazer com o diploma de jornalismo no mercado de Los Angeles, e embora meu orientador na graduação tenha me avisado sobre frequentar o mestrado apenas pelo título, eu decidi que iria me ajudar a guiar no jornalismo. Apesar do programa ser incrível, e eu ter amado quase todos os momentos dele, incluindo um intercâmbio no Festival de Filmes de Cannes, hoje eu tenho um empréstimo estudantil mensal de $ 470 (dólares) para pagar e nenhuma "carreira real" para esta conta. 

Mais tarde em minha vida, a minha busca por uma carreira (e realmente uma forma de prover a mim mesma) me conduziram ao ensino. Se eu tivesse ouvido a minha mãe anos atrás quando ela me disse para me tornar professora! Então agora, quando eu estou em um evento para o meu marido e as pessoas me perguntam: "Então, o que você faz?" minha resposta é, "eu sou uma mãe que fica em casa." E porque eu não estou segura com esta resposta, 1o. porque eu acho que não sou boa nisso pela metade do tempo; 2o. porque a sociedade não considera isso uma carreira "real", eu rapidamente completo meu comentário com "mas eu sou professora de profissão." Isto claro urge a conversa sobre onde eu ensino, o que me leva de volta a parte sobre como eu não "trabalho", porque eu estou em casa com meus filhos. Depois geralmente me perguntam se eu voltarei a lecionar quando meus filhos forem para a escola, eu não planejo isso, mas se eu responder que não, eles me olham como se eu fosse louca. O que eu percebi foi que eu esqueci meu sonho de ser uma mãe, e desde que me tornei uma mãe, eu me desiludi com as constantes limpezas, lavar roupa, cozinhar e os trabalhos sem agradecimento e comecei a presumir que eu estava desperdiçando meu tempo e também perdendo quem eu "era" e me perguntei se realmente eu precisava readquirir a mim mesma? 

Recentemente (...) eu comecei a reavaliar meu sonho de ser uma mãe. E se eu parasse de pensar sobre todas as maneiras que eu estou "perdendo" de fazer diferença no mundo e começar a focar em fazer diferença em meu próprio mundo, dentro do meu lar? E se eu der meu melhor esforço? E se eu mostrasse para meus filhos o que significa ser servido e amado, como minha mãe me mostrou enquanto eu crescia? No livro Momnipotent, a autora Danielle Bean diz: "Uma das vítimas de nossa incapacidade de reconhecer nossas características exclusivamente femininas é a nossa própria felicidade." E se eu recuperar a minha felicidade, ao servir a minha família? E se nós recuperarmos nossa dignidade como mães? E se nós começarmos nossa própria revolução?

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